quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Salvamento no Mar

Anos atrás, em uma aldeia de pescadores na Holanda, um jovem mostrou ao mundo quais eram as recompensas para quem serve aos outros desinteressadamente. Como toda a vida da aldeia girava em torno da indústria pesqueira, era preciso que houvesse uma equipe de salvamento, composta por voluntários, para atuar em situações de emergência. Em uma noite de tempestade, os fortes ventos fizeram um pesqueiro virar no mar. Em dificuldades, a tripulação havia enviado um S.O.S. O capitão da equipe do bote de salvamento fez soar o alarme e toda a aldeia se reuniu na praça para olhar atentamente para a baía. Enquanto a equipe lançava à água o bote e tentava avançar através das enormes ondas, os aldeões esperavam aflitos na praia, segurando lanternas para iluminar o caminho de volta.
Uma hora depois o bote reapareceu em meio ao nevoeiro e os animados aldeões correram para cumprimentar os seus ocupantes. Caindo exaustos na areia, os voluntários disseram que o bote não pudera comportar mais nenhum passageiro, e eles tiveram de deixar um homem para trás. Um só passageiro a mais o faria virar, e todos os outros pereceriam.
Desesperado, o capitão convocou outra equipe de voluntários para procurar o único sobrevivente. Hans, de dezesseis anos, deu um passo à frente. Sua mãe segurou seu braço, implorando:
- Por favor, não vá. Seu pai morreu em um naufrágio há dez anos, e seu irmão mais velho, Paul, está perdido no mar há três semanas. Hans, você é tudo que me resta.
Hans respondeu:
- Mãe, eu tenho de ir. E se todos dissessem, 'Eu não posso ir, outra pessoa que faça isso'? Desta vez tenho de cumprir o meu dever. Quando o dever chama, temos de fazer a nossa parte.
Hans beijou a sua mãe, juntou-se à equipe e desapareceu na noite.
Passou-se outra hora, que pareceu à mãe de Hans uma eternidade. Finalmente, o bote surgiu em meio ao nevoeiro com Hans em pé na proa. Pondo as mãos em concha, o capitão gritou:
- Encontrou o homem perdido?
Mal conseguindo conter-se, Hans gritou excitadamente de volta:
- Sim, nós o encontramos. Diga à minha mãe que é o meu irmão mais velho, Paul!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Acertar, sorte ou talento?

Conta a história que um rei mandou fazer um anel com uma pedra preciosa. Depois ordenou aos soldados que colocassem o anel no alto de um enorme poste de madeira, e convocou a população:
— Quem conseguir atirar uma flecha que passe pelo centro do anel o receberá de presente com mais cem moedas de ouro.
Quatrocentas pessoas ofereceram-se para atirar suas flechas. Todas o fizeram. E todas erraram. Perto dali, um jovem brincava com seu arco, quando uma das flechas atiradas por ele foi desviada pelo vento, aproximou-se do poste e atravessou o centro do anel. O rei premiou o rapaz com a joia e as moedas de ouro. Assim que saiu do palácio, a primeira coisa que o jovem fez foi queimar seu arco e suas flechas.
— Por que está fazendo isso? — perguntou um passante.
— Um homem deve entender que às vezes a sorte bate à sua porta, mas jamais deixar que ela o engane e termine convencendo-o de que ele tem talento.
Não espere pela sorte, desenvolva seus talentos!
Autor desconhecido

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

História que a Vida Escreveu

Um famoso escritor conta a história de uma família rica, que foi convidada a passar um fim de semana na bela propriedade de uma outra família: a casa dos Churchill.
As crianças se divertiam porque havia uma deliciosa piscina na propriedade.
No último dia, ocorreu uma tragédia. O menino menor quase afundou. As crianças puseram-se a gritar, procurando alcançar com as mãos o pequeno, que se afogava, mas inutilmente. Por fim, o pequeno Alexandre Fleming, filho do jardineiro, ouviu os gritos e saltou dentro da piscina, salvando assim o menino.
Quando o pai ouviu a história, sua gratidão não teve limites. Ele se dirigiu ao senhor Fleming, o jardineiro, e disse:
- Seu filho salvou a vida do meu filho, o que posso fazer pelo senhor?
- Ora, o senhor não precisa fazer coisa alguma, disse o jardineiro, meu filho fez o que qualquer outro faria.
- Mas eu preciso fazer alguma coisa pelo seu filho. Que apreciaria ele?
- Bem, desde que aprendeu a falar, tem manifestado o desejo de ser um médico.
O homem estendeu a mão ao senhor Fleming, e disse:
- Seu filho frequentará a melhor escola de Medicina que houver na Inglaterra.
E sustentou a palavra.
Ao final da Conferência de Teerã, o mundo foi sacudido com a notícia de que Churchill estava doente com pneumonia. Os meios de comunicação da Inglaterra transmitiram por toda a nação, o desejo de que o melhor médico do Império Britânico tomasse um avião para Teerã e assistisse ao Primeiro-Ministro.
Esse médico foi o Dr. Fleming, o descobridor da penicilina. Os seus esforços foram coroados de êxito. Mais tarde, Winston Churchill eletrizou o mundo com a declaração:
"Não é sempre que um homem tem a oportunidade de agradecer ao mesmo homem por haver-lhe salvo a vida duas vezes".
O pequeno Fleming, que havia salvo a vida do pequeno Churchill, quando este se afogava numa piscina, tornou-se o Dr.Fleming, que de novo lhe salvou a vida.
O pai de Winston Churchill jamais sonhara, que, ao dar à Alexandre Fleming a oportunidade de estudar na melhor escola de Medicina da Inglaterra, estava provendo o meio de salvar a vida do seu filho, pela segunda vez, através do mesmo homem.
Autor desconhecido