sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Um Simples Conselho Para Refletir


Certa vez um jovem muito rico foi procurar um rabi para lhe pedir um conselho. Toda a fortuna que possuía não era capaz de lhe proporcionar a felicidade tão sonhada. Falou da sua vida ao rabi e pediu ajuda.
Aquele homem sábio o conduziu até uma janela e lhe pediu para que olhasse para fora com atenção, e o jovem obedeceu.
- O que você vê através do vidro, meu rapaz?
- Vejo homens que vêm e vão, e um cego pedindo esmolas na rua.
Então o homem lhe mostrou um grande espelho e novamente o interrogou:
- O que você vê neste espelho?
- Vejo a mim mesmo, disse o jovem prontamente.
- E já não vê os outros, não é verdade?
E o sábio continuou com suas lições preciosas:
- Observe que a janela e o espelho são feitos da mesma matéria prima : o vidro. Mas no espelho há uma camada fina de prata colada ao vidro e, por essa razão, você não vê mais do que a sua própria pessoa. Se você se comparar a essas duas espécies de vidro, poderá retirar uma grande lição. Quando a prata do egoísmo recobre a nossa visão, só temos olhos para nós mesmos e não temos chance de conquistar a felicidade efetiva. Mas quando olhamos através dos vidros limpos da compaixão, encontramos razão para viver e a felicidade se aproxima.
Por fim, o sábio lhe deu um simples conselho:
- Se quiser ser verdadeiramente feliz, arranque o revestimento de prata que lhe cobre os olhos para poder enxergar e amar aos outros. Essa é a chave para a solução dos seus problemas. Se você também não está feliz com as respostas que a vida tem lhe oferecido, talvez fosse interessante tentar de outra forma. Muitas vezes, ficamos olhando somente para a nossa própria imagem e nos esquecemos de que é preciso retirar a camada de prata que nos impede de ver a necessidade à nossa volta. Quando saímos da concha de egoísmo, percebemos que há muitas pessoas em situação bem mais difícil que a nossa e que dariam tudo para estarem nosso lugar. E quando estendemos a mão para socorrer o próximo, uma paz incomparável nos invade a alma. É como se Deus nos envolvesse em bênçãos de agradecimento pelo ato de compaixão para com Seus filhos em dificuldades.
Ademais, quem acende a luz da caridade, é sempre o primeiro a beneficiar-se dela.

Meu Coracao - Joao Caetano

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Conflito de Gerações



Falando sobre conflitos de gerações, o médico inglês Ronald Gibson começou uma conferência citando quatro frases:
1) "Nossa juventude adora o luxo, é mal-educada, caçoa da autoridade e não tem o menor respeito pelos mais velhos. Nossos filhos hoje são verdadeiros tiranos. Eles não se levantam quando uma pessoa idosa entra, respondem a seus pais e são simplesmente maus."
2) "Não tenho mais nenhuma esperança no futuro do nosso país se a juventude de hoje tomar o poder amanhã, porque essa juventude é insuportável, desenfreada, simplesmente horrível."
3) "Nosso mundo atingiu seu ponto crítico. Os filhos não ouvem mais seus pais. O fim do mundo não pode estar muito longe."
4) "Essa juventude está estragada até o fundo do coração. Os jovens são malfeitores e preguiçosos. Eles jamais serão como a juventude de antigamente. A juventude de hoje não será capaz de manter a nossa cultura."
Após ter lido as quatro citações, ficou muito satisfeito com a aprovação que os espectadores davam às frases. Revelou, então, a origem delas:
- A primeira é de Sócrates (470-399 a.C.).
- A segunda é de Hesíodo (720 a.C.).
- A terceira é de um sacerdote do ano 2000 a.C.
- E a quarta estava escrita em um vaso de argila descoberto nas ruínas da Babilônia (atual Bagdá) e tem mais de 4000 anos de existência.
Donde conclui-se, portanto, que: NADA MUDOU!

A raposa e o corvo




Um dia um corvo estava pousado no galho de uma árvore com um pedaço de queijo no bico quando passou uma raposa. Vendo o corvo com o queijo, a raposa logo começou a matutar um jeito de se apoderar do queijo. Com esta idéia na cabeça, foi para debaixo da árvore, olhou para cima e disse:
-Que pássaro magnífico avisto nessa árvore! Que beleza estonteante! Que cores maravilhosas! Será que ele tem uma voz suave para combinar com tanta beleza! Se tiver, não há dúvida de que deve ser proclamado rei dos pássaros.
Ouvindo aquilo o corvo ficou que era pura vaidade. Para mostrar à raposa que sabia cantar, abriu o bico e soltou um sonoro "Cróóó!" . O queijo veio abaixo, claro, e a raposa abocanhou ligeiro aquela delícia, dizendo:
-Olhe, meu senhor, estou vendo que voz o senhor tem. O que não tem é inteligência!


Moral: cuidado com quem muito elogia.

