domingo, 30 de junho de 2013

Porque o Tempo passa mais rápido?

LEIA ATÉ O FIM, VALE A PENA

Airton Luiz Mendonça (Artigo do jornal o Estado de São Paulo).

O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos
movimentos. Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma
mobília, sem portas ou janelas, sem relógio... Você começará a perder noção do
tempo.
Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as
reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono,
fome, sede e pressão sangüínea.
Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do
movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos,
como o nascer e o pôr do sol.
Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar: nosso
cérebro é extremamente otimizado. Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho.
Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia.
Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar,
conscientemente, tal quantidade.

Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não
aparece no índice de eventos do dia e, portanto, quando você vive uma experiência pela
primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está
acontecendo. É quando você se sente mais vivo.
Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reações no modo automático e "apagando" as experiências duplicadas.

Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece
que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada
vez mais rapidamente. Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito
complicado, nossa atenção parece ser requisitada ao máximo.

Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo.
Como acontece?
Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê
com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente); O cérebro já sabe qual marcha
trocar (ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa, no lugar de
repetir realmente a experiência).
Em outras palavras, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para
a mente. Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa...
São apagados de sua noção de passagem do tempo...
Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a
experiência repetida. Conforme envelhecemos, as coisas começam a se repetir
- as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão,
reclamações...enfim... as experiências novas (aquelas que fazem a mente
parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e
cheio de novidades), vão diminuindo.
Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos
de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década.
Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a...
r-o-t-i-n-a. Não me entenda mal. A rotina é essencial para a vida e otimiza
muita coisa, mas a maioria das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da
vida, seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os
anos.
Felizmente há um antídoto para a aceleração do tempo: M & M (Mude e
Marque). Mude, fazendo algo diferente e marque, fazendo um ritual, uma festa ou
registros com fotos.
Mude de paisagem, tire férias com a família (sugiro que você tire
férias sempre e, preferencialmente, para um lugar quente, um ano, e frio no
seguinte) e marque com fotos, cartões postais e cartas.
Tenha filhos (eles destroem a rotina) e sempre faça festas de
aniversário para eles, e para você (marcando o evento e diferenciando o dia).
Use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais diferentes de
momentos usuais. Faça festas de noivado, casamento, 15 anos, bodas disso ou
daquilo, bota-foras, participe do aniversário de formatura de sua turma,
visite parentes distantes, entre na universidade com 60 anos, troque a cor
do cabelo, deixe a barba, tire a barba, compre enfeites diferentes no
Natal, vá a shows, cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo. Escolha
roupas diferentes, não pinte a casa da mesma cor, faça diferente.
Beije diferente sua paixão e viva com ela momentos diferentes. Vá a
mercados diferentes, leia livros diferentes, busque experiências diferentes. Seja
diferente.
Se você tiver condições, especialmente se já estiver aposentado, vá
com seu marido, esposa ou amigos para outras cidades ou países, veja outras
culturas, visite museus estranhos, deguste pratos esquisitos... Em outras
palavras... V-I-V-A.
Porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai
parecer mais longo. E se tiver a sorte de estar casado (a) com alguém disposto (a) a
viver e buscar coisas diferentes, seu livro será muito mais longo, muito
mais interessante e muito mais v-i-v-o... do que a maioria dos livros da
vida que existem por aí.

Cerque-se de amigos.

Amigos com gostos diferentes, vindos de lugares diferentes, com
religiões diferentes e que gostam de comidas diferentes. Enfim, acho que você já
entendeu o recado, não é?

Boa sorte em suas experiências para expandir seu tempo, com
qualidade, emoção e vida

quinta-feira, 27 de junho de 2013

10 características do falso líder

A busca incessante por lideranças que façam a diferença para o negócio, só tende a aumentar. Mesmo as empresas que já contam com líderes capacitados, que levem suas equipes a terem um ótimo desempenho, continuarão na constante captação de novos talentos e investirão na formação dos líderes do futuro. Apesar dessa visível preocupação focada nas lideranças, há ainda quem detenha o "título" de líder, mas que na verdade, no dia a dia, não consegue nem dar um norte às próprias atividades quanto mais a uma equipe formada por pessoas com experiências e competências comportamentais completamente diferenciadas. Infelizmente, ainda, há pessoas que conseguem "driblar" a real visão de que pertencem ao grupo dos que apenas delegam ordens, mas que nunca conseguirão segurar o "leme" dos profissionais que estão sob suas responsabilidades. Abaixo, seguem algumas características dos falsos líderes.
1 - "Eu sei de tudo. Dou conta do meu departamento e não preciso de modismos". Um verdadeiro líder sabe que seu desenvolvimento precisa ser constante. E mais: o aprendizado não ocorre somente de maneira formal, através de treinamentos. O gestor precisa ser autodidata e reconhecer que sempre é possível aprender com aqueles que formam seu time.
2 - Se a empresa institui um Programa de Desenvolvimento de Lideranças, o "pseudogestor" entra em pânico e é o primeiro a levantar a "bandeira da resistência". Tenta convencer os demais gestores de que essa ação, desenvolvida pelo "tal RH", é apenas para mostrar serviço e finca os "pés" na zona de conforto.
3 - Caso a área de Recursos Humanos procure o "falso líder" para dar respaldo às suas atividades ou, então, firmar parcerias que visem o bem-estar da equipe, torna-se visível a repulsa. Para ele, o RH nada tem a fazer em seu departamento e deve preocupar-se apenas com assuntos burocráticos. A "moda" de RH Estratégico é passageira e sua equipe não necessita de intrusos para atrapalhar.
4 - Quando uma atividade mais complexa precisa ser desenvolvida, o falso líder convocar um ou dois membros da sua equipe para realizar o trabalho. Determina prazos, mas não acompanha o processo. Ao final, cobra o conteúdo produzido, dirige-se à diretoria para cumprir das determinações e, em momento algum, cita que contou com a "ajuda" de terceiros. Os "louros" recaem sobre sua cabeça, o que garante a sua permanência no cargo de "liderança".
5 - Outra característica de quem se autointitula de líder, mas que na prática passam bem longe, é acreditar que todos que estão ao seu redor cobiçam sua colocação na empresa. Quando identifica alguém que pode destacar-se e chamar a atenção dos dirigentes, imediatamente providencia o desligamento do profissional porque se sente ameaçado.
6 - Para o falso líder, a comunicação interna é pura perda de tempo. E indaga: "Por que parar para conversar com a equipe, se as pessoas terão que parar suas atividades por uma hora ou até menos? Todos têm que continuar a todo o vapor em suas atribuições, afinal são pagos para trabalhar e não para conversar, mesmo que os assuntos estejam relacionados à superação de metas.
7 - E por falar em metas, quando o "falso líder" percebe que ficará seu setor ficará abaixo das expectativas da empresa, utiliza um estimulo motivacional, no mínimo, bizarro. Apela para gritos, ameaças de demissão e chega a cometer ações consideradas como assédio moral.
8 - A política de Portas Abertas para o "falso líder" só deve ser colocada em prática se a outra pessoa detém o título de liderança, é seu superior ou alguém que comparece à empresa para tratar de assuntos do seu próprio interesse
9 - Se uma equipe é o reflexo do seu gestor, aqueles que estão sob o julgo da "falsa liderança" apresentam sinais preocupantes para qualquer empresa como, por exemplo, desmotivação, situações de conflitos constantes entre os pares, presenteísmo, absenteísmo e baixo desempenho.
10 - Um péssimo hábito de um "falso líder" também se apresenta quando o processo de avaliação de desempenho chega às suas mãos, para que ele cumpra o papel de analisar a performance dos liderados. Ao invés de considerar os pontos fortes e aqueles que precisam ser trabalhados em cada pessoa que compõe o time, faz elogios apenas com quem esporadicamente simpatiza e deteriora a imagem dos demais colaboradores, mesmo que tenham uma atuação digna de elogios.

