sábado, 29 de dezembro de 2012

Se você acredita, parece verdade



Quantas vezes já dissemos: "Eu sou assim mesmo" ou "É, as coisas são assim". Essas frases na realidade estão dizendo que isso é o que acreditamos como verdade para nós, e, geralmente, aquilo em que acreditamos não passa da opinião de outra pessoa que incorporamos em nosso sistema de crenças. Sem dúvida, ele se ajusta a todas as outras coisas em que cremos.
Você é uma dessas pessoas que acordam numa certa manhã, veem que está chovendo e dizem: "Que dia miserável"?
Não é um dia miserável. É apenas um dia molhado. Se usarmos as roupas apropriadas e mudarmos nossa atitude, podemos nos divertir bastante num dia chuvoso. Agora, se nossa crença for a de que dias de chuva são miseráveis, sempre receberemos a chuva de mau humor. Lutaremos contra o dia em vez de acompanharmos o fluxo do que está acontecendo no momento.
Não existe "bom" ou "mau" tempo, existe somente o clima e nossas reações individuais a ele.
Se quisermos uma vida alegre, precisamos ter pensamentos alegres. Se quisermos uma vida próspera, precisamos ter pensamentos de prosperidade. Se quisermos uma vida com amor, precisamos ter pensamentos de amor. Tudo o que enviamos para o exterior, mental ou verbalmente, voltará a nós numa forma igual.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Essa Tal Felicidade - Tim Maia

Já rodei todo esse mundo procurando encontrar
Um amor, um bem profundo que eu pudesse realizar
Os meus sonhos de criança, como todo mundo faz
De formar uma família como era dos meus pais
Mas o tempo foi passando e a coisa mudou
Solidão foi se chegando e se acostumou
Essa tal felicidade, hei de encontrar
Mesmo se eu tiver que aguardar, se eu tiver que esperar
De uma coisa eu não desisto, sou fiel não abro mão
De ter filhos, ter amigos, companheira e irmãos
Se essa vida é bonita, ela é feita pra sonhar
Mais aumento o meu desejo de afinal te encontrar
Mas o que eu não me acostumo é com a solidão
Um pedaço do seu beijo ou seu coração
Isso já me fortalece me faz delirar

O homem que não se irritava



Em uma cidade interiorana havia um homem que não se irritava e não discutia com ninguém.
Sempre encontrava saída cordial, não feria a ninguém, nem se aborrecia com as pessoas. Morava em modesta pensão, onde era admirado e querido.
Para testá-lo, um dia seus companheiros combinaram levá-lo à irritação e à discussão numa determinada noite em que o levariam a um jantar.
Trataram todos os detalhes com a garçonete que seria a responsável por atender a mesa reservada para a ocasião. Assim que iniciou o jantar, como entrada foi servida uma saborosa sopa, da qual o homem gostava muito.
A garçonete chegou próximo a ele, pela esquerda, e ele, prontamente, levou seu prato para aquele lado, a fim de facilitar a tarefa de servir.
Mas ela serviu todos os demais, e quando chegou a vez dele, foi para outra mesa.
Ele esperou calmamente e em silêncio, que ela voltasse. Quando ela se aproximou outra vez, agora pela direita, para recolher o prato, ele levou outra vez seu prato na direção da jovem, que novamente se distanciou, ignorando-o.
Após servir todos os demais, passou rente a ele, acintosamente, com a sopeira fumegante, exalando saboroso aroma como quem havia concluído a tarefa e retornou à cozinha.
Naquele momento não se ouvia qualquer ruído. Todos o observavam discretamente, para ver sua reação.
Educadamente ele chamou a garçonete, que se voltou, fingindo impaciência e lhe disse: o que o senhor deseja?
Ao que ele respondeu, naturalmente: a senhora não me serviu a sopa.
Novamente ela retrucou, para provocá-lo, desmentindo-o: servi, sim senhor!
Ele olhou para ela, olhou para o prato vazio e limpo e ficou pensativo por alguns segundos...
Todos pensaram que ele iria brigar... Suspense e silêncio total.
Mas o homem surpreendeu a todos, ponderando tranqüilamente: a senhorita serviu sim, mas eu aceito um pouco mais!
Os amigos, frustrados por não conseguir fazê-lo discutir e se irritar com a moça, terminaram o jantar, convencidos de que nada mais faria com que aquele homem perdesse a compostura.

Vamos encarar a vida com a perspectiva certa e deixar os dissabores de lado e viver melhor para vivermos mais. 

sábado, 22 de dezembro de 2012

Ponte Sobre Águas Turbulentas


Bridge Over Troubled Water

When you're weary
Feeling small
When tears are in your eyes
I will dry them all

I'm on your side
When times get rough
And friends just can't be found
Like a bridge over troubled water
I will lay me down
Like a bridge over troubled water
I will lay me down

When you're down and out
When you're on the street
When evening falls so hard
I will comfort you

I'll take your part
When darkness comes
And pain is all around
Like a bridge over troubled water
I will lay me down
Like a bridge over troubled water
I will lay me down

Sail on Silver Girl,
Sail on by
Your time has come to shine
All your dreams are on their way

See how they shine
If you need a friend
I'm sailing right behind
Like a bridge over troubled water
I will ease your mind
Like a bridge over troubled water
I will ease your mind

Ponte Sobre Águas Turbulentas

Quando você tiver cansada
Se sentindo pequena
Quando houver lágrimas nos teus olhos
Eu irei exugar todas elas

Eu estou do teu lado
Quando os tempos ficarem difíceis
E os amigos não puderem ser encontrados
Como uma ponte sobre águas turbulentas
Eu irei me colocar
Como uma ponte sobre águas turbulentas
Eu irei me colocar

Quando você estiver pra baixo
Quando você estiver na rua
Quando o anoitecer vier tão forte
Eu irei confortar você

Eu ficarei ao teu lado
Quando a escuridão chegar
E o sofrimento estiver ao redor
Como uma ponte sobre águas turbulentas
Eu irei me colocar
Como uma ponte sobre águas turbulentas
Eu irei me colocar

Navegue, Garota prateada
Navegue
Sua vez chegou, para brilhar
Todos teus sonhos estão a caminho

Veja como eles brilham
Se você precisar de um amigo
Eu estarei navegando ao teu lado
Como uma ponte sobre águas turbulentas
Eu irei confortar tua mente
Como uma ponte sobre águas turbulentas
Eu irei confortar tua mente