Do livro: Fábulas de Esopo - Companhia das Letrinhas

domingo, 25 de novembro de 2012

Metáforas: A Águia e o Pardal



O sol anunciava o final de mais um dia e lá, entre as árvores, estava Andala, um pardal que não se cansava de observar Yan, a grande águia. Seu vôo preciso, perfeito, enchia seus olhos de admiração. Sentia vontade em voar como a águia, mas não sabia como o fazer. Sentia vontade em ser forte como a águia, mas não conseguia assim ser. Todavia, não cansava de segui-la por entre as árvores só para vislumbrar tamanha beleza... Um dia estava a voar por entre a mata a observar o vôo de Yan, e de repente a águia sumiu da sua visão. Voou mais rápido para reencontrá-la, mas a águia havia desaparecido. Foi quando levou um enorme susto: deparou de uma forma muito repentina com a grande águia a sua frente. Tentou conter o seu vôo, mas foi impossível, acabou batendo de frente com o belo pássaro. Caiu desnorteado no chão e quando voltou a si, pode ver aquele pássaro imenso bem ao seu lado observando-o. Sentiu um calafrio no peito, suas asas ficaram arrepiadas e pôs-se em posição de luta. A águia em sua quietude apenas o olhava calma e mansamente, e com uma expressão séria, perguntou-lhe:
- Por que estás a me vigiar, Andala?
- Quero ser uma águia como tu, Yan. Mas, meu vôo é baixo, pois minhas asas são curtas e vislumbro pouco por não conseguir ultrapassar meus limites.
- E como te sentes amigo sem poder desfrutar, usufruir de tudo aquilo que está além do que podes alcançar com tuas pequenas asas?
- Sinto tristeza. Uma profunda tristeza. A vontade é muito grande de realizar este sonho...
O pardal suspirou olhando para o chão... E disse:
- Todos os dias acordo muito cedo para vê-la voar e caçar. És tão única, tão bela. Passo o dia a observar-te.
- E não voas? Ficas o tempo inteiro a me observar? Indagou Yan.
- Sim. A grande verdade é que gostaria de voar como tu voas... Mas as tuas alturas são demasiadas para mim e creio não ter forças para suportar os mesmos ventos que, com graça e experiência, tu cortas harmoniosamente...
- Andala, bem sabes que a natureza de cada um de nós é diferente, e isto não quer dizer que nunca poderás voar como uma águia. Sê firme em teu propósito e deixa que a águia que vive em ti possa dar rumos diferentes aos teus instintos. Se abrires apenas uma fresta para que esta águia que está em ti possa te guiar, esta dar-te-á a possibilidade de vires a voar tão alto como eu. Acredita!
E assim, a águia preparou-se para levantar vôo, mas voltou-se novamente ao pequeno pássaro que a ouvia atentamente:
- Andala, apenas mais uma coisa: Não poderás voar como uma águia, se não treinares incansavelmente por todos os dias. O treino é o que dá conhecimento, fortalecimento e compreensão para que possas dar realidade aos teus sonhos. Se não pões em prática a tua vontade, teu sonho sempre será apenas um sonho. Esta realidade é apenas para aqueles que não temem quebrar limites, crenças, conhecendo o que deve ser realmente conhecido. É para aqueles que acreditam serem livres, e quando trazes a liberdade em teu coração poderás adquirir as formas que desejares, pois já não estarás apegado a nenhuma delas, serás livre! Um pardal poderá, sempre, transformar-se numa águia, se esta for sua vontade. Confia em ti e voa, entrega tuas asas aos ventos e aprende o equilíbrio com eles. Tudo é possível para aqueles que compreenderam que são seres livres, basta apenas acreditar, basta apenas confiar na tua capacidade em aprender e ser feliz com tua escolha! 

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

O Custo da Gratidão



Qual será o melhor método para se ensinar a virtude da gratidão aos filhos? Haverá uma fórmula especial que dê resultado garantido?
Por vezes, o mais acertado provém de uma tomada de atitude, que determina um período de reflexão.
Mais ou menos como aconteceu com aquele garoto aos seus 13 anos.
Ele e o pai costumavam passear juntos aos sábados. Nada espetacular. Simplesmente uma ida ao parque, ou à marina para olhar os barcos.
Por vezes, uma visita em lojas de bugigangas, só para comprar aparelhos eletrônicos baratos, para desmontá-los ao chegar em casa e verificar seu sistema de funcionamento.
Algumas vezes havia uma parada na sorveteria. Randal nunca sabia se o pai iria ou não parar na sorveteria. Por isso, esperava ansioso, na volta para casa, que o pai enveredasse por aquela esquina decisiva. A esquina que significava animação e água na boca.
O pai do garoto, por vezes, tomava o caminho mais longo. Dizia que era para mudar um pouco o trajeto. Em verdade, parecia um jogo, onde ele ficava testando o autocontrole do filho.
Quando chegava na esquina, ele oferecia:
Quer um sorvete de casquinha?
O garoto pedia sorvete de chocolate, e o pai, de creme. Andavam devagar até o carro e ficavam saboreando o sorvete. Para o garoto, aquilo era o paraíso.
Certo dia, em que rumando para casa, passavam pela esquina, o pai perguntou: e aí, quer um sorvete de casquinha hoje?
Boa pedida! disse Randal.
Também acho, concordou o pai. Não quer pagar hoje?
O sorvete custava então vinte centavos. A cabeça de Randal começou a girar. Ele podia pagar. Ganhava uma mesada semanal de vinte e cinco centavos, mais uns trocados por serviços eventuais.
Mas ele queria economizar. Economizar era importante. E, por se tratar do seu dinheiro, Randal achou que sorvete não era um bom investimento.
E aí ele disse as palavras mais feias que podia ter dito naquele momento: bom, nesse caso, acho que vou desistir.
A resposta do pai foi lacônica. Concordou e começou a andar em direção ao carro estacionado. Assim que fizeram a curva a caminho de casa, o garoto percebeu o quanto estava errado.
Como ele pudera ser tão mesquinho? Seu pai já perdera a conta de quantos sorvetes lhe pagara e ele nunca comprara nenhum para ele. Como ele pudera perder aquela oportunidade rara de dar alguma coisa àquele pai tão generoso?
Pediu ao pai que voltasse. Em vão. Randal ficou se sentindo péssimo por seu egoísmo, sua ingratidão. Foram para casa.
Aquela semana foi terrível, longa, angustiante. O pai não agiu como se estivesse desapontado ou desiludido. Contudo, o garoto pensava e pensava.
No final de semana seguinte, quando fizeram o novo passeio, ele fez questão de conduzir o pai até à sorveteria e lhe oferecer, sorrindo: pai, quer um sorvete de casquinha hoje? Eu pago!
Naqueles dias, Randal aprendeu que a generosidade tem mão dupla, que a gratidão algumas vezes custa um pouco mais do que um simples "obrigado". No seu caso específico, lhe custou vinte centavos. E lhe valeu uma lição para a vida.
Pensamento
No processo da educação, quase sempre um gesto tem efeito mais poderoso do que muitas palavras.
A sabedoria está, para o educador, em saber usar as palavras certas, nos momentos adequados e a utilizar a eloqüência do silêncio, nas horas precisas.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Construindo Pontes