Quem não precisa?


Um dia eu estava na frente de casa secando meu carro. Eu tinha acabado de lavar o carro e esperava minha esposa para sair para o trabalho. Vi, descendo a rua, um homem que a sociedade consideraria um mendigo. Pela aparência dele, não tinha carro, nem casa, nem roupa limpa e nem dinheiro. Tem vez que você se sente generoso mas há outras vezes que você não quer nem ser incomodado. Este era um dia do "não quero ser incomodado".
- Espero que não venha me pedir dinheiro. Pensei.
Não veio. Passou e sentou-se em frente, no meio-fio do ponto de ônibus e não parecia ter dinheiro nem mesmo para andar de ônibus. Após alguns minutos falou:
- É um carro muito bonito.
Sua voz era áspera mas tinha um ar de dignidade em torno dele. Eu agradeci e continuei secando o carro. Ele ficou lá. Quieto, sentado enquanto eu trabalhava. O previsto pedido por dinheiro nunca veio. Enquanto o silêncio entre nós aumentava, uma voz interior me dizia:
- Pergunte-lhe se precisa de alguma ajuda.
Eu tinha certeza que responderia sim mas, atendendo à insistente voz interior...
- Você precisa de ajuda? Perguntei.
Ele respondeu com três simples palavras acompanhadas de um sorriso que me deram uma sacudida.
- Quem não precisa?
Eu precisava de ajuda. Talvez não para a passagem do ônibus ou um lugar para dormir, mas eu precisava de ajuda. Peguei minha carteira e lhe dei dinheiro, não somente o bastante para a passagem do ônibus mas também para conseguir uma refeição e um abrigo. Aquelas três palavras ainda soam verdadeiras. Não importa o quanto você tem, não importa o quanto você realizou, você também precisa de ajuda. Não importa o quão pouco você tem, não importa o quão cheio de problemas você esteja, até mesmo sem dinheiro ou um lugar para dormir, você pode dar ajuda. Mesmo que seja apenas um elogio, você pode dar.
Você nunca sabe quando poderá ver alguém que parece ter tudo mas que, na verdade, está esperando de você algo que não tem.
Talvez o homem fosse apenas um desconhecido desabrigado que vagueia pelas ruas. Talvez fosse mais do que isso. Talvez ele tenha sido enviado por uma força maior e sábia para ensinar à uma alma acomodada em si mesma. Talvez Deus tenha olhado pra baixo, chamado um anjo, vestido-lhe como um mendigo e, a seguir, disse:
- Vá encontrar-se com aquele homem que limpa o carro, ele precisa de ajuda.
"Quem não precisa?"

terça-feira, 25 de junho de 2013

A águia e Sua Presa

Conta uma história que um rapaz gostava de observar o voo das águias. Observou uma mergulhando veloz em um matagal e que quando saiu levava uma presa consigo, a qual acabava de garantir o seu alimento do dia.
Porém, o rapaz continuou a observar e logo a águia começou a voar com dificuldade, quase sem rumo, segurando a presa o que a levou a cair.
A curiosidade do rapaz o levou até o local onde a águia tinha se espatifado contra o chão. Ao chegar viu que a poderosa ave tinha caçado um "furão", um dos mais terríveis roedores das montanhas. Enquanto ela carregava sua vitima, ele tinha roído sua barriga, a ponto de tirar-lhe os intestinos.
Quando você acha que está por cima, cuidado.
Quando você pensa que tem o poder, seja vigilante.
A sua vitória pode ser sua derrota.
A sua conquista pode tornar-se a sua maior tragédia.

Sabedoria Popular


Jurar de Pé Juntos:


Mãe, eu juro de pés juntos que não fui eu. A expressão surgiu através das torturas

executadas pela Santa Inquisição, nas quais o acusado de heresias tinha as mãos

e os pés amarrados (juntos) e era torturado pra dizer nada além da verdade. Até

hoje o termo é usado pra expressar a veracidade de algo que uma pessoa diz.

 

Motorista Barbeiro:

 

Nossa, que cara mais barbeiro!No século XIX, os barbeiros faziam não somente os

serviços de corte de cabelo e barba, mas também, tiravam dentes, cortavam calos,

etc, e por não serem profissionais, seus serviços mal feitos geravam marcas. A

partir daí, desde o século XV, todo serviço mal feito era atribuído ao barbeiro, pela

expressão “coisa de barbeiro”. Esse termo veio de Portugal, contudo a associação

de “motorista barbeiro”, ou seja, um mau motorista, é tipicamente brasileira.