A Porta do Lado



Em entrevista dada pelo médico Drauzio Varella, disse ele que a gente tem um nível de exigência absurdo em relação à vida, que queremos que absolutamente tudo dê certo, e que, às vezes, por aborrecimentos mínimos, somos capazes de passar um dia inteiro de cara amarrada. E aí ele deu um exemplo trivial, que acontece todo dia na vida da gente.
É quando um vizinho estaciona o carro muito encostado ao seu na garagem (ou pode ser na vaga do estacionamento do shopping). Em vez de simplesmente entrar pela outra porta, sair com o carro e tratar da sua vida, você bufa, pragueja, esperneia e estraga o que resta do seu dia.
Eu acho que esta história de dois carros alinhados, impedindo a abertura da porta do motorista, é um bom exemplo do que torna a vida de algumas pessoas melhor, e de outras, pior. Tem gente que tem a vida muito parecida com a de seus amigos, mas não entende por que eles parecem ser tão mais felizes. Será que nada dá errado para eles?
Dá aos montes. Só que, para eles, entrar pela porta do lado, uma vez ou outra, não faz a menor diferença. O que não falta neste mundo é gente que se acha o último biscoito do pacote.
Que "audácia" contrariá-los! São aqueles que nunca ouviram falar em saídas de emergência: fincam o pé, compram briga e não deixam barato.
Alguém aí falou em complexo de perseguição? Justamente. O mundo versus eles.
Eu entro muito pela outra porta, e às vezes saio por ela também. É incômodo, tem um freio de mão no meio do caminho, mas é um problema solúvel.
E como esse, a maioria dos nossos problemões podem ser resolvidos assim, rapidinho.
Basta um telefonema, um e-mail, um pedido de desculpas, um deixar barato.
Eu ando deixando de graça, para ser sincero. Vinte e quatro horas têm sido pouco para tudo o que eu tenho que fazer, então não vou perder ainda mais tempo ficando mal-humorado.
Se eu procurar, vou encontrar dezenas de situações irritantes e gente idem, pilhas de pessoas que vão atrasar meu dia.
Então eu uso a "porta do lado" e vou tratar do que é importante de fato.
Eis a chave do mistério, a fórmula da felicidade, o elixir do bom humor, a razão porque parece que tão pouca coisa na vida dos outros dá errado
Pense nisso... E prepare-se para uma nova vida.
Drauzio Varella

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Motivação: como funciona...



'Todos os dias, uma formiga chegava cedinho ao escritório
formiga
e pegava duro no trabalho
fig2
A formiga era produtiva e feliz.

O gerente marimbondo estranhou a formiga trabalhar sem supervisão.

Se ela era produtiva sem supervisão, seria ainda mais se fosse supervisionada.

E colocou uma barata, que preparava belíssimos relatórios e tinha muita experiência, como supervisora.

A primeira preocupação da barata foi a de padronizar o horário de entrada e saída da formiga.

Logo, a barata precisou de uma secretária para ajudar a preparar os relatórios e contratou também

uma aranha para organizar os arquivos e controlar as ligações telefônicas.

O marimbondo ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também gráficos com indicadores e análise das tendências que eram mostradas em reuniões.
A barata, então, contratou uma mosca,

e comprou um computador com impressora colorida. Logo, a formiga produtiva e feliz, começou a se lamentar de toda aquela
movimentação de papéis e reuniões!

O marimbondo concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga produtiva e feliz, trabalhava.

O cargo foi dado a uma cigarra, que mandou colocar carpete no seu escritório e comprar uma cadeira especial..

A nova gestora cigarra logo precisou de um computador e de
uma assistente a pulga (sua assistente na empresa anterior)

para ajudá-la a preparar um plano estratégico de melhorias e um controle do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se tornava mais chateada . 

A cigarra, então, convenceu o gerente marimbondo, que era preciso fazer um estudo de clima.

Mas, o marimbondo, ao rever as cifras, se deu conta de que a unidade na qual a formiga trabalhava já não rendia

como antes e contratou a coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico da situação. A coruja permaneceu três meses nos escritórios e emitiu um volumoso relatório, com vários volumes que concluía: Há muita gente nesta empresa!!

E adivinha quem o marimbondo mandou demitir?

A formiga, claro, porque ela andava muito desmotivada e aborrecida. '

Já viu esse filme?

Bom trabalho a todas as formigas!!!

A reunião geral dos ratos



Uma vez os ratos, que viviam com medo de um gato, resolveram fazer uma reunião para encontrar um jeito de acabar com aquele eterno transtorno. Muitos planos foram discutidos e abandonados. No fim um rato jovem levantou-se e deu a idéia de pendurar uma sineta no pescoço do gato; assim, sempre que o gato chegasse perto eles ouviriam a sineta e poderiam fugir correndo. Todo mundo bateu palmas: o problema estava resolvido. Vendo aquilo, um rato velho que tinha ficado o tempo todo calado levantou-se de seu canto. O rato falou que o plano era muito inteligente, que com toda certeza as preocupações deles tinham chegado ao fim. Só faltava uma coisa: quem ia pendurar a sineta no pescoço do gato?
Moral: Inventar é uma coisa, fazer é outra.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Cuide de suas responsabilidades



Um grande sábio possuía três filhos jovens, inteligentes e consagrados à sabedoria.
Em certa manhã, eles altercavam a propósito do obstáculo mais difícil no grande caminho da vida.
No auge da discussão, prevendo talvez conseqüências desagradáveis, o genitor benevolente chamou-os a si e confiou-lhes curiosa tarefa.
Iriam os três ao palácio do príncipe governante, conduzindo algumas dádivas que muito lhes honraria o espírito de cordialidade e gentileza.
O primeiro seria o portador de rico vaso de argila preciosa.
O segundo levaria uma corça rara.
O terceiro transportaria um bolo primoroso da família.
O trio recebeu a missão com entusiástica promessa de serviço para a pequena viajem de três milhas; no entanto, no meio do caminho, começaram a discutir.
O depositário do vaso não concordou com a maneira pela qual o irmão puxava a corça delicada, e o responsável pelo animal dava instruções ao carregador do bolo, a fim de que não tropeçasse, perdendo o manjar;este último aconselhava o portador do vaso valioso, para que não caísse.
O pequeno séqüito seguia, estrada afora, dificilmente, porquanto cada viajante permanecia atento as obrigações que diziam respeito aos outros,através de observações acaloradas e incessantes.
Em dado momento, o irmão que conduzia o animalzinho olvida a própria tarefa, a fim de consertar a posição da peça de argila nos braços do companheiro, e o vaso, premido pelas inquietações de ambos, escorrega, de súbito, para espatifar-se no cascalho.
Com o choque, o distraído orientador da corça perde o governo do animal, que foge espantado.
O carregador do bolo avança para sustar-lhe a fuga, e o bolo se perde totalmente no chão.
Desapontados e irritadiços, os três rapazes voltam a presença do pai,apresentando cada qual a sua queixa de derrota.
O sábio, porém, sorriu e explicou-lhes:
- Aproveitem o ensinamento da estrada. Se cada um de vocês estivesse vigilante na própria tarefa, não colheriam as sombras do fracasso. O mais intrincado problema do mundo, meus filhos, é o de cada homem cuidar dos próprios negócios, sem intrometer-se nas atividades alheias. Enquanto cogitamos de responsabilidades que competem aos outros, as nossas viverão esquecidas.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Intenção e Confiança