Certa vez, dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em conflito. Foi a primeira grande desavença em toda uma vida trabalhando lado a lado, repartindo as ferramentas e cuidando um do outro.
Durante anos percorreram uma estreita, porém, comprida estrada que corria ao longo do rio para, ao final de cada dia, poderem atravessá-lo e desfrutarem um da companhia do outro. Apesar do cansaço, faziam-no com prazer, pois se amavam. Mas agora tudo havia mudado. O que começara com um pequeno mal entendido finalmente explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio.
Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem à sua porta. Ao abri-la, notou um homem com uma caixa de ferramentas de carpinteiro em sua mão, que lhe disse: - Estou procurando por trabalho, talvez você tenha um pequeno serviço aqui e ali. Posso ajuda-lo?
- Sim! - disse o fazendeiro. - Claro que tenho trabalho para você. Veja aquela fazenda além do riacho. É de meu vizinho, na realidade, meu irmão mais novo. Brigamos muito e não mais posso suportá-lo. Vê aquela pilha de madeira perto do celeiro? Quero que você me construa uma cerca bem alta ao longo do rio para que eu não mais precise vê-lo.
- Acho que entendo a situação, disse o carpinteiro.
- Mostre-me onde estão o martelo e os pregos que certamente farei um trabalho que lhe deixará satisfeito.
Como precisava ir à cidade, o irmão mais velho ajudou o carpinteiro a encontrar o material e partiu. O homem trabalhou arduamente durante todo aquele dia medindo,cortando e pregando.
Já anoitecia quando terminou sua obra, ao mesmo tempo que o fazendeiro retornava. Porém, seus olhos não podiam acreditar no que viam. Não havia qualquer cerca! Em seu lugar estava uma ponte que ligava um lado do riacho ao outro. Era realmente um belo trabalho, mas, enfurecido, exclamou:
- Você é muito insolente em construir esta ponte após tudo que lhe contei!!!
No entanto, as surpresas não haviam terminado. Ao erguer seus olhos para a ponte mais uma vez, viu seu irmão aproximando-se da outra margem, correndo com seus braços abertos. Cada um dos irmãos permaneceu imóvel de seu lado do rio, quando, num só impulso, correram um na direção do outro, abraçando-se e chorando no meio da ponte.
Emocionados, viram o carpinteiro arrumando suas ferramentas e partindo.
- Não, espere! - disse o mais velho. Fique conosco mais alguns dias, tenho muitos outros projetos para você.
O carpinteiro então lhe respondeu:
- Adoraria ficar. Mas, tenho muitas outras pontes para construir.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

As Quatro Questões de Allen



Para ter sucesso verdadeiro, faça quatro perguntas para si mesmo: Por que? Por que não? Por que não eu? Por que não agora? - James Allen (1864 - 1912)
Por que...? Encontre a razão mais profunda e verdadeira para algo, e essa razão manterá você vivo em um mundo de sonâmbulos. Entenda as razões e os motivos verdadeiros, antes de tomar uma decisão. Pergunte-se todo o tempo: "por que devo fazer essa coisa, e não aquela? " Entenda o que se passa dentro de você. Entenda os motivos mais profundos pelos quais algo deve ser feito em sua empresa ou departamento, em sua comunidade, sua equipe ou família. Por que...? Enquanto você não tiver esclarecido isso para si próprio, as razões sempre serão frágeis e você poderá ser derrubado, ou derrubada, muito facilmente. Por que quero me casar com ela? Por que quero mudar de carreira? Por que temos que mudar este produto? Por que quero este diploma? Enfim, encontre uma razão e apegue-se a ela.
Por que não? O que impede você de fazer isso? Na maioria das vezes, demoramos demais para fazer algo, simplesmente porque novas ideias fazem a gente assumir que, se não foi feito antes, provavelmente não deve ser feito. Será? Procure os motivos para não fazer algo. Muitas vezes, você vai descobrir que não existe motivo real algum para não fazer isso. Então... por que não? Pense, e responda: Por que não romper? Por que não fundar essa empresa? Por que não escrever este livro? Por que não ter filhos? Por que não procurar outro emprego? Por que não fazer este curso? Por que não dar aquele telefonema? Por que não arriscar? Pergunte-se sempre: Por que não?
Por que não eu? Se alguém tem que fazer algo, você pode ser este alguém. Inúmeras vezes, encontramos a razão para que algo seja feito e, ao perguntarmos "por que não?", vemos que nada impede que seja feito. A próxima pergunta lógica: por que não eu? Sim, talvez você seja exatamente a pessoa que deva começar isso. Alguém tem que escrever este livro: por que não você? Alguém tem que propor este produto: por que não você? Alguém que que defender esta ideia na Câmara ou no Senado: por que não você? Alguém tem que reconciliar a família: por que não você? Alguém tem que dar o primeiro passo: por que não você?
Por que não agora? As vezes, o melhor momento para começar algo é... Imediatamente. Se algo tem que ser feito, se não há razão sólida para que este algo não seja feito e se você mesmo pode fazer isso, então vem a última pergunta: Por que não fazer isso agora? Tantas vezes na vida, nós passamos pelas primeiras três perguntas e, então, fazemos de conta que somos eternos... Que podemos fazer aquilo em algum momento no futuro, quando... tivermos o diploma... os filhos tiverem crescido... a aposentadoria chegar... P A R E. Isso é apenas uma armadilha do lado temeroso de sua mente. Não espere o dia perfeito. O dia perfeito é hoje. Se não hoje... quando?
Siga o conselho de James Allen: "Para ter sucesso verdadeiro, faça quatro perguntas para si mesmo:
Por que? Por que não? Por que não eu? Por que não agora?

Conselhos de Abraham Lincoln



Não criarás a prosperidade se desestimulares a poupança.
Não fortalecerás os fracos se enfraqueceres os fortes.
Não ajudarás o assalariado se arruinares aqueles que o pagam.
Não estimularás a fraternidade humana se alimentares o ódio de classes.
Não ajudarás os pobres se eliminares os ricos.
Não poderás criar estabilidade permanente, baseada em dinheiro emprestado.
Não evitarás dificuldades se gastares mais do que ganhas.
Não fortalecerás a dignidade e o ânimo se subtraíres ao homem a iniciativa e a liberdade.
Não poderás ajudar os homens de maneira permanente se fizeres por eles aquilo que eles podem e devem fazer por si próprios.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Liberdade “de” ou Liberdade “para”


