quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Um Silêncio Eloquente


O hábito de reclamar é bastante difundido hoje em dia, ante a mínima contrariedade ou decepção, reclamações e discussões costumam surgir. Tem-se a impressão de que todos esperam uma vida perfeita. 

Como a perfeição não é deste mundo, explodem os destemperos e os atritos, quase sempre se a devida necessidade. Vejamos os exemplos:

A esposa se agasta com a pouca atenção que sustenta receber do esposo. 
O empregado reclama das exigências do patrão, o chefe se irrita com as falhas dos subordinados. 
Irmãos se atacam, sob o menor pretexto, hoje vivemos num mundo impaciente, sem a menor tolerância. 
Estudantes blasfemam contra o professor exigente, mestres discursam a respeito da pouca dedicação de seus discípulos. 
Quem tem alguma enfermidade se acha uma vítima da vida, é comum ouvirmos: "o ruim só acontece comigo."
Há aqueles que cuidam de algum parente enfermo, ou idoso também bufam contra a vida. 
De um modo ou de outro, os homens em geral parecem contrariados. Vivem à míngua de um mundo cor-de-rosa no qual possam viver, fazem com que todos saibam que estão descontentes. 
Muitos não têm o cuidado de examinar no próprio íntimo os seus dissabores, não se indagam da razão pela qual passam por dificuldades. Especialmente, olvidam o silêncio como forma de preservar a paz do próximo. 

Mas há um exemplo sobre o qual convém refletir. Trata-se do comportamento de Jesus Cristo. 
No fim de seu ministério, Jesus Cristo passou por momentos difíceis, mas sem jamais  reclamar. Não poder ser acusado de negligência ou de omisso. Se foi firme e jamais buscou culpa em quem quer que seja. Sempre Se posicionou com firmeza, em defesa do bem e da verdade, quando preciso, se levantou com determinação sua voz contra as hipocrisias dos fariseus; esclareceu de modo vigoroso os que faziam do Templo um local de comércio. 

Contudo, na hora de seu testemunho maior, ao invés de reclamar calou a própria voz. 
A caminho do calvário, passou em espetáculo para o povo, com a alma mergulhada em um maravilhoso e profundo silêncio, sem proferir a mais leve acusação, caminhou humilde, coroado de espinhos. Não Se agastou com a ignorância que lhe colocou nas mãos uma cana imunda, à guisa de cetro. 

Não Se incomodou com as cusparadas dos populares exaltados, no momento do calvário, Jesus Cristo atravessou as ruas de Jerusalém em um silêncio pleno de significados. 
Como se desfilasse diante da Humanidade inteira, ensinou a virtude da tranquila submissão à vontade de Deus. 

Antes de reclamar da vida, reflita sobre esse exemplo, Jesus Cristo era puro e não desdenhou o sacrifício dele por nós. 


Porém disse: "Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade”. (João 18:37)

Entretanto, nós certamente ainda carecemos de muitas experiências para completar nosso processo amadurecimento, se a vida lhe faz exigências, vá a luta. 
Não espere a todo momento ser auxiliado e compreendido, habitue-se a ser quem entende e ampara. 
Tendo em mente o maravilhoso silêncio de Jesus Cristo diante dos seus opressores, aprenda a também silenciar suas queixas.

Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;. 2E andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus... Efésios 5:1-2

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