Um homem sentado na calçada tinha uma placa que dizia assim:
"Vejam como sou feliz! Sou um homem próspero, sei que sou bonito, sou muito importante, tenho uma bela residência, vivo confortavelmente, sou um sucesso, sou saudável e bem humorado."
Alguns passantes o olhavam intrigados, outros o achavam doido e outros até davam-lhe dinheiro. Todos os dias, antes de dormir, ele contava dinheiro e notava que a cada dia a quantia era maior.
Numa bela manhã, um importante e arrojado executivo, que já o observava há algum tempo, aproximou-se e lhe disse:
- Você é muito criativo! Não gostaria de colaborar numa campanha da empresa?
- Vamos lá. Só tenho a ganhar! - respondeu o mendigo.
Após um caprichado banho e com roupas novas, foi levado para a empresa.
Daí para frente sua vida foi uma seqüência de sucessos e a certo tempo ele tornou-se um dos sócios majoritários.
Numa entrevista coletiva à imprensa, ele esclareceu de como conseguira sair da mendicância para tão alta posição.
Contou ele:
- Bem, houve época em que eu costumava me sentar nas calçadas com uma placa ao lado, que dizia:
"Sou um nada neste mundo! Ninguém me ajuda! Não tenho onde morar! Sou um homem fracassado e maltratado pela vida! Não consigo um mísero emprego que me renda alguns trocados! Mal consigo sobreviver!"
As coisas iam de mal a pior quando, certa noite, achei um livro e nele atentei para um trecho que dizia:
"Tudo que você fala a seu respeito vai se reforçando. Por pior que esteja a sua vida, diga que tudo vai bem. Por mais que você não goste de sua aparência, afirme-se bonito. Por mais pobre que seja você, diga a si mesmo e aos outros que você é próspero."
- Aquilo me tocou profundamente e, como nada tinha a perder, decidi trocar os dizeres da placa para:
"Vejam como sou feliz! Sou um homem próspero, sei que sou bonito, sou muito importante, tenho uma bela residência, vivo confortavelmente, sou um sucesso, sou saudável e bem humorado."
- E a partir desse dia tudo começou a mudar, a vida me trouxe a pessoa certa para tudo que eu precisava, até que cheguei onde estou hoje. Tive apenas que entender o Poder das Palavras. O Universo sempre apoiará tudo o que dissermos, escrevermos ou pensarmos a nosso respeito e isso acabará se manifestando em nossa vida como realidade. Enquanto afirmarmos que tudo vai mal, que nossa aparência é horrível, que nossos bens materiais são ínfimos, a tendência é que as coisas fiquem piores ainda, pois o Universo as reforçará. Ele materializa em nossa vida todas as nossas crenças.
Uma repórter, ironicamente, questionou:
O senhor está querendo dizer que algumas palavras escritas numa simples placa modificaram a sua vida?
Respondeu o homem, cheio de bom humor:
- Claro que não, minha ingênua amiga! Primeiro eu tive que acreditar nelas!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Uma Fábula e Um Ensinamento



Há muito tempo, havia um rei poderoso que desfrutava uma vida protegida e prazerosa dentro das paredes de seu castelo.
Um dia, ele decidiu se aventurar por seu reino para ver o que poderia experimentar e aprender. Logo ele se deparou com um monge e, num tom usual que impunha obediência, ele disse :
- Monge, ensina-me sobre o céu e o inferno!
O monge olhou para o poderoso rei e, numa voz irritada, disse:
- Não posso ensinar-lhe sobre o céu e o inferno. Você é limitado demais. Você não passa de um preguiçoso. Os ensi­namentos que eu tenho são para pessoas puras e santas. Você não chega nem perto disso. Saia do meu caminho!
O rei ficou furioso. Ele estava atordoado com a ousadia do monge por falar-lhe daquela maneira.
Num impulso de raiva, ele puxou sua espada para cortar a cabeça do monge.
- Isso é o inferno, disse o monge confiantemente.
O rei ficou impressionado.
Ele percebeu que aquele monge corajoso havia arriscado sua vida para ensinar-lhe esta lição sobre o inferno.
Numa profunda gratidão e humildade, o rei colocou sua espada de lado e se curvou em reverência ao monge.
- E isso é o céu - disse o monge suavemente.

sábado, 8 de dezembro de 2012

A "Sabe-Tudo"




Sabe-tudo era o apelido pelo qual todos os habitantes do bosque conheciam a tartaruga. Quem tivesse algum problema a resolver ou dúvida para esclarecer era só ir à casinha da Sabe-tudo, para ver seu caso resolvido.
Para dizer a verdade, a tartaruga passava as suas horas livres consultando livros e enciclopédias. Interessava-se por todos os temas existentes e por existir. Que curiosidade insaciável tinha ela!
- Desculpe-me, tartaruga, mas eu estava interessada em conhecer a ilha de Ceilão e... Diz timidamente a raposa.
- ... E não consegue encontrar a resposta, não é verdade? Bem, não se preocupe que já lhe explico, querida amiga, responde a tartaruga, com sua tradicional amabilidade. Vejamos. A ilha de Ceilão está situada no Oceano Índico, ao sul da Península Indostânica ou da atual Índia. Esclarecida a dúvida?
- Oh, obrigada, obrigada, Sabe... Quer dizer, amiga tartaruga! Responde embaraçada a raposa.
A Sabe-tudo sorri compreensiva. É claro que conhece a alcunha que os seus vizinhos lhe puseram. Isso não a incomoda, pois adivinha o sentimento de admiração que se esconde por trás dela.
Os anos passam e os conhecimentos da tartaruga tornam-se imensos, a tal ponto que ela começa a tornar-se exigente e crítica com os seus vizinhos. Com mania de perfeição, torna insuportável a vida dos outros. De uma amiga brilhante e admirada por todos converte-se em uma criatura amarga e insatisfeita que, além disso, recebe a hostilidade de quem a rodeia.
A modéstia é uma virtude muito necessária, sobretudo para aqueles superdotados, que se destacam pelo seu próprio brilho. Sem a modéstia, o conhecimento é inútil, pois não será repartido com os outros que o têm em menor quantidade.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