F. ENZIO BUSCHE 


dos setentas

“Começamos a sentir-nos vivos ao assumirmos conscientemente a total responsabilidade por nossa própria vida e ao pararmos de culpar as circunstâncias.”
Se me perguntassem qual é, no meu entendimento, o evento mais importante acontecido na Terra nos últimos 200 anos, eu responderia sem hesitar: as conseqüências da oração de um rapaz do campo, que no início do século dezenove, no interior do Estado de Nova York, ajoelhou-se diante de Deus e perguntou-Lhe acerca de verdades eternas.
Esse rapazinho, de nome Joseph Smith, tornou-se, nas mãos do Senhor Jesus Cristo, o instrumento que restaurou ao mundo o conhecimento da verdade perdida há muito tempo e quase esquecida: o conhecimento a respeito de nós, seres humanos — quem somos, de onde viemos, qual o sentido e o propósito de nossa existência terrena e por que a humanidade tem sofrido tanta infelicidade e injustiça. Os questionamentos da humanidade a respeito da vida após a morte e do destino final do homem também acabaram tendo resposta.
Até o dia de hoje, mais de 42 anos desde que aceitei, por livre escolha, fazer o sagrado convênio do batismo do Senhor, ainda permaneço em estado de contemplação diante dos acontecimentos maravilhosos e miraculosos da Restauração. Não só nos foi permitido aprender tudo a respeito da essência do Sacrifício Expiatório do Senhor Jesus Cristo, mas também o significado do sacerdócio de Deus que foi revelado e restaurado para que todos nós pudéssemos agir no sentido de cultivar o amor e a paciência, para levar a efeito a oportunidade de salvação para todos.
O tempo não me permite falar mais a respeito dos detalhes dessa obra maravilhosa de nossos dias, mas sinto-me inspirado a falar sobre um aspecto essencial do reino do Senhor que, se não for compreendido, pode resultar no fato de que a visão de Seu plano não seja adequadamente percebida.
Antes de entrar no assunto, gostaria de falar-lhes sobre um irmão fiel que era membro do mesmo ramo que eu em minha terra natal, a Alemanha, nos primeiros anos de minha filiação à Igreja.
Era uma pessoa de condição modesta e sentia-se muito abençoado por estar começando a trabalhar numa pequena empresa particular. Contou-me que em breve haveria um evento e que todos os empregados haviam sido convidados a participar de um jantar tradicional da companhia.
Ele estava preocupado porque sabia da grande festa da cerveja que aconteceria no final da reunião, e seu chefe seria muito provavelmente o maior bebedor de cerveja entre todos os presentes. Tinha consciência também de que seria muito indelicado de sua parte se não comparecesse ao jantar.
Quando o encontrei novamente, passado o evento do jantar, vi nele um brilho e felicidade interior, e ele mal podia esperar para contar-me o que havia acontecido. Por ele ser novo na empresa, seu chefe havia-se sentado bem ao seu lado, para conhecê-lo melhor. À medida que as horas passavam, os piores temores desse irmão iam-se confirmando, pois o chefe não iria aceitar que o novo funcionário não bebesse com ele. Ele disse: “Que tipo de igreja é essa que não lhe permite beber um único copo de cerveja comigo”?
Os temores desse amigo não se transformaram em pânico porque ele teve calma suficiente para responder ao chefe que a razão de ele não estar bebendo não tinha nada a ver com a Igreja à qual pertencia, mas que ele mesmo havia feito uma promessa sagrada a Deus de que não beberia. Se ele porventura quebrasse essa promessa, como permaneceria fiel às coisas que viria a prometer e como as pessoas, até mesmo o seu patrão, poderiam acreditar que não mentiria, roubaria ou seria desonesto?
Segundo afirmou meu amigo, o dono da empresa ficou muito impressionado com suas afirmações e abraçou-o, dizendo palavras de respeitosa admiração e confiança.
Meus queridos irmãos e irmãs, na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, muitos membros novos, principalmente aqueles que vêm de fora dos Estados Unidos, aprendem pela primeira vez o verdadeiro significado da palavra “liberdade”. Liberdade, para a maior parte das pessoas do mundo, significa “liberdade de” — a ausência de malignidade, dor ou repressão. Mas o sentido que Deus dá à “liberdade”, ao referir-Se a nós, vai muito além disso. Ele quer dizer “liberdade para” — a liberdade para agir na dignidade de nossa própria escolha.
Então, o que significa ser livre? Liberdade quer dizer ter maturidade para o pleno conhecimento do perigo das inúmeras responsabilidades que temos como seres humanos. Aprendemos que tudo o que fazemos, ou até dizemos ou pensamos, tem conseqüências. Vemos que por muito tempo acreditamos ser vítimas das circunstâncias. No evangelho de João 8:32, lemos o seguinte:
“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”
Ao abrirmos o coração para a mensagem da verdade de Deus, conforme restaurada em nossos dias, começamos a compreender porque existiu e ainda existe tanta infelicidade, dor, sofrimento e até fome. À medida que aprendermos a aceitar a verdade revelada em nossa própria vida, a nossa fé no Filho vivo de Deus irá crescer e, portanto, receberemos dons espirituais e aptidões até o momento desconhecidas. Aprenderemos que nada é impossível para aqueles que crêem em Jesus Cristo. Limitações irreais serão eliminadas. O pensamento obtuso, decorrente das tragédias que são as falsas tradições, desaparecerá.
Quanto mais o nosso entendimento da vastidão e da plenitude do plano de salvação for desenvolvido, mais nos enxergaremos em nossa insignificância e imperfeição. E ao nos vermos nessa condição de humildade, com o coração quebrantado e o espírito contrito, compreenderemos e finalmente aceitaremos esse sacratíssimo convênio feito com o Pai Celestial, sob a forma do batismo.
Nós nos submeteremos cheios de alegria a esse convênio, sabendo que existe uma grande diferença entre o mero desejo e o convênio. Quando simplesmente desejamos algo, somente esforçamo-nos para consegui-lo quando nos convém. Mas quando chegamos ao ponto de fazer um convênio sagrado, como o batismo, aprendemos a superar todos os obstáculos por meio da obediência e, ao fazê-lo, somos abençoados com a presença do Espírito e, por conseguinte, com realizações. Começamos a sentir-nos vivos ao assumirmos conscientemente a total responsabilidade por nossa própria vida e ao pararmos de culpar as circunstâncias.
Uma coisa, porém, é certa: ter “liberdade para” significa também que temos o potencial para fazer escolhas erradas. As escolhas erradas têm conseqüências impiedosas e, quando não são contidas e corrigidas, nos conduzem à infelicidade e à dor. As escolhas erradas, quando não são corrigidas, nos conduzem ao último desastre possível na vida: ficar longe de nosso Pai Celestial no mundo vindouro.
Ao recebermos essa mensagem vivificante, começamos a entender que em nossa existência anterior, éramos como um jogador de futebol parado no meio do campo, totalmente desanimado por não saber o propósito e as regras do jogo. Não sabíamos a qual equipe pertencíamos e nem mesmo quem era o nosso técnico. Só por meio do conhecimento do evangelho restaurado é que o nosso objetivo fica claro e compreendemos que Jesus Cristo e Sua Igreja e sacerdócio restaurados são o único meio de alcançarmos êxito em nossa experiência terrena.
Jesus Cristo deseja dar vigor à nossa vida de acordo com as nossas escolhas em retidão, de modo que, por meio de nossa fé e nossas obras, as circunstâncias de que éramos prisioneiros no passado acabarão modificando-se. No Livro de Mórmon aprendemos que o Redentor controla nossa vida, junto com uma multidão de anjos. Lemos:
“… cessaram os milagres? Eis que vos digo que não; tampouco os anjos cessaram de ministrar entre os filhos dos homens. Pois eis que a ele estão sujeitos, para ministrarem de acordo com a palavra de sua ordem, manifestando-se aos que têm uma fé vigorosa ….” (Morôni 7:29–30)
Nesta liberdade que recebemos em nossos dias, por meio de nosso entendimento de Seu plano divino para nós, assumimos inteiramente a nossa responsabilidade. Que sempre fiquemos perto da mão amorosa e cuidadosa de nosso Redentor e Salvador para termos segurança e felicidade. Digo isso com profunda humildade. E presto-lhe o meu testemunho, como irmão e servo, de que Jesus vive e de que Ele está à frente nesta obra. Isso eu digo em nome de Jesus. Amém.