 

Tirar o Cavalo da Chuva:

 

Pode ir tirando seu cavalinho da chuva porque não vou deixar você sair hoje! No

século XIX, quando uma visita iria ser breve, ela deixava o cavalo ao relento em

frente à casa do anfitrião e se fosse demorar, colocava o cavalo nos fundos da

casa, em um lugar protegido da chuva e do sol. Contudo, o convidado só poderia

pôr o animal protegido da chuva se o anfitrião percebesse que a visita estava boa e

dissesse: “pode tirar o cavalo da chuva”. Depois disso, a expressão passou a

significar a desistência de alguma coisa.

 

À Beça:

 

O mesmo que abundantemente, com fartura, de maneira copiosa. A origem do dito

é atribuída às qualidades de argumentador do jurista alagoano Gumercindo Bessa,

advogado dos acreanos que não queriam que o Território do Acre fosse

incorporado ao Estado do Amazonas.

 

Dar Com os Burros N’água:

 

A expressão surgiu no período do Brasil colonial, onde tropeiros que escoavam a

produção de ouro, cacau e café, precisavam ir da região Sul à Sudeste sobre

burros e mulas. O fato era que muitas vezes esses burros, devido à falta de

estradas adequadas, passavam por caminhos muito difíceis e regiões alagadas,

onde os burros morriam afogados. Daí em diante o termo passou a ser usado pra

se referir a alguém que faz um grande esforço pra conseguir algum feito e não

consegue ter sucesso naquilo.


OK:

 

A expressão inglesa “OK” (okay), que é mundialmente conhecida pra significar

algo que está tudo bem, teve sua origem na Guerra da Secessão, no EUA. Durante

a guerra, quando os soldados voltavam para as bases sem nenhuma morte entre a

tropa, escreviam numa placa “0 killed” (nenhum morto), expressando sua grande

satisfação, daí surgiu o termo “OK”.

 

Onde Judas Perdeu as Botas:

 

Existe uma história não comprovada, de que após trair Jesus, Judas enforcou-se

entregar Jesus dentro de suas botas. Quando os soldados viram que Judas estava

sem as botas, saíram em busca delas e do dinheiro da traição. Nunca ninguém

ficou sabendo se acharam as botas de Judas. A partir daí surgiu à expressão,

usada pra designar um lugar distante, desconhecido e inacessível.

 

Pensando na Morte da Bezerra:

 

A história mais aceitável para explicar a origem do termo é proveniente das

tradições hebraicas, onde os bezerros eram sacrificados para Deus como forma de

redenção de pecados. Um filho do rei Absalão tinha grande apego a uma bezerra

que foi sacrificada. Assim, após o animal morrer, ele ficou se lamentando e

pensando na morte da bezerra. Após alguns meses o garoto morreu.

 

Para Inglês Ver:

 

A expressão surgiu por volta de 1830, quando a Inglaterra exigiu que o Brasil

aprovasse leis que impedissem o tráfico de escravos. No entanto, todos sabiam

que essas leis não seriam cumpridas, assim, essas leis eram criadas apenas “pra

inglês ver”. Daí surgiu o termo.

 

Rasgar Seda:

 

A expressão que é utilizada quando alguém elogia grandemente outra pessoa,

surgiu através da peça de teatro do teatrólogo Luís Carlos Martins Pena. Na peça,

um vendedor de tecidos usa o pretexto de sua profissão pra cortejar uma moça e

começa a elogiar exageradamente sua beleza, até que a moça percebe a intenção

do rapaz e diz: “Não rasgue a seda, que se esfiapa”.

 

O Pior Cego é o Que Não Quer Ver:

 

Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul

D`Argent fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel. Foi

um sucesso da medicina da época, menos pra Angel, que assim que passou a

enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele

imaginava era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos. O caso

foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou pra

história como o cego que não quis ver.

 

Anda à toa:

 

Toa é a corda com que uma embarcação reboca a outra. Um navio que está à toa é

o que não tem leme nem rumo, indo pra onde o navio que o reboca determinar.

 

Quem Não Tem Cão, Caça com Gato:

 

Na verdade, a expressão, com o passar dos anos, se adulterou. Inicialmente se

dizia quem não tem cão caça como gato, ou seja, se esgueirando, astutamente,

traiçoeiramente, como fazem os gatos.

 

Da Pá Virada:

 

A origem do ditado é em relação ao instrumento, a pá. Quando a pá está virada pra

baixo, voltada pro solo, está inútil, abandonada decorrentemente pelo Homem

vagabundo, irresponsável, parasita.

 

NHENHENHÉM:

 

Nheë, em tupi, quer dizer falar. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, os

indìgenas não entendiam aquela falação estranha e diziam que os portugueses

ficavam a dizer “nhen-nhen-nhen”.

 

Vai Tomar Banho:

 

Em “Casa Grande & Senzala”, Gilberto Freyre analisa os hábitos de higiene dos índios

versus os do colonizador português. Depois das Cruzadas, como corolário dos contatos

comerciais, o europeu se contagiou de sífilis e de outras doenças transmissíveis e

desenvolveu medo ao banho e horror à nudez, o que muito agradou à Igreja. Ora, o índio

não conhecia a sífilis e se lavava da cabeça aos pés nos banhos de rio, além de usar

folhas de árvore pra limpar os bebês e lavar no rio as redes nas quais dormiam. Ora, o

cheiro exalado pelo corpo dos portugueses, abafado em roupas que não eram trocadas

com freqüência e raramente lavadas, aliado à falta de banho, causava repugnância aos

índios. Então os índios, quando estavam fartos de receber ordens dos portugueses,

mandavam que fossem “tomar banho”.