O Testamento



Um homem muito rico estava morrendo. Além de rico, o homem também era um sábio. Riqueza e sabedoria não são comumente encontradas juntas. Ele tinha um filho ainda menino de uns dez ou onze anos. O homem fez então um testamento e ordenou que fosse entregue aos anciões daquela cidade.
No testamento o homem declarou: "Tirem de minha propriedade tudo o que mais gostarem e depois deem a meu filho."
Logo o homem morreu. Como o testamento era claro e não apresentava nenhuma dúvida para os cinco anciões, eles dividiram a propriedade do homem entre eles. Como nenhum dos cinco anciões quis uma inútil e pequena parte, esta foi dada ao menino.
Entretanto, antes de morrer, o homem rico e sábio deu ao menino outra carta com a instrução de que deveria ser aberta apenas quando ele chegasse à maioridade. Quando o menino atingiu esta idade, abriu a carta que seu pai tinha deixado e leu o seguinte texto: "Os anciões podem ter interpretado de seu próprio modo, é claro! Entretanto o que eu disse em meu testamento tem uma outra interpretação, a minha interpretação. Quando você chegar à maioridade, dê-lhes esta interpretação, Este é o significado do que escrevi: Tirem tudo o que vocês mais gostarem e então deem tudo isso de que mais gostaram a meu filho."
O filho apresentou a carta aos anciões. Eles nunca haviam concebido tal significado. Por isso, haviam dividido tudo entre eles mesmos. Então, diante desta nova realidade, tiveram de devolver tudo porque o significado estava claro. Além disso, o menino estava pronto.
O pai também escreveu na carta: "É bom que os anciões interpretem do seu próprio jeito, até chegar o momento em que você possa tomar conta de tudo. Se eu lhe desse tudo diretamente, antes de sua maioridade, a propriedade seria destruída pelos próprios anciões que tomariam conta dela conforme a tradição. Assim, deixei-os protegê-la como se fosse deles até que você estivesse pronto para assumir a direção".
Eles a tinham protegido, como o velho sabia que eles fariam, porque era deles.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Eu, domador de mim...



Ele já tinha todas as rugas do tempo, quando o encontrei pela primeira vez. Queixava-se de que tinha muito o que fazer. Perguntei-lhe como era possível que em sua solidão, tivesse tanto trabalho...
- Tenho que domar dois falcões, treinar duas águias, manter quietos dois coelhos, vigiar uma serpente, carregar um asno e dominar um leão! - disse ele.
- Não vejo nenhum animal perto do local onde vives. Onde eles estão? Ele explicou:
- Estes animais, todos os Homens têm!
Os dois falcões se lançam sobre tudo o que aparece, seja bom ou mau. Tenho que domá-los para que se fixem sobre uma boa presa. São os meus OLHOS!
As duas águias, ferem e destroçam com suas garras. Tenho que treiná-las para que sejam úteis sem ferir. São as minhas MÃOS!
Os dois coelhos querem ir aonde lhes agradem. Fugindo dos demais e esquivando-se das dificuldades... Tenho que ensinar-lhes a ficarem quietos, mesmo que seja penoso, problemático e desagradável. São os meus PÉS!
O mais difícil é vigiar a serpente. Apesar de estar presa numa jaula de 32 barras, mal se abre a jaula, está sempre pronta para morder e envenenar os que a rodeiam. Se não a vigio de perto, causa danos. É a minha LÍNGUA!
O asno é muito obstinado, não quer cumprir com suas obrigações. Alega estar cansado e se recusa a transportar a carga de cada dia. É o meu CORPO!
Finalmente, preciso dominar o leão... Ele sempre quer ser o Rei, o mais importante. É vaidoso e orgulhoso. É o meu CORAÇÃO!

Paciência



No parque, uma mulher sentou-se ao lado de um homem.
Ela disse:
- Aquele ali é meu filho, o de suéter vermelho deslizando no escorregador..
- Um bonito garoto - respondeu o homem, e completou: - Aquela de vestido branco, pedalando a bicicleta, é minha filha.
Então, olhando o relógio, o homem chamou a sua filha.
- Melissa, o que você acha de irmos?
- Mais cinco minutos, pai. Por favor. Só mais cinco minutos!
O homem concordou e Melissa continuou pedalando sua bicicleta, para alegria de seu coração
Os minutos se passaram, o pai levantou-se e novamente chamou sua filha:
- Hora de irmos, agora?
Mas, outra vez Melissa pediu:
- Mais cinco minutos, pai. Só mais cinco minutos!
O homem sorriu e disse:
- Está certo!
- O senhor é certamente um pai muito paciente, - comentou a mulher ao seu lado.
O homem sorriu e disse:
- O irmão mais velho de Melissa foi morto no ano passado por um motorista bêbado, quando andava de bicicleta aqui perto. Eu nunca passei muito tempo com meu filho e agora eu daria qualquer coisa por apenas mais cinco minutos com ele. Eu me prometi não cometer o mesmo erro com Melissa. Ela acha que tem mais cinco minutos para andar de bicicleta. Na verdade, eu é que tenho mais cinco minutos para vê-la brincar...
Em tudo na vida estabelecemos prioridades. Quais são as suas?
Lembre-se: nem tudo o que é importante é prioritário, e nem tudo o que é necessário é indispensável!

sábado, 1 de dezembro de 2012

Persistência X Mudanças



Contam que certa vez, duas moscas caíram num copo de leite. A primeira era forte e valente. Assim, logo ao cair, nadou até a borda do copo. Mas como a superfície era muito lisa e ela tinha suas asas molhadas, não conseguiu sair. Acreditando que não havia saída, a mosca desanimou, parou de nadar e se debater e afundou.
Sua companheira de infortúnio, apesar de não ser tão forte, era tenaz. Continuou a se debater, a se debater e a se debater por tanto tempo, que, aos poucos o leite ao seu redor, com toda aquela agitação, foi se transformando e formou um pequeno nódulo de manteiga, onde a mosca tenaz conseguiu com muito esforço subir e dali alçar vôo para algum lugar seguro.
Durante anos, ouvi esta primeira parte da história como elogio à persistência, que, sem dúvida, é uma hábito que nos leva ao sucesso, no entanto...
Tempos depois, a mosca tenaz, por descuido ou acidente, novamente caiu no copo. Como já havia aprendido em sua experiência anterior, começou a se debater, na esperança de que, no devido tempo, se salvaria. Outra mosca, passando por ali e vendo a aflição da companheira de espécie, pousou na beira do copo e gritou: "Tem um canudo ali, nade até lá e suba por ele" A mosca tenaz não lhe deu ouvidos, baseando-se na sua experiência anterior de sucesso e, continuou a se debater e a se debater, até que, exausta, afundou no copo cheio de água.
Quantos de nós, baseados em experiências anteriores, deixamos de notar as mudanças de ambiente e ficamos nos esforçando para alcançar os resultados esperados, até que afundamos na própria falta de visão? Fazemos isso quando não conseguimos ouvir aquilo que quem está de fora da situação nos diz.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Um Simples Conselho Para Refletir