Belquior - De que lado nasce o sol


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Mario Quintana e o Novo Sermão do Casamento


"Em maio de 98, escrevi um texto em que afirmava que achava bonito o ritual do casamento na igreja, com seus vestidos brancos e tapetes vermelhos, mas a única coisa que me desagradava era o sermão do padre: "Promete ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-lhe e respeitando-lhe até que a morte os separe?”  Acho simplista e um pouco fora da realidade.

Dou aqui novas sugestões de sermões:

- Promete não deixar a paixão fazer de você uma pessoa controladora, e sim respeitar a individualidade do seu amado, lembrando sempre que ele não pertence a você e que está ao seu lado por livre e espontânea vontade?

- Promete saber ser amiga (o) e ser amante, sabendo exatamente quando devem entrar em cena uma e outra, sem que isso lhe transforme numa pessoa de dupla identidade ou numa pessoa menos romântica?
 
- Promete fazer da passagem dos anos uma via de amadurecimento e não uma via de cobranças por sonhos idealizados que não chegaram a se concretizar?
 
- Promete sentir prazer de estar com a pessoa que você escolheu e ser feliz ao lado dela pelo simples fato de ela ser a pessoa que melhor conhece você e, portanto, a mais bem preparada para lhe ajudar, assim como você a ela?
 
- Promete se deixar conhecer?
 
- Promete que seguirá sendo uma pessoa gentil, carinhosa e educada, que não usará a rotina como desculpa para sua falta de humor?
 
- Promete que fará sexo sem pudores, que fará filhos por amor e por vontade, e não porque é o que esperam de você, e que os educará para serem independentes e bem informados sobre a realidade que os aguarda?
 
- Promete que não falará mal da pessoa com quem casou só para arrancar risadas dos outros?
 
- Promete que a palavra liberdade seguirá tendo a mesma importância que sempre teve na sua vida, que você saberá responsabilizar-se por si mesmo sem ficar escravizado pelo outro e que saberá lidar com sua própria solidão, que casamento algum elimina?
 
- Promete que será tão você mesmo quanto era minutos antes de entrar na igreja?

Sendo assim, declaro-os muito mais que marido e mulher: declaro-os maduros".

Mario Quintana


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O Coração dos Filhos Voltar-se-á


DAVID A. BEDNAR

Do Quórum dos Doze Apóstolos


David A. Bednar
Convido os jovens da Igreja a aprenderem a respeito do Espírito de Elias e a vivenciarem-no.
Ao estudar, aprender e viver o evangelho de Jesus Cristo, a sequência geralmente é instrutiva. Pensem, por exemplo, nas lições sobre prioridades espirituais que nos ensinam a sequência dos principais acontecimentos da Restauração da plenitude do evangelho do Salvador nestes últimos dias.
No Bosque Sagrado, Joseph Smith viu o Pai Eterno e Jesus Cristo e falou com Eles. Entre outras coisas, Joseph aprendeu sobre a verdadeira natureza da Trindade e sobre a revelação contínua. Aquela majestosa visão deu início à “dispensação da plenitude dos tempos” (Efésios 1:10) e foi um dos acontecimentos mais importantes da história do mundo.
Aproximadamente três anos depois, em resposta a uma sincera oração, na noite de 21 de setembro de 1823, o quarto de Joseph encheu-se de luz até “ficar mais iluminado do que ao meio-dia” (Joseph Smith—História 1:30).Uma pessoa apareceu ao lado de sua cama, chamou o menino pelo nome e declarou “que era um mensageiro enviado (…) da presença de Deus e que seu nome era Morôni” (versículo 33). Ele instruiu Joseph sobre o surgimento do Livro de Mórmon. Em seguida, Morôni citou parte do livro de Malaquias, do Velho Testamento, com uma pequena variação em relação à linguagem usada na versão do rei Jaime: “Eis que eu vos revelarei o Sacerdócio, pela mão de Elias, o profeta, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor.
(…) E ele plantará no coração dos filhos as promessas feitas aos pais; e o coração dos filhos voltar-se-á para seus pais. Se assim não fosse, toda a terra seria totalmente destruída na sua vinda” (versículos 38, 39).
As instruções de Morôni ao jovem profeta, no final, incluíram dois temas principais: (1) o Livro de Mórmon e (2) as palavras de Malaquias que prediziam o papel de Elias, o profeta, na Restauração “de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio” (Atos 3:21). Portanto, os acontecimentos iniciais da Restauração revelaram uma correta compreensão da Trindade, salientaram a importância do Livro de Mórmon e anteciparam o trabalho de salvação e exaltação tanto para os vivos quanto para os mortos. Essa inspiradora sequência é instrutiva sobre as questões espirituais de maior prioridade para Deus.
Minha mensagem enfoca o ministério e o Espírito de Elias, preditos por Morôni em suas instruções iniciais a Joseph Smith. Oro sinceramente pela ajuda do Espírito Santo.