 

Eles que São Brancos que se Entendam:

 

Esta foi das primeiras punições impostas aos racistas, ainda no século XVIII. Um mulato,

capitão de regimento, teve uma discussão com um de seus comandados e queixou-se a

seu superior, um oficial português.. O capitão reivindicava a punição do soldado que o

desrespeitara. Como resposta, ouviu do português a seguinte frase: “Vocês que são

pardos, que se entendam”. O oficial ficou indignado e recorreu à instância superior, na

pessoa de dom Luís de Vasconcelos (1742-1807), 12° vice-rei do Brasil. Ao tomar

conhecimento dos fatos, dom Luís mandou prender o oficial português que estranhou a

atitude do vice-rei. Mas, dom Luís se explicou: Nós somos brancos, cá nos entendemos.

 

A Dar com Pau:

 

O substantivo “pau” figura em várias expressões brasileiras. Esta expressão teve origem

nos navios negreiros. Os negros capturados preferiam morrer durante a travessia e, pra

isso, deixavam de comer. Então, criou-se o “pau de comer” que era atravessado na boca

dos escravos e os marinheiros jogavam sapa e angu pro estômago dos infelizes, a dar

com o pau. O povo incorporou a expressão.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

A Primeira Prece


Na madrugada o homem, sequioso de aventuras, chegou ao deserto de Gila, no Novo México.

Estacionou o caminhão e iniciou a caminhada de 32 quilômetros, para se encontrar em um acampamento, com seu grupo de alunos.

O verão era implacável e o sol ardia como fogo. O professor começou a sentir que as botas não eram as ideais para aquele clima. Parou, arejou os pés, colocou outras meias, acelerou o passo, reduziu a marcha. Nada funcionou.

Ao cair da noite, chegou ao acampamento. Os pés estavam uma chaga viva. Eram bolhas e machucados o que viu quando descalçou as botas.

Apesar de tudo nada comentou com ninguém.

Dialogou com os instrutores e com os garotos. A madrugada o surpreendeu em repouso.

Quando a manhã se fez clara, veio o alarme. Um dos garotos sumira.

O professor sentiu o peso da responsabilidade, antevendo as ameaças do deserto cruel que o menino iria enfrentar. Calçou as botas outra vez e teve a impressão de estar andando sobre vidro quente. Tropeçou, arrastou os pés. Tentou pensar em algo para se distrair, esquecer a dor. Tudo em vão.

A dor foi se tornando sempre maior, insuportável.

Finalmente, ele alcançou a trilha que saía de uns arbustos e seguiu direto ao rio que descia das montanhas, através de sombrios desfiladeiros.

Ao ver a água, colocou os pés calçados dentro dela. Esperava alívio mas a sensação foi de milhares de agulhadas perfurando-lhe as bolhas.

Deixou escapar um grito estridente do peito e se jogou na água, por inteiro. A dor aumentou.

Não havia solução. Ele não conseguia mais andar e onde se encontrava, com certeza demoraria dias para ser encontrado. E o garoto? Era preciso encontrar o garoto.

Uma idéia tomou vulto em seu cérebro e ele começou a implorar, até sua voz ecoar num brado sempre mais alto:

Um cavalo. Por piedade. Preciso de um cavalo.

Depois, como um lamento, colocou toda sua alma na palavra seguinte:

Jesus!

E prosseguiu repetindo:

Jesus. Um cavalo. Jesus.

Era a primeira vez que orava.

Um cavalo apareceu. Era real. Não era alucinação. Ele o montou por toda a noite, até encontrar o garoto.

Cedo, dois vaqueiros procuraram o animal que lhes fugira, não saberiam eles dizer o porquê.

Mas o professor sabia. Sua prece fora ouvida e atendida. Por isso, emocionado, ali mesmo, pronunciou a segunda prece de sua vida: a prece da gratidão.

Ponderação,

A oração deveria fazer parte de nossa vida.

Orar jamais deveria ser nosso último recurso, mas o primeiro a ser buscado.

A prece movimenta profundas forças que concorrem para reverter quadros enfermiços, enquanto alimenta com novo vigor a esperança e restabelece o bom ânimo.

Como liderar com as ideias de Maquiavel

Samara Teixeira

 

Muitas pessoas quando assumem papéis de liderança transformam-se em seres frios e calculistas e esquecem dos degraus que subiram até liderar uma equipe. A visão maquiavélica, vista por muitos pejorativamente, vai muito além da frase famosa que muitos reproduzem sem saber o porquê.

Para muita gente Nicolau Maquiavel talvez não passasse de um burocrata a serviço de governantes interesseiros e dominadores, como por exemplo, Cesar Borgia, explicar melhor quem é, onde viveu etc. Mas, se analisarmos a fundo sua história, seu trabalho e seu legado, encontraremos um observador atento e aguçado das habilidades humanas para conquistar, manter e também perder influência e poder.
“Como diplomata, poeta e também músico, tornou-se um hábil negociador na esfera política, e suas andanças se traduziam em relatos descritivos de fatos que interpunham objetivos conflitantes no jogo político de sua época, em um cenário  onde não importavam os meios para se atingir determinados fins. Daí a fama de Maquiavel em ser considerado um articulador estratégico que desconsidera a ética em se tratando de política”, explica Maristela Guimarães André, Instituto KVT.
O fato é que o que encontramos em seus escritos não é a célebre frase “os fins justificam os meios”, mas um novo padrão de base empírica sobre os fatos sociais. Por isso Maquiavel é considerado o pai da moderna teoria política, nos revelando um princípio básico do comportamento humano, ou seja, o de que tendemos a agir e reagir da mesma maneira perante problemas similares, por exemplo, vencer desafios ou atingir metas que dependem do relacionamento com outras pessoas.
De acordo com Maristela, Maquiavel aponta para a importância de se desenvolver a habilidade de se autoconduzir ou autoliderar para sabermos escolher entre alternativas possíveis, daí nasce o pensamento estratégico, e, nesse sentido, saber escolher entre o que pode trazer bons resultados e o que pode acarretar consequências não desejadas. “Maquiavel ampliou nossa visão sobre a maneira como podemos agir perante situações conflitantes em relação a outras pessoas, ou mesmo nossos objetivos”, enfatiza a especialista.
Alcançar o sucesso a qualquer preço pode significar perdas significativas em termos de imagem, credibilidade, confiabilidade, e reconhecimento público. Assim, principalmente quem é líder ou busca alcançar a liderança precisa desenvolver a sabedoria de conhecer suas necessidades, condições e recursos, para vencer seus desafios, sem abrir mão de valores essenciais na convivência coletiva, como cooperação, solidariedade, companheirismo e lealdade.
Maquiavel foi criativo e inovador quando descreveu como a ação humana cria fatos sociais construtivos e destrutivos, pois embora “ser maquiavélico” tenha uma conotação negativa, nos alerta para a necessidade de observarmos nossos princípios de moral e consciência, uma vez que se “os fins justificam os meios”. Isto significa  que o que fazemos é em sintonia com aquilo que sentimos, pensamos e queremos.
Com isso, Maquiavel nos ensinou que:
  • Ser competitivo exige clareza de princípios e sólidos valores;
  • Tudo aquilo que fazemos tem consequências diretas e indiretas no ambiente e nos relacionamentos que construímos;
  • Cabe a nós escolhermos entre consequências negativas ou positivas;

