sexta-feira, 23 de março de 2018

O serviço bancário na sua melhor forma

Quando meu filho era um jovem adolescente, ele e um amigo foram de ônibus até a cidade para comprar skates. Cada um deles tinha vinte dólares. Quando chegaram ao centro da cidade, descobriram que precisavam de mais dinheiro para cobrir as passagens de ônibus e o imposto sobre mercadorias. Estavam faltando US$ 3,75 para eles.
Havia uma agência do banco em que tínhamos conta nas proximidades e eles decidiram ir até lá para pedir um empréstimo. O caixa disse que não seria possível, mas que poderiam conseguir algum dinheiro adiantado por meio do cartão de crédito dos pais. Telefonaram para casa, mas ninguém atendeu. Falaram com o caixa novamente para ver se alguma outra coisa poderia ser feita. Ele então os encaminhou à mesa do vice-presidente. Quando o homem perguntou por que o banco deveria dar um empréstimo a eles, responderam:
-- Porque somos escoteiros, bons alunos e dignos de confiança.
O vice-presidente disse que, como eles não tinham garantias, teriam de preencher e assinar um vale. Os garotos concordaram e, em troca, ele lhes deu o dinheiro necessário para completar sua missão.
Descobrimos mais tarde que esse homem maravilhoso emprestou seu próprio dinheiro para os garotos (meu marido telefonou para ele no dia seguinte, pedindo um empréstimo familiar nas mesmas bases!). Conversando com ele, soubemos que tinha feito vários empréstimos desse tipo, inclusive para a mulher de um marinheiro cuja pensão estava atrasada. Ele disse que havia sido reembolsado quase em 100% das vezes e que a oportunidade de ajudar outras pessoas dessa maneira era um dos lados mais gratificantes do seu trabalho.
Meu filho e seu amigo tomaram o ônibus na manhã seguinte. Eles pagaram o empréstimo e receberam o vale de volta, assinado pelo vice-presidente. Era o serviço bancário na sua melhor forma.
Sharon Borjesson  
Do livro: Espírito de Cooperação no Trabalho
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