segunda-feira, 24 de novembro de 2014

O DNA dos Vencedores

Existe um lugar em que todos querem chegar. Neste local, os problemas são superados, as barreiras vencidas e a vontade converte-se em satisfação. Este lugar não possui um endereço fixo, não pode ser encontrado no mapa, não significa a mesma coisa para todos e exatamente neste momento existem pessoas em locais completamente diferentes, que estão desfrutando a sensação de ter chegado lá. Este lugar se chama SUCESSO e talvez você o esteja buscando avidamente, sem entender porque parece estar tão distante.
Se você já o experimentou pode ser que sua permanência seja longa ou momentânea, mas uma coisa é certa: apenas uma característica fará a diferença entre permanecer e se consolidar ou simplesmente conhecer e se despedir - O seu DNA!
Se na genética o DNA é um fator determinante para as características de um indivíduo, aa vida existe um conjunto de atitudes determinante para o sucesso que buscamos. Elas formam o DNA dos vencedores.
Os vencedores são diferentes!
É incrível como podemos reconhecê-los de longe: os olhos brilham, a fala motiva e seus ideais contagiam. É muito difícil ver um vencedor satisfeito com a zona de conforto. O sucesso é o destino do vencedor e este não obedece a um modelo único e não se traduz nos mesmos resultados. Pessoas diferentes, resultados diferentes e um fato em comum: elas possuem e usam em perfeito equilíbrio o seu DNA - Desejo - Necessidade de Mudança - Atitude.
O Desejo é o princípio de tudo, ele é o start para o caminho do sucesso. Desejar é visualizar no presente algo que se planeja para o futuro. Todos os grandes projetos começaram como um simples desejo que foi levado a sério o suficiente para se tornar uma realidade. Se você tem um desejo em seu coração está no caminho para suas conquistas. Mas este é o primeiro passo, diferente do que costumamos falar, seu desejo não é uma ordem! E você precisará avançar mais um pouco para transformar seu sonho em realidade.
A necessidade de mudança é o grande diferencial dos vencedores. Seu desejo normalmente os guia para querer fazer diferente. Enquanto os indivíduos comuns prezam o "status quo", estes buscam evoluir todos os dias. Ávidos pelo novo, eles não querem fazer mais do mesmo jeito, tornam-se grandes entusiastas da mudança e conseguem tirar do cotidiano a inspiração para fazer a diferença.
Os vencedores estão em todos os lugares, eles melhoram a vida das pessoas, ajudam no crescimento das empresas, atuam fortemente na área social. A sociedade tende a associar fama ao sucesso, mas é preciso muito cuidado, pois existe inúmeros famosos vazios, assim como muitas pessoas bem-sucedidas anônimas, existe diferença entre um e outro...
A capacidade de transformar em resultados aquilo que muitos enxergam apenas como ideia
A atitude é a característica que valida as anteriores, não adianta desejar fazer algo novo se você não está disposto a agir pelo que acredita! A ação é a mãe de todas as vitórias e por isto esta é a principal característica do DNA dos vencedores. Só obtém êxito aquele que além de planejar tem a capacidade de fazer sem esperar que outros o mandem.
Quer vencer em seus projetos?
Faça valer o seu DNA! Não se intimide com os risco ou fracassos, eles fizeram parte do caminho de todos os vitoriosos! E como disse o experiente General Sun Tzu "Você é seu próprio general. Então, tome agora a iniciativa, planeje e marche decidido para a vitória".

domingo, 23 de novembro de 2014

Um Conto de Kahlil Gibran

Eu estava andando nos jardins de um asilo de loucos, quando encontrei um jovem rapaz, lendo um livro de filosofia.
Pelo seu jeito, e pela saúde que mostrava, não combinava muito com os outros internos.
Sentei-me ao seu lado e perguntei:
- O que você está fazendo aqui?
O rapaz olhou surpreso. Mas, vendo que eu não era um dos médicos, respondeu:
- É muito simples. Meu pai, um brilhante advogado, queria que eu fosse como ele. Meu tio, que tinha um grande entreposto comercial, gostaria que eu seguisse seu exemplo. Minha mãe desejava que eu fosse a imagem do seu adorado pai. Minha irmã sempre me citava seu marido como exemplo de um homem bem-sucedido. Meu irmão procurava treinar-me para ser um excelente atleta como ele.
Parou um instante e continuou:
- E o mesmo acontecia com meus professores na escola, o mestre de piano, o tutor de inglês - todos estavam determinados em suas ações e convencidos de que eram o melhor exemplo a seguir. Ninguém me olhava como se deve olhar um homem, mas como se olha no espelho.
"Dessa maneira, resolvi me internar neste asilo. Pelo menos aqui eu posso ser eu mesmo."
Do livro: Histórias para pais, filhos e netos - Paulo Coelho - Editora Globo

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Afinal, o que é inteligência?