sábado, 22 de junho de 2013

A Porta Mais Larga do Mundo

"A prudência é a filha mais velha da sabedoria."
Victor Hugo

 
Conta-se que um dia um homem parou na frente do pequeno bar, tirou do bolso um metro, mediu a porta e falou em voz alta: dois metros de altura por oitenta centímetros de largura.

Admirado mediu-a de novo.

Como se duvidasse das medidas que obteve, mediu-a pela terceira vez. E assim tornou a medi-la várias vezes.

Curiosas, as pessoas que por ali passavam começaram a parar.

Primeiro um pequeno grupo, depois um grupo maior, por fim uma multidão.

Voltando-se para os curiosos o homem exclamou, visivelmente impressionado: "parece mentira!" esta porta mede apenas dois metros de altura e oitenta centímetros de largura, no entanto, por ela passou todo o meu dinheiro, meu carro, o pão dos meus filhos; passaram os meus móveis, a minha casa com terreno.

E não foram só os bens materiais. Por ela também passou a minha saúde, passaram as esperanças da minha esposa, passou toda a felicidade do meu lar...

Além disso, passou também a minha dignidade, a minha honra, os meus sonhos, meus planos...

Sim, senhores, todos os meus planos de construir uma família feliz, passaram por esta porta, dia após dia... gole por gole.

Hoje eu não tenho mais nada... Nem família, nem saúde, nem esperança.

Mas quando passo pela frente desta porta, ainda ouço o chamado daquela que é a responsável pela minha desgraça...

Ela ainda me chama insistentemente...

Só mais um trago! Só hoje! Uma dose, apenas!

Ainda escuto suas sugestões em tom de zombaria: "você bebe socialmente, lembra-se?"

Sim, essa era a senha. Essa era a isca. Esse era o engodo.

E mais uma vez eu caía na armadilha dizendo comigo mesmo: "quando eu quiser, eu paro".

Isso é o que muita gente pensa, mas só pensa...

Eu comecei com um cálice, mas hoje a bebida me dominou por completo.

Hoje eu sou um trapo humano... E a bebida, bem, a bebida continua fazendo as suas vítimas.

Por isso é que eu lhes digo, senhores: esta porta é a porta mais larga do mundo! Ela tem enganado muita gente...

Por esta porta, que pode ser chamada de porta do vício, de aparência tão estreita, pode passar tudo o que se tem de mais caro na vida.

Hoje eu sei dos malefícios do álcool, mas muita gente ainda não sabe. Ou, se sabe, finge que não, para não admitir que está sob o jugo da bebida.

E o que é pior, têm esse maldito veneno, destruidor de vidas, dentro do próprio lar, à disposição dos filhos.

Ah, se os senhores soubessem o inferno que é ter a vida destruída pelo vício, certamente passariam longe dele e protegeriam sua família contra suas ameaças.

Visivelmente amargurado, aquele homem se afastou, a passos lentos, deixando a cada uma das pessoas que o ouviram, motivos de profundas reflexões.

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Você sabia que, segundo o Ministério da Saúde, no ano de 2001 foram internados 84.467 brasileiros por transtornos mentais e comportamentais devido ao uso do álcool, demandando um gasto de mais 60 milhões de reais?

Ainda segundo o Ministério da Saúde, o álcool é a droga mais usada pelos jovens no Brasil.

Segundo pesquisa realizada em 14 capitais brasileiras em 2001, pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), o consumo começa cedo: em média, aos 13 anos. E o pior é que o álcool é a porta principal de acesso às demais drogas.

E você sabia que a influência da TV e do Cinema nos hábitos de crianças e adolescentes foi recentemente comprovada por pesquisadores da Escola de Medicina de Dartmouth, nos Estados Unidos?

Por todas essa razões, vale a pena orientar nosso filho para que não seja mais um a aumentar essas tristes estatísticas.

Abaixo, alguns capítulos do Código Penal, que podem servir de orientação.



Calúnia (Art. 138)
Imputação (atribuição) falsa de um fato criminoso a alguém. É necessária a descrição do falso crime. Ex.: alguém afirma que viu o parlamentar recebendo propina das mãos de um empreiteiro. Se não provar o que disse, está cometendo uma calúnia. Mas chamar o parlamentar, de ladrão, bandido, corrupto etc., sem conseguir provar, caracteriza injúria, não calúnia.

Difamação (Art. 139)

Consiste em ofender a reputação de alguém. Ao contrário da calúnia, aqui não há necessidade provar que os fatos são falsos. Ex.: alguém afirma que viu Fulana se prostituindo na noite anterior. Mesmo que tenha feito isso, ela pode processar o autor por difamação, pois houve a descrição do fato desonroso. Para haver processo, as ofensas precisam ser dirigidas a uma vítima determinada.