O Ministério de Elias, o Profeta

Elias foi um profeta do Velho Testamento que realizou grandes milagres. Ele selou os céus, e não choveu na antiga Israel por três anos e meio. Ele multiplicou o alimento e o azeite de uma viúva. Ergueu um menino de entre os mortos e invocou fogo dos céus ao desafiar os profetas de Baal. (Ver I Reis 17–18.) Ao término de seu ministério mortal, Elias “subiu ao céu num redemoinho” (II Reis 2:11) e foi transladado.
“Aprendemos por revelação moderna que Elias possuía o poder selador do Sacerdócio de Melquisedeque e foi o último profeta a fazê-lo antes da época de Jesus Cristo” (Dicionário Bíblico [em inglês], “Elijah”). O Profeta Joseph Smith explicou: “O espírito, poder e chamado de Elias, o profeta, é que vocês têm o poder para possuir a (…) plenitude do Sacerdócio de Melquisedeque (…); e para (…) obter (…) todas as ordenanças pertencentes ao reino de Deus” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith,2007, p. 326; grifo do autor). Essa sagrada autoridade de selamento é essencial para que as ordenanças do sacerdócio sejam válidas tanto na Terra quanto no céu.
Elias apareceu com Moisés no Monte da Transfiguração (ver Mateus 17:3) e conferiu essa autoridade a Pedro, Tiago e João. Elias apareceu novamente com Moisés e outros, em 3 de abril de 1836, no Templo de Kirtland, e conferiu as mesmas chaves a Joseph Smith e Oliver Cowdery.
As escrituras relatam que Elias, o profeta, apareceu a Joseph e Oliver e disse:
“Eis que é chegado plenamente o tempo proferido pela boca de Malaquias — testificando que ele [Elias, o profeta] seria enviado antes que viesse o grande e terrível dia do Senhor —
Para voltar o coração dos pais para os filhos e os filhos para os pais, a fim de que a Terra toda não seja ferida com uma maldição—
Portanto as chaves desta dispensação são confiadas a vossas mãos; e assim sabereis que o grande e terrível dia do Senhor está perto, sim, às portas” (D&C 110:14–16).
A restauração da autoridade de selamento por Elias, em 1836, era necessária para preparar o mundo para a Segunda Vinda do Salvador e deu início a um maior interesse mundial pela pesquisa de história da família.

O Espírito e o Trabalho de Elias, o Profeta

O Profeta Joseph Smith declarou: “A maior responsabilidade do mundo que Deus colocou sobre nós é a de buscar nossos mortos. (…) Porque é necessário que o poder selador esteja em nossas mãos para selar nossos filhos e nossos mortos para a plenitude da dispensação dos tempos — uma dispensação para cumprir as promessas feitas por Jesus Cristo antes da fundação do mundo para a salvação do homem. (…) Foi por isso que Deus disse: ‘Eis que eu vos enviarei o profeta Elias’” (Ensinamentos: Joseph Smith, pp. 500–501).
Joseph explicou ainda:
“Mas qual é o objetivo [da vinda de Elias]? Ou como ela deve ser cumprida? As chaves devem ser entregues, o espírito de Elias, o profeta, deve vir, o Evangelho deve ser estabelecido, os santos de Deus devem ser reunidos, Sião deve ser edificada e os santos devem tornar-se salvadores no Monte Sião [ver Obadias 1:21].
Como eles se tornarão salvadores no Monte Sião? Construindo seus templos (…) e recebendo todas as ordenanças (…) em favor de todos os seus antepassados falecidos (…); e essa é a corrente que une o coração dos pais aos filhos e dos filhos aos pais e cumpre a missão de Elias, o profeta” (Ensinamentos: Joseph Smith, pp. 498–499).
O Élder Russell M. Nelson ensinou que o Espírito de Elias “é uma manifestação do Espírito Santo que presta testemunho da natureza divina da família” (“A New Harvest Time”, Ensign, maio de 1998, p. 34). Essa influência característica do Espírito Santo leva as pessoas a identificar, documentar e valorizar seus antepassados e familiares — tanto passados quanto presentes.
O Espírito de Elias influencia as pessoas, dentro e fora da Igreja. Contudo, como membros da Igreja restaurada de Cristo, temos a responsabilidade por convênio de buscar nossos antepassados e de prover-lhes as ordenanças de salvação do evangelho. “Para que eles sem nós não fossem aperfeiçoados” (Hebreus 11:40; ver também Ensinamentos: Joseph Smith, p. 500). E “nem podemos nós, sem nossos mortos, ser aperfeiçoados” (D&C 128:15).
Por esse motivo pesquisamos a história da família, construímos templos e fazemos ordenanças vicárias. Por esse motivo Elias foi enviado para restaurar a autoridade de selamento que liga na Terra e no céu. Somos os agentes do Senhor no trabalho de salvação e exaltação que impedirá “que a Terra toda (…) seja ferida com uma maldição” (D&C 110:15) quando Ele voltar. Esse é nosso dever e nossa grande bênção.

