Em algo
que escreveu, cerca de meio século atrás, Arnold Bennett disse: “Os
filósofos explicaram o espaço. Mas não explicaram o tempo. Ele é
a inexplicável matéria-prima de tudo. Com ele tudo é possível, se
ele nada. O suprimento de tempo é verdadeiramente um milagre
diário... Você acorda pela manhã, e... Magicamente sua bolsa
diária tem vinte e quatro horas... É seu. É o mais preciso de
todos os bens... E ninguém recebe um empréstimo do futuro... Só
pode desperdiçar a próxima manhã, pois está reservado para você
para você. Não pode desperdiçar a próxima hora, pois está
guardada para você. Você tem de viver nessas vinte e quatro horas
diárias no tempo. Daí você tem que produzir a riqueza, o respeito,
o contentamento, o respeito e a evolução da sua alma imortal. O seu
uso correto, o seu uso mais eficaz é uma questão da máxima
premência... Tudo depende disso”.
É
aconselhável que examinemos seriamente o tempo total existente e o
tipo de uso que fazemos de todas as horas, sempre que tivermos de
decidir se temos ou não tempo para alguma coisa que queremos fazer
ou algo que não queremos.
Existem
168 horas em toda a semana de vida. Tire daí 40 – o que é
considerado por muitos como uma semana normal de trabalho - e sobram
128 horas. Então tire 7. vezes 8 horas, correspondentes aos períodos
de sono, são 56 horas. É claro que uns trabalham ou dormem mais e
outros muito menos – há também muito ir e vir, muita variedade de
atividades e obrigações – tudo que diminui a quantidade de horas
– mas mesmo assim, 168 menos 40, menos 56, ainda sobram 72 horas
por semana para alguma coisa. E quando dividimos nossa vida em
trabalho, sono e outras atividades, faríamos bem se levássemos em
consideração a quantidade total de tempo.
Há “um
grande fato claramente declarado”, escreveu Jonh Ruskin: “Não há
riqueza além da vida” – e nós acrescentaríamos que o tempo é
a sua essência à medida que rapidamente nos dirige para a
eternidade.
Elder
Richard L. Evans
A Liahona
Janeiro de 1980, pág. 47.
Transcrito
por: Valdir Malagueta
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