Injúria (Art.140)

Qualquer ofensa à dignidade de alguém. Na injúria, ao contrário da calúnia ou difamação, não se atribui um fato, mas uma opinião. Em geral, o crime é representado pelo uso de palavras fortes, como “ladrão”, “idiota”, “corrupto” e expressões de baixo calão. O crime de injúria pode levar a uma pena ainda maior, se praticado com elementos referentes a raça, cor, etnia, religião ou origem.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Pequenas Felicidades


Houve um tempo em que minha janela se abria sobre uma cidade que parecia ser feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.

Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.

Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar. Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega. Às vezes, um galo canta. Às vezes um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz.

Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que as coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para vê-las assim.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Justiça do Acre proíbe pagamentos e novas adesões ao Telexfree

Ação foi proposta pelo Ministério Público do Estado do Acre.
Decisão é válida para todo o país.

Yuri Marcel Do G1 AC
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TelexFREE (Foto: Raissa Natani/G1) 
 
MPE do Acre vê indícios de pirâmide financeira
(Foto: Raissa Natani/G1)
A 2ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco julgou procedente uma ação civil pública proposta pelo Ministério Público do Acre, e suspendeu os pagamentos e a adesão de novos contratos à empresa de marketing multinível Telexfree até o julgamento final da ação principal, sob pena de multa diária de R$ 500 mil.
De acordo com o MPE, os donos da empresa são suspeitos de montar uma pirâmide financeira. A decisão foi divulgada no final da tarde desta terça-feira (18).

Nesta quarta-feira (19) a promotora de Defesa do Consumidor, Nicole Gonzalez, deu uma entrevista coletiva onde explicou o que levou o MPE a formalizar a denúncia. De acordo com ela, a Telexfree no Brasil estaria fazendo o recrutamento de investidores e criando um esquema de pirâmide sob o disfarce de marketing multinível.

"Existem empresas de marketing multinível já consolidadas no mercado como a Herbalife, Mary Kay e Tupperware. Elas trabalham com esse sistema, no caso da Telexfree o interesse não é vender os produtos, mas recrutar novas pessoas", explica. Ela acredita que cerca de 70 mil pessoas possuem contratos com a Telexfree no Acre.

Nicole diz que o foco da Telexfree no Brasil não é a venda de produtos ou serviços, mas a adesão de novas pessoas para alimentar o sistema de pagamento. Ela argumenta que o suposto produto oferecido pela Telexfree, um software para realização de ligações pela internet, deve ser comprado em kits.

TelexFREE (Foto: Yuri Marcel/G1)Promotora Nicole Gonzalez diz que foco do Telexfree
é a adesão de novas pessoas (Foto: Yuri Marcel/G1)
"No entanto estamos diante de um software, que no site é só se cadastrar, baixar e pagar para obter. Concluímos que é para mascarar a taxa de adesão", explica. A promotora diz ainda que os pagamentos feitos pela Telexfree na verdade seriam uma espécie de 'recompra' feita pela empresa dos kits. "Se ela recompra significa que não precisa dos divulgadores", enfatiza.

Decisão afeta todo o país
Nicole diz que a decisão tomada pela juíza Thaís Borges afeta os divulgadores da Telexfree em todo o país ou fora dele. Ela diz que a medida foi tomada para evitar que novas pessoas acabem envolvidas no esquema e possam se prejudicar. Ela diz ainda que foi efetuado um pedido de bloqueio das contas bancárias dos sócios administrativos da Telexfree.
A empresa deverá disponibilizar no prazo de dois dias em sua página, um “pop-up”, informando sobre a decisão judicial, além de modificar seu sistema, de modo a não permitir novos cadastros através dos “back offices“.
A promotora disse que enviou uma cópia da decisão para a Delegacia de Fraudações e Falsificações (Defa) que investiga a empresa no Espírito Santo.

Em relação às outras empresas de marketing multinível que surgiram após a Telexfree, a promotora diz que por enquanto elas não estão sendo investigadas. Nicole disse que agora o MPE tem até 30 dias para ajuizar a ação principal.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Foge de Mim as Palavras


        Hoje sinto uma necessidade imensa de lavar a alma. Foge de mim palavras doces, ritmo, harmonia, não procuro encanto no jogo de palavras. Foge-me o afeto, aquele dom que precisamos para abraçar a alma. 
     Hoje minha alma sente uma garra e força maiores que o dom de falar, pois posso escrever e espelhar meus sentimentos para o mundo.Por mais que tenho me preparado para este "pacote" de roubalheira que um bando de aloprados está conseguindo impor à  esta nação, não consigo impor a mim mesmo a tolerância para o que está acontecendo, tranqüilamente, diante de nossos olhos.  
    Confesso que não teria motivos para tanta preocupação se fosse pensar apenas em mim. Sou cidadão cônscio de meus direitos em plena faculdade mental e espiritual, não tenho problemas de saúde ou necessito de fazer uso do transporte coletivo. Até seria mais sensato eu dizer: "Dane-se o mundo"!  Mas estaria mentindo. Não condiz com o que realmente penso. Esse mundo aí é aquele no qual eu coloquei duas filhas. Sinto-me na obrigação de zelar por este país. Não é apenas o "meu" país. Ele é o "nosso" país.    
      O meu sorriso, ao acordar, de pronto morre. Basta eu abrir as janelas. Lá fora o cinza já tingiu o céu. Que pena! Vocês dirão: Mude-se para o campo! Tão fácil, não é? Eu até poderia... Mas estaria fugindo do problema e eu não sou disso. Eu me vou para um cantinho azul. E os que ficam? E os que não podem ir? Vocês me dirão: Problema deles! Mas eu rebato: PROBLEMA NOSSO! E essa é a minha luta, mas sua também. Sei que  estou dando murros em ponta de faca, mas vou continuar até que não tenha mais mãos. E não pensem que não sou igual a todos, que me considero dono da verdade. Nada disso! Sou exatamente igualzinho a você que me lê. Apenas acredito que, na fila dos valores, devo ter entrada mais de dez vezes na porta onde se lia "coragem".    
       Bem, logo depois da poluição cinza, do trânsito caótico, se ligo nos noticiários, e o que vejo? Mães matando filhos, policiais sendo apontados como assassinos, políticos endeusando-se do que fizeram como se não fosse OBRIGAÇÃO deles realizar o que é melhor para o povo, toneladas de apelo ao consumismo, detalhes pormenorizados de como um bandido executou um crime, explorações da desgraça alheia para o maldito IBOPE, exposição de intimidades com a falsa pretensão de melhorar a vida a dois. Vez ou outra, algo como: um qualquer achou uma mala com dinheiro e devolveu ao legítimo dono. Isso tudo sem falar na JUSTIÇA. Sentenças baseadas em suposições, leis usadas para beneficiar bandidos e criminosos, juízes presos (quando conveniente) a normas legais para para justificar a sua incompetência na visão do que é verdadeiramente justo, professores empenhados apenas em difundir conceitos de extremo socialismo, indivíduos desviados da sua própria capacidade de discernimento em nome de um idealismo comprovadamente falido, ídolos da nossa juventude dando exemplos da degradação humana, drogados e inconsequentes, figuras esqueléticas em capas de revista como modelo de beleza levando nossas jovenzinhas, subjugadas e patéticas, a um falso conceito de saúde. Não aceitam rótulos, mas rotulam-se por conta própria.    Sexólogos??? Por acaso vocês estão de acordo com o que estão impondo aos nossos jovens? Por acaso já viram um programa de uma tal PENÉLOPE? Desculpem! Deu-me vontade de vomitar!