Certa vez um jovem muito rico foi procurar um rabi para lhe pedir um conselho. Toda a fortuna que possuía não era capaz de lhe proporcionar a felicidade tão sonhada. Falou da sua vida ao rabi e pediu ajuda.
Aquele homem sábio o conduziu até uma janela e lhe pediu para que olhasse para fora com atenção, e o jovem obedeceu.
- O que você vê através do vidro, meu rapaz?
- Vejo homens que vêm e vão, e um cego pedindo esmolas na rua.
Então o homem lhe mostrou um grande espelho e novamente o interrogou:
- O que você vê neste espelho?
- Vejo a mim mesmo, disse o jovem prontamente.
- E já não vê os outros, não é verdade?
E o sábio continuou com suas lições preciosas:
- Observe que a janela e o espelho são feitos da mesma matéria prima : o vidro. Mas no espelho há uma camada fina de prata colada ao vidro e, por essa razão, você não vê mais do que a sua própria pessoa. Se você se comparar a essas duas espécies de vidro, poderá retirar uma grande lição. Quando a prata do egoísmo recobre a nossa visão, só temos olhos para nós mesmos e não temos chance de conquistar a felicidade efetiva. Mas quando olhamos através dos vidros limpos da compaixão, encontramos razão para viver e a felicidade se aproxima.
Por fim, o sábio lhe deu um simples conselho:
- Se quiser ser verdadeiramente feliz, arranque o revestimento de prata que lhe cobre os olhos para poder enxergar e amar aos outros. Essa é a chave para a solução dos seus problemas. Se você também não está feliz com as respostas que a vida tem lhe oferecido, talvez fosse interessante tentar de outra forma. Muitas vezes, ficamos olhando somente para a nossa própria imagem e nos esquecemos de que é preciso retirar a camada de prata que nos impede de ver a necessidade à nossa volta. Quando saímos da concha de egoísmo, percebemos que há muitas pessoas em situação bem mais difícil que a nossa e que dariam tudo para estarem nosso lugar. E quando estendemos a mão para socorrer o próximo, uma paz incomparável nos invade a alma. É como se Deus nos envolvesse em bênçãos de agradecimento pelo ato de compaixão para com Seus filhos em dificuldades.
Ademais, quem acende a luz da caridade, é sempre o primeiro a beneficiar-se dela.

Meu Coracao - Joao Caetano

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Conflito de Gerações



Falando sobre conflitos de gerações, o médico inglês Ronald Gibson começou uma conferência citando quatro frases:
1) "Nossa juventude adora o luxo, é mal-educada, caçoa da autoridade e não tem o menor respeito pelos mais velhos. Nossos filhos hoje são verdadeiros tiranos. Eles não se levantam quando uma pessoa idosa entra, respondem a seus pais e são simplesmente maus."
2) "Não tenho mais nenhuma esperança no futuro do nosso país se a juventude de hoje tomar o poder amanhã, porque essa juventude é insuportável, desenfreada, simplesmente horrível."
3) "Nosso mundo atingiu seu ponto crítico. Os filhos não ouvem mais seus pais. O fim do mundo não pode estar muito longe."
4) "Essa juventude está estragada até o fundo do coração. Os jovens são malfeitores e preguiçosos. Eles jamais serão como a juventude de antigamente. A juventude de hoje não será capaz de manter a nossa cultura."
Após ter lido as quatro citações, ficou muito satisfeito com a aprovação que os espectadores davam às frases. Revelou, então, a origem delas:
- A primeira é de Sócrates (470-399 a.C.).
- A segunda é de Hesíodo (720 a.C.).
- A terceira é de um sacerdote do ano 2000 a.C.
- E a quarta estava escrita em um vaso de argila descoberto nas ruínas da Babilônia (atual Bagdá) e tem mais de 4000 anos de existência.
Donde conclui-se, portanto, que: NADA MUDOU!

A raposa e o corvo




Um dia um corvo estava pousado no galho de uma árvore com um pedaço de queijo no bico quando passou uma raposa. Vendo o corvo com o queijo, a raposa logo começou a matutar um jeito de se apoderar do queijo. Com esta idéia na cabeça, foi para debaixo da árvore, olhou para cima e disse:
-Que pássaro magnífico avisto nessa árvore! Que beleza estonteante! Que cores maravilhosas! Será que ele tem uma voz suave para combinar com tanta beleza! Se tiver, não há dúvida de que deve ser proclamado rei dos pássaros.
Ouvindo aquilo o corvo ficou que era pura vaidade. Para mostrar à raposa que sabia cantar, abriu o bico e soltou um sonoro "Cróóó!" . O queijo veio abaixo, claro, e a raposa abocanhou ligeiro aquela delícia, dizendo:
-Olhe, meu senhor, estou vendo que voz o senhor tem. O que não tem é inteligência!


Moral: cuidado com quem muito elogia.