Quando eu estava no exército, fiz um teste de aptidão, solicitado a todos os soldados, e consegui 160 pontos. A média era 100. Ninguém na base tinha visto uma nota dessas e durante duas horas eu fui o assunto principal. (Não significou nada. No dia seguinte eu ainda era um soldado raso da KP - Kitchen Police.)
Durante toda minha vida consegui notas como essa, o que sempre me deu uma ideia de que eu era realmente muito inteligente. E eu imaginava que as outras pessoas também achavam isso.
Porém, na verdade, será que essas notas não significam apenas que eu sou muito bom para responder um tipo específico de perguntas acadêmicas, consideradas pertinentes pelas pessoas que formularam esses testes de inteligência, e que provavelmente têm uma habilidade intelectual parecida com a minha?
Por exemplo, eu conhecia um mecânico que jamais conseguiria passar em um teste desses. Acho que não chegaria a fazer 80 pontos. Portanto, sempre me considerei muito mais inteligente que ele.
Mas, quando acontecia alguma coisa com o meu carro e eu precisava de alguém para dar um jeito rápido, era ele que eu procurava. Observava como ele investigava a situação enquanto fazia seus pronunciamentos sábios e profundos, como se fossem oráculos divinos. No fim, ele sempre consertava meu carro.
Então imagine se esses testes de inteligência fossem preparados pelo meu mecânico. Ou por um carpinteiro, ou um fazendeiro, ou qualquer outro que não fosse um acadêmico.
Em qualquer desses testes eu comprovaria minha total ignorância e estupidez. Na verdade, seria mesmo considerado um ignorante, um estúpido.
Em um mundo onde eu não pudesse me valer do meu treinamento acadêmico ou do meu talento com as palavras e tivesse que fazer algum trabalho com as minhas mãos ou desembaraçar alguma coisa complicada eu me daria muito mal. A minha inteligência, portanto, não é algo absoluto mas sim algo imposto como tal, por uma pequena parcela da sociedade em que vivo.
Vamos considerar o meu mecânico, mais uma vez. Ele adorava contar piadas. Certa vez ele levantou sua cabeça por cima do capô do meu carro e me perguntou:
-- Doutor, um surdo-mudo entrou numa loja de construção para comprar uns pregos. Ele colocou dois dedos no balcão como se estivesse segurando um prego invisível e com a outra mão, imitou umas marteladas. O balconista trouxe então um martelo. Ele balançou a cabeça de um lado para o outro negativamente e apontou para os dedos no balcão. Dessa vez o balconista trouxe vários pregos, ele escolheu o tamanho que queria e foi embora. O cliente seguinte era um cego. Ele queria comprar uma tesoura. Como o senhor acha que ele fez?
Eu levantei minha mão e "cortei o ar" com dois dedos, como uma tesoura.
-- Mas você é muito burro mesmo! Ele simplesmente abriu a boca e usou a voz para pedir?
Enquanto meu mecânico gargalhava, ele ainda falou: "Tô fazendo essa pegadinha com todos os clientes hoje”.
-- E muitos caíram?? perguntei esperançoso.
-- Alguns. Mas com você eu tinha certeza absoluta que ia funcionar?
-- Ah é? Por quê??
-- Porque você tem muito estudo doutor, sabia que não seria muito esperto.
E algo dentro de mim dizia que ele tinha alguma razão nisso tudo.
Extraído da autobiografia pelo Dr. Isaac Asimov (1920-1992): It's Been a Good Life

domingo, 16 de novembro de 2014

A Lamparina

Algumas de minhas irmãs trabalham na Austrália.
Numa reserva, entre os aborígines, havia um homem bastante velho. Posso assegurar-lhes que vocês nunca viram uma situação de pobreza tão alarmante como a desse pobre ancião. Todos o ignoravam. Seu lar era desarrumado e sujo.
- Por favor, disse-lhe eu certa vez, deixe-me limpar sua casa, lavar suas roupas e fazer sua cama.
- Estou bem assim, respondeu ele, não se preocupe.
- Pois ficará ainda melhor, insisti, se permitir que eu faça isso.
Ele concordou finalmente. Pude, portanto, limpar sua casa e lavar as suas roupas.
Encontrei no meio da bagunça uma lamparina inteiramente coberta de poeira. Só Deus sabe o tempo transcorrido desde que o homem a acendera pela última vez.
- O senhor não acende a sua lamparina? - perguntei-lhe. Não costuma usá-la?
- Não, respondeu ele, não recebo a visita de ninguém. Não preciso de luz. Para quem deveria acendê-la?
- O senhor a acenderia todas as noites se as irmãs passassem a visitá-lo?
- Naturalmente! respondeu ele.
Desse dia em diante, as irmãs combinaram entre si, visitar o pobre ancião todas as noites.
Dois anos se passaram.
Eu tinha esquecido completamente esse homem, quando ele enviou esta mensagem:
"Contem à minha amiga, que a luz que ela acendeu em minha vida continua acesa".
Madre Tereza de Calcutá