Um Convite para a Nova Geração

Agora peço a atenção dos rapazes, das moças e crianças da nova geração ao salientar a importância do Espírito de Elias em nossa vida atual. Minha mensagem se dirige à Igreja inteira em geral — mas particularmente a vocês.
Muitos de vocês acham que o trabalho de história da família é para ser realizado principalmente por pessoas mais velhas. Mas não sei de nenhum limite de idade determinado nas escrituras ou nas diretrizes anunciadas pelos líderes da Igreja que restrinja esse importante serviço aos adultos. Vocês são filhos e filhas de Deus, filhos do convênio e edificadores do reino. Não precisam esperar até atingir uma determinada idade para cumprir sua responsabilidade de ajudar no trabalho de salvação da família humana.
O Senhor providenciou-nos, em nossos dias, alguns recursos extraordinários que nos permitem aprender e amar esse trabalho que é vivificado pelo Espírito de Elias. O FamilySearch, por exemplo, é uma coletânea de registros, recursos e serviços, de fácil acesso por computadores pessoais ou vários dispositivos portáteis, que visa ajudar as pessoas a descobrir e documentar sua história da família. Esses recursos também podem ser encontrados nos centros de história da família localizados em muitos de nossos edifícios da Igreja no mundo inteiro.
Não é coincidência que o FamilySearch e outras ferramentas tenham surgido numa época em que os jovens estejam tão familiarizados com amplo leque de informações e tecnologias de comunicação. Seus dedos foram treinados para digitar textos e tweetar, a fim de acelerar e impulsionar o trabalho do Senhor — não apenas para se comunicarem rapidamente com os amigos. As habilidades e aptidões que muitos jovens têm hoje são uma preparação para que contribuam neste trabalho de salvação.
Convido os jovens da Igreja a aprenderem a respeito do Espírito de Elias e a vivenciarem-no. Incentivo-os a estudarem, a pesquisarem seus antepassados e a prepararem-se para realizar batismos vicários na casa do Senhor por seus próprios parentes falecidos (ver D&C 124:28–36). E peço que ajudem outras pessoas a identificar a história da família delas.
Ao atenderem com fé a este convite, seu coração se voltará aos pais. As promessas feitas a Abraão, Isaque e Jacó serão implantadas em seu coração. Sua bênção patriarcal, com sua declaração de linhagem, vai ligá-los a esses pais e será mais significativa para vocês. Seu amor e sua gratidão por seus antepassados vão aumentar. Seu testemunho do Salvador e sua conversão a Ele se tornarão mais profundos e duradouros. E prometo-lhes que serão protegidos da crescente influência do adversário. Ao participarem desse trabalho sagrado e amarem-no, serão protegidos em sua juventude e por toda a vida.
Pais e líderes, por favor, ajudem seus filhos e jovens a aprenderem sobre o Espírito de Elias e vivenciarem-no. Mas não programem demais essa tarefa nem forneçam informações ou treinamento por demais detalhados. Convidem os jovens a explorar, a experimentar e a aprender por si mesmos (ver Joseph Smith—História 1:20). Todo jovem pode fazer o que estou sugerindo usando os módulos disponíveis no sitelds.org/familyhistoryyouth. . As presidências de quóruns do Sacerdócio Aarônico e das classes das Moças podem desempenhar um importante papel, ajudando todos os jovens a conhecer esses recursos básicos. Os jovens precisam cada vez mais se tornar aprendizes que agem, recebendo assim mais luz e conhecimento pelo poder do Espírito Santo — e não apenas alunos passivos que recebem a ação (ver 2 Néfi 2:26).
Pais e líderes, vocês ficarão assombrados com a rapidez com que seus filhos e os jovens da Igreja adquirirão habilidade no uso dessas ferramentas. De fato, vocês aprenderão valiosas lições com esses jovens sobre a utilização eficaz desses recursos. Os jovens podem oferecer muito aos mais velhos que não se sentem à vontade ou que têm medo da tecnologia, ou que não conhecem o FamilySearch. Vocês também receberão muitas bênçãos, à medida que os jovens dedicarem mais tempo ao trabalho de história da família e ao serviço do templo, e menos tempo para videogames, Internet e Facebook.
Troy Jackson, Jaren Hope e Andrew Allan são portadores do Sacerdócio Aarônico que foram chamados por um bispo inspirado para dar aulas em uma classe de história da família em sua ala. Esses jovens são como muitos de vocês em sua avidez para aprender e no desejo de servir.
Troy disse: “Eu costumava ir para a Igreja e ficar ali sentado, mas agora percebo que preciso voltar para casa e fazer algo. Todos podemos fazer o trabalho de história da família”.
Jaren contou que ao aprender mais sobre a história da família compreendeu “que não eram apenas nomes, mas pessoas reais. Fui ficando cada vez mais entusiasmado em levar os nomes ao templo”.
E Andrew comentou: “Passei a interessar-me pela história da família com um amor e vigor que não sabia que podia ter. Ao preparar-me a cada semana para ensinar, muitas vezes senti-me inspirado pelo Santo Espírito a agir e a utilizar alguns dos métodos ensinados na lição. Antes, a história da família era uma coisa que intimidava. Mas com a ajuda do Espírito consegui estar à altura do meu chamado e ajudar muitas pessoas de nossa ala”.
Meus queridos jovens irmãos e irmãs, a história da família não é apenas um programa ou uma atividade interessante que a Igreja patrocina, mas, sim, uma parte vital do trabalho de salvação e exaltação. Vocês foram preparados para este dia e para edificar o reino de Deus. Estão aqui na Terra agora para auxiliar nesse trabalho glorioso.
Testifico que Elias voltou à Terra e restaurou a sagrada autoridade de selamento. Testifico que o que é ligado na Terra pode ser ligado no céu. E eu sei que os jovens da nova geração têm um papel importante a desempenhar nesse grande empreendimento. Presto testemunho disso no sagrado nome do Senhor Jesus Cristo. Amém.

domingo, 4 de novembro de 2012

As 21 Qualidades Indispensáveis de Um Líder e a Principal Dica de John Maxwell Para Cada Uma Delas



1. Atitude positiva – Crer é poder.

2. Autodisciplina – A primeira pessoa que você lidera é a si próprio.

3. Caráter – 
Talento é um dom, caráter é uma escolha.

4. Carisma –
 A primeira impressão pode selar o acordo.

5. Competência –
 Se você a construir, sua equipe o seguirá.

6. Comprometimento –
 Distingue os empreendedores dos sonhadores.

7. Comunicação – 
Sua equipe não o seguirá se não souber o que você deseja ou para onde vai.

8. Coragem –
 Inspira o comprometimento da equipe.

9. Discernimento –
 Líderes inteligentes acreditam apenas em metade do que ouvem. Líderes perspicazes sabem em que metade devem acreditar.

10. Educabilidade –
 Para continuar a liderar, aprenda continuamente.

11. Foco –
 Quanto mais exato, mais perspicaz você será.

12. Generosidade – 
Doar é a coisa mais importante na vida.

13. Iniciativa – 
Dentre todas as coisas que um líder deve temer, a complacência deve encabeçar a lista.

14. Ouvir –
 Um bom líder encoraja seus seguidores a lhe dizer o que precisa saber, e não o que deseja ouvir.

15. Paixão – 
Quando um líder age com paixão, geralmente a recebe como resposta.

16. Relacionamentos – 
Se você se relacionar bem com as pessoas, elas se relacionarão bem com você.

17. Responsabilidade – 
Se não tomar as rédeas, você não conseguirá liderar a equipe.

18. Segurança – 
A competência nunca elimina a insegurança.

19. Ser prestativo – 
Para estar na frente, coloque os outros em primeiro lugar.

20. Solução de problemas –
 Não permita que os obstáculos sejam um problema.

21. Visão –
 Você só toca aquilo que vê.

CAPÍTULO 48 LEI 48 FINAL




EVITE TER UMA FORMA DEFINIDA


Ao assumir uma forma, ao ter um plano visível, você se expõe ao ataque. Em vez de assumir uma forma que o seu inimigo possa agarrar, mantenha-se maleável e em movimento. Aceite o fato de que nada é certo e nenhuma lei é fixa. A melhor maneira de se proteger é ser tão fluido e amorfo como a água; não aposte na estabilidade ou na ordem permanente. Tudo muda.

CAPÍTULO 47 LEI 47



NÃO ULTRAPASSE A META ESTABELECIDA; NA VITÓRIA APRENDA A PARAR.