Do livro: Fábulas de Esopo - Companhia das Letrinhas

domingo, 25 de novembro de 2012

Metáforas: A Águia e o Pardal



O sol anunciava o final de mais um dia e lá, entre as árvores, estava Andala, um pardal que não se cansava de observar Yan, a grande águia. Seu vôo preciso, perfeito, enchia seus olhos de admiração. Sentia vontade em voar como a águia, mas não sabia como o fazer. Sentia vontade em ser forte como a águia, mas não conseguia assim ser. Todavia, não cansava de segui-la por entre as árvores só para vislumbrar tamanha beleza... Um dia estava a voar por entre a mata a observar o vôo de Yan, e de repente a águia sumiu da sua visão. Voou mais rápido para reencontrá-la, mas a águia havia desaparecido. Foi quando levou um enorme susto: deparou de uma forma muito repentina com a grande águia a sua frente. Tentou conter o seu vôo, mas foi impossível, acabou batendo de frente com o belo pássaro. Caiu desnorteado no chão e quando voltou a si, pode ver aquele pássaro imenso bem ao seu lado observando-o. Sentiu um calafrio no peito, suas asas ficaram arrepiadas e pôs-se em posição de luta. A águia em sua quietude apenas o olhava calma e mansamente, e com uma expressão séria, perguntou-lhe:
- Por que estás a me vigiar, Andala?
- Quero ser uma águia como tu, Yan. Mas, meu vôo é baixo, pois minhas asas são curtas e vislumbro pouco por não conseguir ultrapassar meus limites.
- E como te sentes amigo sem poder desfrutar, usufruir de tudo aquilo que está além do que podes alcançar com tuas pequenas asas?
- Sinto tristeza. Uma profunda tristeza. A vontade é muito grande de realizar este sonho...
O pardal suspirou olhando para o chão... E disse:
- Todos os dias acordo muito cedo para vê-la voar e caçar. És tão única, tão bela. Passo o dia a observar-te.
- E não voas? Ficas o tempo inteiro a me observar? Indagou Yan.
- Sim. A grande verdade é que gostaria de voar como tu voas... Mas as tuas alturas são demasiadas para mim e creio não ter forças para suportar os mesmos ventos que, com graça e experiência, tu cortas harmoniosamente...
- Andala, bem sabes que a natureza de cada um de nós é diferente, e isto não quer dizer que nunca poderás voar como uma águia. Sê firme em teu propósito e deixa que a águia que vive em ti possa dar rumos diferentes aos teus instintos. Se abrires apenas uma fresta para que esta águia que está em ti possa te guiar, esta dar-te-á a possibilidade de vires a voar tão alto como eu. Acredita!
E assim, a águia preparou-se para levantar vôo, mas voltou-se novamente ao pequeno pássaro que a ouvia atentamente:
- Andala, apenas mais uma coisa: Não poderás voar como uma águia, se não treinares incansavelmente por todos os dias. O treino é o que dá conhecimento, fortalecimento e compreensão para que possas dar realidade aos teus sonhos. Se não pões em prática a tua vontade, teu sonho sempre será apenas um sonho. Esta realidade é apenas para aqueles que não temem quebrar limites, crenças, conhecendo o que deve ser realmente conhecido. É para aqueles que acreditam serem livres, e quando trazes a liberdade em teu coração poderás adquirir as formas que desejares, pois já não estarás apegado a nenhuma delas, serás livre! Um pardal poderá, sempre, transformar-se numa águia, se esta for sua vontade. Confia em ti e voa, entrega tuas asas aos ventos e aprende o equilíbrio com eles. Tudo é possível para aqueles que compreenderam que são seres livres, basta apenas acreditar, basta apenas confiar na tua capacidade em aprender e ser feliz com tua escolha! 

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

O Custo da Gratidão



Qual será o melhor método para se ensinar a virtude da gratidão aos filhos? Haverá uma fórmula especial que dê resultado garantido?
Por vezes, o mais acertado provém de uma tomada de atitude, que determina um período de reflexão.
Mais ou menos como aconteceu com aquele garoto aos seus 13 anos.
Ele e o pai costumavam passear juntos aos sábados. Nada espetacular. Simplesmente uma ida ao parque, ou à marina para olhar os barcos.
Por vezes, uma visita em lojas de bugigangas, só para comprar aparelhos eletrônicos baratos, para desmontá-los ao chegar em casa e verificar seu sistema de funcionamento.
Algumas vezes havia uma parada na sorveteria. Randal nunca sabia se o pai iria ou não parar na sorveteria. Por isso, esperava ansioso, na volta para casa, que o pai enveredasse por aquela esquina decisiva. A esquina que significava animação e água na boca.
O pai do garoto, por vezes, tomava o caminho mais longo. Dizia que era para mudar um pouco o trajeto. Em verdade, parecia um jogo, onde ele ficava testando o autocontrole do filho.
Quando chegava na esquina, ele oferecia:
Quer um sorvete de casquinha?
O garoto pedia sorvete de chocolate, e o pai, de creme. Andavam devagar até o carro e ficavam saboreando o sorvete. Para o garoto, aquilo era o paraíso.
Certo dia, em que rumando para casa, passavam pela esquina, o pai perguntou: e aí, quer um sorvete de casquinha hoje?
Boa pedida! disse Randal.
Também acho, concordou o pai. Não quer pagar hoje?
O sorvete custava então vinte centavos. A cabeça de Randal começou a girar. Ele podia pagar. Ganhava uma mesada semanal de vinte e cinco centavos, mais uns trocados por serviços eventuais.
Mas ele queria economizar. Economizar era importante. E, por se tratar do seu dinheiro, Randal achou que sorvete não era um bom investimento.
E aí ele disse as palavras mais feias que podia ter dito naquele momento: bom, nesse caso, acho que vou desistir.
A resposta do pai foi lacônica. Concordou e começou a andar em direção ao carro estacionado. Assim que fizeram a curva a caminho de casa, o garoto percebeu o quanto estava errado.
Como ele pudera ser tão mesquinho? Seu pai já perdera a conta de quantos sorvetes lhe pagara e ele nunca comprara nenhum para ele. Como ele pudera perder aquela oportunidade rara de dar alguma coisa àquele pai tão generoso?
Pediu ao pai que voltasse. Em vão. Randal ficou se sentindo péssimo por seu egoísmo, sua ingratidão. Foram para casa.
Aquela semana foi terrível, longa, angustiante. O pai não agiu como se estivesse desapontado ou desiludido. Contudo, o garoto pensava e pensava.
No final de semana seguinte, quando fizeram o novo passeio, ele fez questão de conduzir o pai até à sorveteria e lhe oferecer, sorrindo: pai, quer um sorvete de casquinha hoje? Eu pago!
Naqueles dias, Randal aprendeu que a generosidade tem mão dupla, que a gratidão algumas vezes custa um pouco mais do que um simples "obrigado". No seu caso específico, lhe custou vinte centavos. E lhe valeu uma lição para a vida.
Pensamento
No processo da educação, quase sempre um gesto tem efeito mais poderoso do que muitas palavras.
A sabedoria está, para o educador, em saber usar as palavras certas, nos momentos adequados e a utilizar a eloqüência do silêncio, nas horas precisas.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Construindo Pontes



Certa vez, dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em conflito. Foi a primeira grande desavença em toda uma vida trabalhando lado a lado, repartindo as ferramentas e cuidando um do outro.
Durante anos percorreram uma estreita, porém, comprida estrada que corria ao longo do rio para, ao final de cada dia, poderem atravessá-lo e desfrutarem um da companhia do outro. Apesar do cansaço, faziam-no com prazer, pois se amavam. Mas agora tudo havia mudado. O que começara com um pequeno mal entendido finalmente explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio.
Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem à sua porta. Ao abri-la, notou um homem com uma caixa de ferramentas de carpinteiro em sua mão, que lhe disse: - Estou procurando por trabalho, talvez você tenha um pequeno serviço aqui e ali. Posso ajuda-lo?
- Sim! - disse o fazendeiro. - Claro que tenho trabalho para você. Veja aquela fazenda além do riacho. É de meu vizinho, na realidade, meu irmão mais novo. Brigamos muito e não mais posso suportá-lo. Vê aquela pilha de madeira perto do celeiro? Quero que você me construa uma cerca bem alta ao longo do rio para que eu não mais precise vê-lo.
- Acho que entendo a situação, disse o carpinteiro.
- Mostre-me onde estão o martelo e os pregos que certamente farei um trabalho que lhe deixará satisfeito.
Como precisava ir à cidade, o irmão mais velho ajudou o carpinteiro a encontrar o material e partiu. O homem trabalhou arduamente durante todo aquele dia medindo,cortando e pregando.
Já anoitecia quando terminou sua obra, ao mesmo tempo que o fazendeiro retornava. Porém, seus olhos não podiam acreditar no que viam. Não havia qualquer cerca! Em seu lugar estava uma ponte que ligava um lado do riacho ao outro. Era realmente um belo trabalho, mas, enfurecido, exclamou:
- Você é muito insolente em construir esta ponte após tudo que lhe contei!!!
No entanto, as surpresas não haviam terminado. Ao erguer seus olhos para a ponte mais uma vez, viu seu irmão aproximando-se da outra margem, correndo com seus braços abertos. Cada um dos irmãos permaneceu imóvel de seu lado do rio, quando, num só impulso, correram um na direção do outro, abraçando-se e chorando no meio da ponte.
Emocionados, viram o carpinteiro arrumando suas ferramentas e partindo.
- Não, espere! - disse o mais velho. Fique conosco mais alguns dias, tenho muitos outros projetos para você.
O carpinteiro então lhe respondeu:
- Adoraria ficar. Mas, tenho muitas outras pontes para construir.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