    Um dia desses um lúcido deputado, ex esportista certo dia disse, essa copa, será a maior roubalheira da história, alguém acreditou? pelos menos uns 100 milhões não, votaram muna tal de Dilma, aprendiz de Ali Babá. É Romário acho que você acertou na mosca.    
       Pais! Ah! Os abençoados! Buscam tanto o "ter mais" que se esquecem dos filhos, relegados a cuidados de outros tantos mal preparados ou os abandonam em nome da própria felicidade. Isso sem contar os mais necessitados que colocam filhos no mundo porque terão  alguns reais a mais, a começar do parto. Quanto mais filhos, mais dinheirinho fácil da tal "bolsa esmola"!   
    Que país é esse? Uns gatos pingados se mexem para fazer algo, sim somos mais de 200 milhões e apenas um pouco mais de 1% vão as ruas protestar, mas apenas combatem as conseqüências e não conseguem enxergar as causas. Que mundo é esse, tão algemado aos seus direitos que relega seus deveres a segundo plano?

     
    Que país é esse? Que investe mais de 20 bilhões de reais em estádios, enquanto milhares morrem a míngua nos hospitais públicos que mais parecem campos de concentração e suas escolas estão caindo aos pedaços e seus professores são mal remunerados e os alunos são tão vítimas quanto seus instrutores.

     Que país é esse? “Somos o único caso de democracia no mundo em que condenados por corrupção legislam contra os juízes que os condenaram.
Somos o único caso de democracia no mundo em que as decisões do Supremo Tribunal podem ser mudadas por condenados.
Somos o único caso de democracia no mundo em que deputados após condenados assumem cargos e afrontam o Judiciário.
Somos o único caso de democracia no mundo em que é possível que condenados façam seus habeas corpus, ou legislem para mudar a lei e serem libertos”.
(Declaração do Ministro do STF, Joaquim Barbosa, sobre o projeto que submete à aprovação do Congresso as decisões do STF)
   
      Decepem as cabeças que se recusam a pensar,  arranquem-se os olhos que não querem ver, cortem-se fora as línguas dos que têm força para conduzir um rebanho e só pensam no proveito próprio, morram engasgados com as próprias palavras os que tem o dom do convencimento e dele usa para o descaminho.
    
      Perdoem-me os que esperam de mim palavras de amor. Hoje sinto-me corroído pelo excesso dele. Perdoem-me os que não vêem beleza nos ensinamentos de Cristo. Eu vejo. Também sei que até ele foi capaz de levantar o chicote... Perdoem-me os que acham que tenho uma visão pessimista. Mas, por favor, convençam-me do contrário. Se conseguirem, garanto que ficarei feliz e eternamente grato.
     
    

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Podemos Fazer Alguma Coisa!

        Estou farto dessa mistificação com que encobrem descaradamente a realidade brasileira.  Estou farto desses discursos demagógicos, dessas pesquisas que não condizem com a verdade que vivenciamos no dia a dia, farto de estatísticas que colocam falsamente a minha Pátria num patamar fictício como se, realmente, ela estivesse crescendo.

               Sinceramente, a cada vez que me deparo com a realidade, mais me convenço que não temos vontade, que não temos vergonha, que não temos objetivos claros, que somos um povo desprovido de capacidade de agir, com uma visão deturpada pelo egoísmo, voltado cada qual exclusivamente para os seus problemas, engajados numa luta para ter mais, usando de todos os vícios para justificar ações fraudulentas, culpando uns aos outros sem assumir sua culpa pelo que acontece ao seu redor.
       
        Ora, meus queridos compatriotas ( também estou farto do termo "companheiro" porque tenho a sensação de que esse vocábulo, independente de seu real significado, serve mais para designar cada qual que pertença a uma corja cujos ideais afrontam de maneira vil a sociedade como um todo), não acredito que essa passividade egoísta, que parece dominar a todos, esteja sendo aplaudido pelo que resta de bom senso que eu "ainda" acredito haver dentro de nós mesmo.
       
         Reclamamos, mas fazemos nada. Culpamos, mas não assumimos nossa culpa. Julgamos o outro mas não permitimos que nos julguem, exigimos respeito mas sequer respeitamos regras imprescindíveis para o bom convívio, reclamamos da corrupção mas não enxergamos que nós somos responsáveis pela sua existência, somos fracos e covardes quando, na gana de encobrirmos nossas falhas, alegamos que o mundo inteiro esta assim. Perdemos, meus compatriotas, a nossa vergonha, o nosso brio. Perdemos o elo com o cantado "varonil" daqueles que ainda vislumbravam a brasilidade.
       