O momento da vitória é quase sempre o mais perigoso. No calor da vitória, a arrogância e o excesso de confiança podem fazer você avançar além da sua meta e, ao ir longe demais, você conquista mais inimigos do que derrota. Não deixe o sucesso lhe subir a cabeça. Nada substitui a estratégia e o planejamento cuidadoso. Fixe a meta e, ao alcança-la, pare.

CAPÍTULO 46 LEI 46



NÃO PAREÇA PERFEITO DEMAIS


Parecer melhor do que os outros é sempre perigoso, mas o que é perigosíssimo é parece não ter falhas ou fraquezas. A inveja cria inimigos silenciosos. É sinal de astúcia exibir ocasionalmente alguns defeitos, e admitir vícios inofensivos, para desviar a inveja e parecer mais humano e acessível. Só os deuses e os mortos podem parecer perfeitos impunemente.

CAPÍTULO 45 LEI 45



PREGUE A NECESSIDADE DE MUDANÇA, MAS NÃO MUDE MUITA COISA AO MESMO TEMPO.


Teoricamente, todos sabem que é preciso mudar, mas na prática as pessoas são criaturas de hábitos. Muita inovação é traumático, e conduz à rebeldia. Se você é novo numa posição de poder, ou alguém de fora tentando construir a sua base de poder, mostre explicitamente que respeita a maneira antiga de fazer as coisas. Se a mudança é necessária faça-a parecer uma suave melhoria do passado.

CAPÍTULO 44 LEI 44



DESARME E ENFUREÇA COM EFEITO ESPELHO


O espelho reflete a realidade, mas também é a ferramenta perfeita para a ilusão. Quando você espelha os seus inimigos, agindo exatamente como eles agem, eles não entendem a sua estratégia. O Efeito Espelho os ridiculariza e humilha, fazendo com que reajam exageradamente. Colocando um espelho diante das suas psiques, você os seduz com a ilusão de que compartilha os seus valores; ao espelhar as suas ações, você lhes dá uma lição. Raros são os que resistem.

CAPÍTULO 43 LEI 43



CONQUISTE CORAÇÕES E MENTE


A coerção provoca reações que acabam funcionando contra você. É preciso atrair as pessoas para que queiram vir até você. A pessoa seduzida torna-se um fiel peão. Seduzem-se os outros atuando individualmente em suas psicologias e pontos fracos. Amacie o resistente atuando em suas emoções, jogando com aquilo de que ele gosta muito ou teme. Ignore os corações dos outros e eles o odiarão.

CAPÍTULO 42 LEI 42




ATAQUE O PASTOR E AS OVELHAS SE DISPERSAM


A origem dos problemas em geral pode estar num único indivíduo forte – o agitador, o subalterno arrogante, o envenenador da boa vontade. Se você der espaço para essas pessoas agirem, outros sucumbirão a sua influência. Não espere os problemas que eles causam se multiplicarem, não tente negociar com eles – eles são irredimíveis. Neutralize a sua influência isolando-os ou banindo-os. Ataque a origem dos problemas e as ovelhas se dispersarão.

CAPÍTULO 41 LEI 41



EVITE SEGUIR AS PEGADAS DE UM GRANDE HOMEM


O que acontece primeiro sempre parece melhor e mais original do que o que vem depois. Se você substituir um grande homem ou tiver um pai famoso, terá de fazer o dobro do que eles fizeram para brilhar mais do que eles. Não fique perdido na sombra deles, ou preso a um passado que não foi obra sua: estabeleça o seu próprio nome e identidade mudando de curso. Mate o pai dominador, menospreze o seu legado e conquiste o poder com a sua própria luz.

CAPÍTULO 40 LEI 40


DESPREZE O QUE VIER DE GRAÇA


O que é oferecido de graça é perigoso – em geral é um ardil ou tem um obrigação oculta. Se tem valor, vale a pena pagar. Pagando, você se livra de problemas de gratidão e culpa. Também é prudente pagar o valor integral – com a excelência não se economiza. Seja pródigo com seu dinheiro e o mantenha circulando, pois a generosidade é um sinal e um imã para o poder.

CAPÍTULO 39 LEI 39



AGITE AS ÁGUAS PARA ATRAIR OS PEIXES


Raiva e reações emocionais são contraproducentes do ponto de vista estratégico. Você precisa se manter sempre calmo e objetivo. Mas, se conseguir irritar o inimigo sem perder a calma, você ganha uma inegável vantagem. Desequilibre o inimigo: descubra uma brecha na sua vaidade para confundi-lo e é você quem fica no comando.

CAPÍTULO 38 LEI 38




PENSE COMO QUISER, MAS COMPORTE-SE COMO OS OUTROS


Se você alardear que é contrário às tendências da época, ostentando suas idéias pouco convencionais e seus modos não ortodoxos, as pessoas vão achar que você está apenas querendo chamar atenção e se julga superior. Acharão um jeito de punir você por faze-las se sentir inferiores. É muito mais seguro juntar-se a elas e desenvolver um toque comum. Compartilhe a sua originalidade só com os amigos tolerantes e com aqueles que certamente apreciarão a sua singularidade.

CAPÍTULO 37 LEI 37


CRIE ESPETÁCULOS ATRAENTES


Imagens supreendentes e grandes gestos simbólicos criam uma aura de poder – todos reagem a eles. Encene espetáculos para que os que o cercam, repletos de elementos visuais interessantes e símbolos radiantes que realcem a sua presença. Deslumbrados com as aparências, ninguém notará o que você realmente está fazendo.

CAPÍTULO 36 LEI 36


DESPREZE O QUE NÃO PUDER TER: IGNORAR É A MELHOR VINGANÇA


Reconhecendo um problema banal, você lhe dá existência e credibilidade. Quanto mais atenção você der a um inimigo, mais forte você o torna; e um pequeno erro às vezes se torna pior e mais visível se você tentar conserta-lo. Às vezes, é melhor deixar as coisas como estão. Se existe algo que você quer, mas não pode ter, mostre desprezo. Quanto menos interesse você revelar, mais superior vai parecer.

CAPÍTULO 35 LEI 35




DOMINE A ARTE DE SABER O TEMPO CERTO


Jamais demonstre estar com pressa – a pressa atrai a falta de controle de si mesmo, e do tempo. Mostre-se sempre paciente, como se soubesse que tudo acabará chegando até você. Torne-se um detetive do momento certo; fareje o espírito dos tempos, as tendências que o levarão ao poder. Aprenda a despertar quando ainda não é hora, e atacar ferozmente quando for propício.