As Quatro Questões de Allen



Para ter sucesso verdadeiro, faça quatro perguntas para si mesmo: Por que? Por que não? Por que não eu? Por que não agora? - James Allen (1864 - 1912)
Por que...? Encontre a razão mais profunda e verdadeira para algo, e essa razão manterá você vivo em um mundo de sonâmbulos. Entenda as razões e os motivos verdadeiros, antes de tomar uma decisão. Pergunte-se todo o tempo: "por que devo fazer essa coisa, e não aquela? " Entenda o que se passa dentro de você. Entenda os motivos mais profundos pelos quais algo deve ser feito em sua empresa ou departamento, em sua comunidade, sua equipe ou família. Por que...? Enquanto você não tiver esclarecido isso para si próprio, as razões sempre serão frágeis e você poderá ser derrubado, ou derrubada, muito facilmente. Por que quero me casar com ela? Por que quero mudar de carreira? Por que temos que mudar este produto? Por que quero este diploma? Enfim, encontre uma razão e apegue-se a ela.
Por que não? O que impede você de fazer isso? Na maioria das vezes, demoramos demais para fazer algo, simplesmente porque novas ideias fazem a gente assumir que, se não foi feito antes, provavelmente não deve ser feito. Será? Procure os motivos para não fazer algo. Muitas vezes, você vai descobrir que não existe motivo real algum para não fazer isso. Então... por que não? Pense, e responda: Por que não romper? Por que não fundar essa empresa? Por que não escrever este livro? Por que não ter filhos? Por que não procurar outro emprego? Por que não fazer este curso? Por que não dar aquele telefonema? Por que não arriscar? Pergunte-se sempre: Por que não?
Por que não eu? Se alguém tem que fazer algo, você pode ser este alguém. Inúmeras vezes, encontramos a razão para que algo seja feito e, ao perguntarmos "por que não?", vemos que nada impede que seja feito. A próxima pergunta lógica: por que não eu? Sim, talvez você seja exatamente a pessoa que deva começar isso. Alguém tem que escrever este livro: por que não você? Alguém tem que propor este produto: por que não você? Alguém que que defender esta ideia na Câmara ou no Senado: por que não você? Alguém tem que reconciliar a família: por que não você? Alguém tem que dar o primeiro passo: por que não você?
Por que não agora? As vezes, o melhor momento para começar algo é... Imediatamente. Se algo tem que ser feito, se não há razão sólida para que este algo não seja feito e se você mesmo pode fazer isso, então vem a última pergunta: Por que não fazer isso agora? Tantas vezes na vida, nós passamos pelas primeiras três perguntas e, então, fazemos de conta que somos eternos... Que podemos fazer aquilo em algum momento no futuro, quando... tivermos o diploma... os filhos tiverem crescido... a aposentadoria chegar... P A R E. Isso é apenas uma armadilha do lado temeroso de sua mente. Não espere o dia perfeito. O dia perfeito é hoje. Se não hoje... quando?
Siga o conselho de James Allen: "Para ter sucesso verdadeiro, faça quatro perguntas para si mesmo:
Por que? Por que não? Por que não eu? Por que não agora?

Conselhos de Abraham Lincoln



Não criarás a prosperidade se desestimulares a poupança.
Não fortalecerás os fracos se enfraqueceres os fortes.
Não ajudarás o assalariado se arruinares aqueles que o pagam.
Não estimularás a fraternidade humana se alimentares o ódio de classes.
Não ajudarás os pobres se eliminares os ricos.
Não poderás criar estabilidade permanente, baseada em dinheiro emprestado.
Não evitarás dificuldades se gastares mais do que ganhas.
Não fortalecerás a dignidade e o ânimo se subtraíres ao homem a iniciativa e a liberdade.
Não poderás ajudar os homens de maneira permanente se fizeres por eles aquilo que eles podem e devem fazer por si próprios.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Liberdade “de” ou Liberdade “para”