        Estou farto de ligar os aparelhos de comunicação para saber o que está acontecendo no mundo. E o que vejo? Desgraças contadas nos seus detalhes mais sórdidos, crimes torpes sendo alardeados e verdadeiras aulas de como executá-los (outra Universidade do Crime), repórteres policiais comprando audiência com o escabroso, vangloriando-se do auto índice de audiência porque o "maravilhoso povo brasileiro" gosta dessa sordidez", e ainda sendo enaltecidos pelo seu compromisso em divulgar a "verdade". Não percebem que, a cada relato ou milhões de repetições do relato, mais o povo vai aceitando aquela barbárie como natural. Chora, esperneia, desmaia na primeira vez que assiste, mas, na décima, vai até achar natural. Acostuma-se, incorpora ao seu contexto de vida. Visão caótica que contribui para a aceitação tácita dos fatos como se nada pudesse ter sido feito para evitar essa catástrofe. É claríssimo que poderia ter sido evitada, com um mínimo de inteligência e lógica, se houvesse apenas uma centelha de amor à Pátria. E por falar nisso, até hoje não "entendi" porque as matérias de moral e civismo, estudo de problemas brasileiros e similares foram retirados do currículo escolar. Não entendi como é que uma sociedade aceitou sem reservas, esse fato. Será mesmo que consideraram fundamentos de somenos relevância?
       
        Também não "entendi" porque as nossas forças de defesa da Pátria foram tão relegadas a segundo plano. Por que nossos jovens não tem mais um espaço, aos dezoito anos para "servir à Pátria" numa demonstração de amor, de civilidade? Lembro-me, com saudade, do tempo em que os “meninos” iam para o “Tiro de Guerra” e, após um ano, “estavam” homens.  Perdão, acho que isso não seria tão importante nos dias de hoje. Demonstrar ou treinar qual civilidade? Nossos jovens nem mais sabem o que é isso! Ainda sem falar que, quando não assistimos as notícias da violência, estamos sujeitos a programas explorando o sexo sem necessidade alguma ( mas se não houver sexo não dá IBOPE ), filmes idem, ou então, desenhos deseducativos. Ah! Bendita TV! Quanto poderia fazer em benefício do povo! Mas alegam que produzem apenas o que o povo gosta de ver. Então, devo ser burro mesmo! Sempre pensei que esse gosto fosse imposto, que o povo tivesse sido levado a engolir. Mas é justamente o contrário?
       
        Vejamos a Amazônia, a maior maravilha da natureza, a fonte da continuidade da vida. Estamos aí, gritando que ela é nossa. Já faz muito tempo que não é. O que temos de fazer agora é lutar para recuperá-la. Fico aqui, pensando com meus botões, tentando "perceber" ( desculpem-me, sou "lento demais" para entender as coisas) o "porquê de chegarmos a estes extremos. Já ouviram falar nas "forças ocultas"? Houve um tempo em que pensei que elas fossem mais uma expressão fantasmagórica, usada para justificar falhas que não souberam evitar ou consertar. Hoje, "desconfio" que não são fantasmas e até tem nome próprio. Pior! Estão aí, sem mais a preocupação do oculto. Afinal, o brasileiro é um povo tão tolerante!... Aceita tudo, é tão "pacífico"! Hoje até usa como chavão o "rouba mas faz", "estupra mais não mata", "relaxa e goza". Lá fora até fomos exaltados como um povo que aceita a corrupção. Mas o que importa isso, não é? Estamos crescendo tanto! Que mal poderia haver nessa "aceitação"? Os nossos pobres estão comendo mais, tem escolas para os filhos, bolsas para tudo. Gente! Vejam que maravilha! O Brasil está sendo cotado lá fora como o país que mais trabalha para diminuir as diferenças sociais. E aí, novamente me pergunto:como é que se opera este milagre? Vou além...O pobre, com uns míseros reais a mais no bolso, vai sobreviver a uma doença? Se precisar de uma cirurgia para sobreviver, é operado de pronto? Se precisar do remédio indispensável, encontra-o sempre? Não vai mais morrer com uma bala perdida ou arrastado por veículos conduzidos pelos "do mal" ou pelos "de menor" inimputáveis? Vai poder circular pelas ruas sem a preocupação de ser assaltado? O bolsa-escola, afinal, é usado para que os pobres tenham acesso ao conhecimento, à formação esmerada, à cultura, ou é apenas mais uma camuflagem para diminuir essa vergonha que é o índice de analfabetismo? O que adianta essa bolsa, se o que é oferecido por ela é um ensino medíocre? E não venham dizer que isso é invenção.
Faça um teste com seus filhos, sobrinhos, vizinhos... Melhor ainda, com os menos favorecidos...       
        Se eles tiverem a sorte de não serem corrompidos pelos grupos a que pertencem, se forem levados a ter "Interesse" para conhecer sempre o máximo, se tiverem exemplos de que o saber é primordial para o crescimento pessoal, que um diploma não vale apenas pelo papel timbrado e o canudo, mas pelo aprendizado que ele proporciona, quem sabe suas cabeças comecem a funcionar para o que é lógico, comecem, por si mesmo, a exigir o que lhes é de direito: aprendizado de qualidade. Já que nós não percebemos essa verdade, pelo menos devemos aos nossos jovens a oportunidade de poder perceber.
       
        Agora nós temos a realidade e não podemos fugir dela. Do jeito como andam as coisas, nossos profissionais serão cada vez piores. Depois, como reclamar do médico que errou no diagnóstico, do advogado que nos permitiu ser injustiçados, do técnico que não consegue encontrar solução para o problema que se lhe apresenta, do caixa que erra na sua conta, do serviço que necessita e que não encontra, do político que discursa sem conhecer o mínimo de sua língua, de um governo que engana, de uma igreja que só pensa em lucros (vendem até o seu lugar no céu)?...



Meu Comentário de Hoje 17/06/2013.

 As manifestações que estão ocorrendo em várias cidades, não são pelos míseros centavos das passagens de ônibus, metrôs ou trens. Isso é pela liberdade de nossos direitos!
Quem está nas ruas, está pela atitude, está pelo seu direito de agir conforme ditames de sua consciência, é por ser contra a ditadura mascarada e pela democracia inexistente.