Autor: Nathaly Bispo
Existe um ditado que diz que “quem não é visto, não é lembrado”. O problema são os adeptos deste pensamento que se esquecem que não se trata apenas de aparecer, e sim de como fazê-lo. Os produtos, estratégias e modelos de negócios ficam, naturalmente, desgastados ao longo do tempo em função de mudanças de mercado e, neste contexto, a inovação é um antídoto para a obsolescência, é o movimento que abre novas possibilidades e garante competitividade para uma empresa (e para a vida profissional), antes mesmo que venham a necessitar.
Segundo Maximiliano Carlomagno, mestre em administração de empresas e autor do livro “Gestão da Inovação na Prática”, na maioria das empresas o gene da inovação é recessivo. “Elas foram feitas para serem previsíveis. Tudo aquilo que ajuda a empresa a ser eficiente (reduzir erros, padronizar, controlar, ser avessa a riscos) ao mesmo tempo reduz a capacidade de inovar. O desafio consiste exatamente em administrar esses dois sistemas simultaneamente”, conta Carlomagno.
Por que inovar é tão difícil?
A inovação não é uma coisa a “surgir”. Ela depende de processos, de variáveis e parâmetros cujo conhecimento permite concebê-la como um processo racional, mensurável e gerenciável.
Não há como ter 100% de certeza se uma ideia dará certo. É preciso dominar a capacidade de experimentação, identificar as principais incertezas de suas ideias logo cedo, testar tais incertezas e errar o mais rápido possível para evitar grandes prejuízos.
“Esses erros são a essência do aprendizado, a partir deles podemos desenvolver atitudes inovadoras. Além disso, claro que é possível também fazer um bom estudo de mercado e viabilidade para análise de potencial”, observa o mestre em administração de empresas.
Entretanto, é sempre importante registrar que inovação é diferente de invenção. A invenção é caracterizada pela criação de uma ideia potencialmente geradora de benefícios comerciais, mas não necessariamente realizada especificamente em forma de produtos, processos ou serviços.
“A invenção torna-se inovação quando é implementada e, consequentemente, comercializada. A inovação é a invenção que encontrou uma utilidade prática e demanda do mercado. É quando o protótipo se transforma em produto comercializável”, explica o consultor de Gestão de Pessoas, Robson Vitorino .
Dicas de inovação
Para quem ainda não sabe identificar oportunidades na hora de inovar, os especialistas Maximiliano e Robson Vitorino dão algumas dicas:
1. Inovação para as empresas
• Tenha clareza do que é inovação para sua organização;
• Alinhe as iniciativas de inovação com a estratégia da empresa;
• Incentive os colaboradores para inovar;
• Defina um processo de captura e tratamento de idéias;
• Explicite quem é responsável pelo quê nas inovações;
• Aproveite o relacionamento com clientes, parceiros e fornecedores;
• Tenha um recurso específico para projetos inovadores;
• Ofereça treinamento em ferramentas e técnicas de inovação para os seus colaboradores.
• Alinhe as iniciativas de inovação com a estratégia da empresa;
• Incentive os colaboradores para inovar;
• Defina um processo de captura e tratamento de idéias;
• Explicite quem é responsável pelo quê nas inovações;
• Aproveite o relacionamento com clientes, parceiros e fornecedores;
• Tenha um recurso específico para projetos inovadores;
• Ofereça treinamento em ferramentas e técnicas de inovação para os seus colaboradores.
2. Inovação para os profissionais
Abandone a “cultura do especialista” - O especialista é aquele profissional que é obrigado a ter respostas para tudo, baseado em sua experiência, ou seja, know-how. A tendência é que o especialista sempre busque soluções já conhecidas. A inovação é fruto do cruzamento de informações obtidas e armazenadas em sua mente. Permita-se estudar outras disciplinas que não se relacionem diretamente com a sua, por exemplo, se você é um advogado , estudo algo sobre física. Essa prática é altamente benéfica para “pensar fora da caixa”
Menos “Eu” e mais “Nós” - Estamos na era da informação e do conhecimento. O resultado do conhecimento coletivo é riquíssimo. Quando compartilhamos conhecimento no ambiente de trabalho, estamos colocando à disposição da imaginação bibliotecas variadas de cultura, aumentando a probabilidade de desenvolvimento de soluções inovadoras. Mas para isso é preciso adotar a consciência de sucesso coletivo. Caso surja algo inovador lembre-se de dar os créditos valorizando cada pessoa que contribuiu para a solução inovadora. Caso contrário você poderá sofrer do efeito “knowledge bullying”, ou seja, um bullying do conhecimento, passando a ser privado propositalmente de conhecimento circulante na empresa;
Amadureça as ideias - Tem gente que reclama que as ideias nunca são aceitas. Tem gente que fica rotulada como aquela que nunca acrescenta e sempre chuta pra fora nas reuniões de trabalho. Com a exceção das reuniões de braistorming, aprenda a registrar ideias potenciais e amadurecê-las. Aprofunde a sua pesquisa antes de expor uma ideia para alguém. Verifique se o que irá propor já não foi proposto e certifique-se dos benefícios que irá gerar e a quem irá beneficiar. Os projetos inovadores são como sementes, precisam ter a sua fase de crescimento respeitada para que dê os frutos na época correta;
Aprenda a questionar as verdades absolutas - Paradigma é literalmente modelo, é a representação de um padrão a ser seguido. Inovar passa por questionar paradigmas criando um novo modelo mais eficaz. É preciso ser autêntico para superar a baixa autoestima que ronda a mente. É preciso abstrair o medo da rejeição. Um exercício prático para isso é habituar-se a formular a seguinte pergunta “Por que não?”;
Seja e permaneça autêntico - As empresas já estão cheias de pessoas com comportamentos “politicamente corretos” e comportamento altamente resistente às mudanças. Mudança gera insegurança, ruptura com o que é conhecido e aliança com o desconhecido. As empresas inovadoras buscam pessoas autênticas com alto nível
Fonte: Como ter ideias inovadoras? | Portal Carreira & Sucesso
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