F. ENZIO BUSCHE 


dos setentas

“Começamos a sentir-nos vivos ao assumirmos conscientemente a total responsabilidade por nossa própria vida e ao pararmos de culpar as circunstâncias.”
Se me perguntassem qual é, no meu entendimento, o evento mais importante acontecido na Terra nos últimos 200 anos, eu responderia sem hesitar: as conseqüências da oração de um rapaz do campo, que no início do século dezenove, no interior do Estado de Nova York, ajoelhou-se diante de Deus e perguntou-Lhe acerca de verdades eternas.
Esse rapazinho, de nome Joseph Smith, tornou-se, nas mãos do Senhor Jesus Cristo, o instrumento que restaurou ao mundo o conhecimento da verdade perdida há muito tempo e quase esquecida: o conhecimento a respeito de nós, seres humanos — quem somos, de onde viemos, qual o sentido e o propósito de nossa existência terrena e por que a humanidade tem sofrido tanta infelicidade e injustiça. Os questionamentos da humanidade a respeito da vida após a morte e do destino final do homem também acabaram tendo resposta.
Até o dia de hoje, mais de 42 anos desde que aceitei, por livre escolha, fazer o sagrado convênio do batismo do Senhor, ainda permaneço em estado de contemplação diante dos acontecimentos maravilhosos e miraculosos da Restauração. Não só nos foi permitido aprender tudo a respeito da essência do Sacrifício Expiatório do Senhor Jesus Cristo, mas também o significado do sacerdócio de Deus que foi revelado e restaurado para que todos nós pudéssemos agir no sentido de cultivar o amor e a paciência, para levar a efeito a oportunidade de salvação para todos.
O tempo não me permite falar mais a respeito dos detalhes dessa obra maravilhosa de nossos dias, mas sinto-me inspirado a falar sobre um aspecto essencial do reino do Senhor que, se não for compreendido, pode resultar no fato de que a visão de Seu plano não seja adequadamente percebida.
Antes de entrar no assunto, gostaria de falar-lhes sobre um irmão fiel que era membro do mesmo ramo que eu em minha terra natal, a Alemanha, nos primeiros anos de minha filiação à Igreja.
Era uma pessoa de condição modesta e sentia-se muito abençoado por estar começando a trabalhar numa pequena empresa particular. Contou-me que em breve haveria um evento e que todos os empregados haviam sido convidados a participar de um jantar tradicional da companhia.
Ele estava preocupado porque sabia da grande festa da cerveja que aconteceria no final da reunião, e seu chefe seria muito provavelmente o maior bebedor de cerveja entre todos os presentes. Tinha consciência também de que seria muito indelicado de sua parte se não comparecesse ao jantar.
Quando o encontrei novamente, passado o evento do jantar, vi nele um brilho e felicidade interior, e ele mal podia esperar para contar-me o que havia acontecido. Por ele ser novo na empresa, seu chefe havia-se sentado bem ao seu lado, para conhecê-lo melhor. À medida que as horas passavam, os piores temores desse irmão iam-se confirmando, pois o chefe não iria aceitar que o novo funcionário não bebesse com ele. Ele disse: “Que tipo de igreja é essa que não lhe permite beber um único copo de cerveja comigo”?
Os temores desse amigo não se transformaram em pânico porque ele teve calma suficiente para responder ao chefe que a razão de ele não estar bebendo não tinha nada a ver com a Igreja à qual pertencia, mas que ele mesmo havia feito uma promessa sagrada a Deus de que não beberia. Se ele porventura quebrasse essa promessa, como permaneceria fiel às coisas que viria a prometer e como as pessoas, até mesmo o seu patrão, poderiam acreditar que não mentiria, roubaria ou seria desonesto?
Segundo afirmou meu amigo, o dono da empresa ficou muito impressionado com suas afirmações e abraçou-o, dizendo palavras de respeitosa admiração e confiança.
Meus queridos irmãos e irmãs, na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, muitos membros novos, principalmente aqueles que vêm de fora dos Estados Unidos, aprendem pela primeira vez o verdadeiro significado da palavra “liberdade”. Liberdade, para a maior parte das pessoas do mundo, significa “liberdade de” — a ausência de malignidade, dor ou repressão. Mas o sentido que Deus dá à “liberdade”, ao referir-Se a nós, vai muito além disso. Ele quer dizer “liberdade para” — a liberdade para agir na dignidade de nossa própria escolha.
Então, o que significa ser livre? Liberdade quer dizer ter maturidade para o pleno conhecimento do perigo das inúmeras responsabilidades que temos como seres humanos. Aprendemos que tudo o que fazemos, ou até dizemos ou pensamos, tem conseqüências. Vemos que por muito tempo acreditamos ser vítimas das circunstâncias. No evangelho de João 8:32, lemos o seguinte:
“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”
Ao abrirmos o coração para a mensagem da verdade de Deus, conforme restaurada em nossos dias, começamos a compreender porque existiu e ainda existe tanta infelicidade, dor, sofrimento e até fome. À medida que aprendermos a aceitar a verdade revelada em nossa própria vida, a nossa fé no Filho vivo de Deus irá crescer e, portanto, receberemos dons espirituais e aptidões até o momento desconhecidas. Aprenderemos que nada é impossível para aqueles que crêem em Jesus Cristo. Limitações irreais serão eliminadas. O pensamento obtuso, decorrente das tragédias que são as falsas tradições, desaparecerá.
Quanto mais o nosso entendimento da vastidão e da plenitude do plano de salvação for desenvolvido, mais nos enxergaremos em nossa insignificância e imperfeição. E ao nos vermos nessa condição de humildade, com o coração quebrantado e o espírito contrito, compreenderemos e finalmente aceitaremos esse sacratíssimo convênio feito com o Pai Celestial, sob a forma do batismo.
Nós nos submeteremos cheios de alegria a esse convênio, sabendo que existe uma grande diferença entre o mero desejo e o convênio. Quando simplesmente desejamos algo, somente esforçamo-nos para consegui-lo quando nos convém. Mas quando chegamos ao ponto de fazer um convênio sagrado, como o batismo, aprendemos a superar todos os obstáculos por meio da obediência e, ao fazê-lo, somos abençoados com a presença do Espírito e, por conseguinte, com realizações. Começamos a sentir-nos vivos ao assumirmos conscientemente a total responsabilidade por nossa própria vida e ao pararmos de culpar as circunstâncias.
Uma coisa, porém, é certa: ter “liberdade para” significa também que temos o potencial para fazer escolhas erradas. As escolhas erradas têm conseqüências impiedosas e, quando não são contidas e corrigidas, nos conduzem à infelicidade e à dor. As escolhas erradas, quando não são corrigidas, nos conduzem ao último desastre possível na vida: ficar longe de nosso Pai Celestial no mundo vindouro.
Ao recebermos essa mensagem vivificante, começamos a entender que em nossa existência anterior, éramos como um jogador de futebol parado no meio do campo, totalmente desanimado por não saber o propósito e as regras do jogo. Não sabíamos a qual equipe pertencíamos e nem mesmo quem era o nosso técnico. Só por meio do conhecimento do evangelho restaurado é que o nosso objetivo fica claro e compreendemos que Jesus Cristo e Sua Igreja e sacerdócio restaurados são o único meio de alcançarmos êxito em nossa experiência terrena.
Jesus Cristo deseja dar vigor à nossa vida de acordo com as nossas escolhas em retidão, de modo que, por meio de nossa fé e nossas obras, as circunstâncias de que éramos prisioneiros no passado acabarão modificando-se. No Livro de Mórmon aprendemos que o Redentor controla nossa vida, junto com uma multidão de anjos. Lemos:
“… cessaram os milagres? Eis que vos digo que não; tampouco os anjos cessaram de ministrar entre os filhos dos homens. Pois eis que a ele estão sujeitos, para ministrarem de acordo com a palavra de sua ordem, manifestando-se aos que têm uma fé vigorosa ….” (Morôni 7:29–30)
Nesta liberdade que recebemos em nossos dias, por meio de nosso entendimento de Seu plano divino para nós, assumimos inteiramente a nossa responsabilidade. Que sempre fiquemos perto da mão amorosa e cuidadosa de nosso Redentor e Salvador para termos segurança e felicidade. Digo isso com profunda humildade. E presto-lhe o meu testemunho, como irmão e servo, de que Jesus vive e de que Ele está à frente nesta obra. Isso eu digo em nome de Jesus. Amém.