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

A árvore Confusa


Era uma vez um belo jardim com maçãs, laranjas, peras e lindas rosas. Tudo era alegria no jardim, com exceção de uma árvore que estava profundamente triste. A árvore tinha um problema: “Não sabia quem era, nem o que tinha de fazer”.
A macieira lhe disse que era muito fácil fazer saborosas maçãs. "Por que não tentar?"
“Não a escute, lhe disse a roseira. É melhor ter rosas. Não vê como elas são belas?”
E a árvore desesperada, tentava tudo o que lhe sugeriam, porém não lograva ser como as demais, se sentia cada vez mais frustrada.
Um dia chegou ao jardim uma coruja, o mais sábio dos pássaros, e ao ver o desespero da árvore, exclamou:
-Não se preocupe, seu problema não é grave, muitos seres sobre a Terra o têm. Vou lhe mostrar uma nova possibilidade:
- "Não dedique sua vida para ser como os outros querem que você seja... Busque ser você mesmo, conhecendo e ouvindo a sua voz interior, ela irá dizer-lhe qual é a sua vocação, a sua missão nesta vida." E dito isso, a coruja desapareceu.
- Minha voz interior...? Ser eu mesmo?... Conhecer-me?... Vocação?... Missão?...
Perguntava a si mesmo a árvore desesperada, quando de repente ela percebeu... E fechando os olhos e os ouvidos, pode abrir o seu coração, e ouvir uma voz interior dizendo:
"Você jamais dará maças porque você não é uma macieira, nem irá florescer a cada primavera, porque você não é uma roseira. Você é um carvalho, e seu destino é crescer grande e majestoso. Proporcione abrigo para pássaros, sombra para os viajantes, beleza para a paisagem... Essa é a sua vocação. É para isso que você nasceu. "Descubra como se manifestar e cumpra a sua missão."
A árvore se sentiu forte e segura de si mesmo e se preparou para ser tudo aquilo para o qual foi concebida. Assim, logo cresceu e passou a ser admirada e respeitada por todos.
Só então o jardim ficou completamente feliz.
Um conto da Índia.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

A Estranha

Alguns anos depois que nasci, meu pai conheceu uma estranha, recém-chegada à nossa pequena cidade. Desde o princípio, meu pai ficou fascinado com esta encantadora personagem e, em seguida, a convidou a viver com nossa família. A estranha aceitou e, desde então, tem estado conosco.
Enquanto eu crescia, nunca perguntei sobre seu lugar em minha família; na minha mente jovem já tinha um lugar muito especial. Meus pais eram instrutores complementares: minha mãe ensinou-me o que era bom e o que era mau e meu pai ensinou-me a obedecer. Mas a estranha era nossa narradora. Mantinha-nos enfeitiçados por horas com aventuras, mistérios e comédias, mostrando imagens de suas narrativas.
Ela sempre tinha respostas para qualquer coisa que quiséssemos saber de política, história ou ciência. Conhecia tudo do passado, do presente e até podia predizer o futuro! Levou minha família ao primeiro jogo de futebol. Fazia-me rir, e me fazia chorar.
A estranha nunca parava de falar, mas o meu pai não se importava. Às vezes, minha mãe se levantava cedo e calada, ia sozinha à cozinha para ter paz e tranquilidade, pois nós já estávamos com a estranha. (Agora me pergunto se, alguma vez, ela não teria rezado para que essa estranha fosse embora).
Meu pai dirigia nosso lar com certas convicções morais, mas a estranha nunca se sentia obrigada a honrá-las. As blasfêmias, os palavrões, por exemplo, não eram permitidos em nossa casa… nem por parte nossa, nem de nossos amigos ou de qualquer um que nos visitasse. Entretanto, nossa visitante de longo prazo usava sem problemas sua linguagem inapropriada que, às vezes, queimava meus ouvidos e que fazia meu pai se retorcer e minha mãe se ruborizar. Meu pai nunca nos deu permissão para tomar álcool. Mas a estranha nos animou a tentá-lo e a fazê-lo regularmente. Fez com que o cigarro parecesse fresco e inofensivo, e que os charutos e os cachimbos fossem distinguidos. Falava livremente (talvez demasiado) sobre sexo. Seus comentários eram às vezes evidentes, outros sugestivos, e geralmente vergonhosos.
Agora sei que meus conceitos sobre relações foram influenciados fortemente durante minha adolescência pela estranha. Repetidas vezes a criticaram, mas ela nunca fez caso aos valores de meus pais, mesmo assim, permaneceu em nosso lar. Passaram-se mais de cinquenta anos desde que a estranha veio para nossa família. Desde então mudou muito; já não é tão fascinante como era no princípio. Não obstante, se hoje você pudesse entrar na guarida de meus pais, ainda a encontraria sentada em seu canto, esperando que alguém quisesse escutar suas conversas ou dedicar seu tempo livre a fazer-lhe companhia…
Seu nome?
Bom… nós a chamamos de TELEVISÃO.
Agora a estranha tem um marido que se chama Computador, um filho que se chama Vídeo Game, outro que se chama Celular e uma filha chamada Internet; todos penetraram em nossa casa, completaram a desagregação de nossa família, e o Celular anda até em nosso bolso, levando consigo a Internet.