Por que se deve tomar o Sacramento com a mão direita?
Faz diferença qual mão se usa?
Deitada em seu leito de morte, ao
dar a luz um filho, Raquel deu-lhe o nome de Benoni que, em hebraico quer dizer
“filho da minha dor” ou “aflição”. Jacó (Israel), seu marido, prem mudou seu
nome do recém-nascido, possivelmente para evitar a repetida referência ao
sofrimento e morte dela, toda vez que fosse pronuciado. Escolheu como substituto Benjamim, que em hebraico significa “filho à
(mão) direita”. (Ver Gênesis 35: 16-19.)
Com esse nome especial dado a Benjamim, seu décimo segundo filho, Israel
exprimiu seu grande amor a sua esposa Raquel.
Que a mão direita sugere preferência ou
graça simbólica, é demonstrado também na parábola das ovelhas e dos bodes.
Dizia Jesus:
-Quando o Filho do Homem vier em sua gláoria, e todos os
santos anjos com ele, então se assentará no trono de glória;
E todos as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns
dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas.
“E porá as ovelhas à
sua mão direita, mas os bodes à sua esquerda.
“Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: benditos
de meu pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação
do mundo.” (Mateus 25: 31-34)
Os relatos
escrituríticos nos revelam alguma coisa do significado simbólico da mão direita- simbolismo que aparece na
linguagem e outras características culturais do mundo judeu e cristão.
Em latim, por exemplo, dextera
(direita) e sinistra (esquerda), indicavam não só a mão direita e esquerda,
como deram origem a adjetivos com conotação favorável e desfavorável. Uso da mão direita como gesto simbólico foi,
com o tempo, estendido a prestação do
juramento governamental e judicial, quando testemunhas deviam depor sob
juramento.
Isto posto, podemo-nos
concentrar na questão de que mão devemos usar, de preferência, ao participar do
sacramento.
A palavra
sacramento deriva de duas raizes latinas: sacro
(sagrado) e mente (pensamento, intelecto), implicando pensamentos
sagrados da mente. Mais convicente ainda é o termo latino (sacramentum), significando literalmente
“voto ou obrigação solene”.
Participar do sacramento, portanto, pode ser interpretado como renovação por voto ou juramento, do convenio feito no batismo. É um momento sagrado,
incluíndo (1) Voto silencioso manifestado pelo uso da mão, símbolo do convênio
individual, e (2) o uso do pão e da água, símbolo do grande sacrifício
expiatório do Salvador do mundo.
A mão usada para
participar do sacramento deveria ser a mesma usada ao se fazer qualquer outro
voto sagrado. Para a maioria de nós, seria a mão direita. Os que perderam a
mão direita não têm mãos, podem e fazem o convênio sacramental e outros
convênios eternos. Muito mais importante que a mão usada para tomar o
sacramento, é que se entenda profundamente o sacrifício expiatório que
representa.
Os pais se
preocupam com qual mão as crianças toman o sacramento. Este é oferecido ás
crianças pequenas, ainda não batizadas, como meio de educação, preparação e
intrução,
“Prefigurando
o convênio que farão, ao atingirem os oito anos”. (Bruce R. McConkie, Doutrina
Mormon, p. 660.) Por isso, é muito importante que desenvolvam um sentimento
adequado e sagrada atitude mental quanto ao simbolismo e significado do
sacramento. Os pais que quiserem ensinar seus filhos a importância dessa
sagrada experiência, poderiam usá-la quando como tópico para uma reunião
familiar. Então, quando houver necessidade de um lembrente numa reunião, este poderá ser dado em silêncio, com
paciência e carinho.
Participar
do sacramento é um processo mental sagrado e, por isso, torna-se uma coisa
muito pessoal para mim. Penso nos convênios que estão feitos entre mim e a
Deidade, ao serem proferida as orações. Penso em como Deus ofereceu seu Filho
Unigênito. Penso no sacríficio expiatório do Salvador, Jesus Cristo. O
sacramento foi instituído por ele que ofereceu sua carne e sangue por toda a
humanidade, incluindo eu, determinando que água e pão fossem seus emblemas
simbólicos. Como possuo a mão direita,
eu a ofereço, ao participar do sacramento, como voto de que sempre me lembrarei
dele, como também guardarei os mandamentos de Deus.
Este é um
sagrado privilégio de todos os santos fiéis no dia do Senhor.
(*Elder Russell M Nelson,
A Liahona, Outubro de 1983 pag 22-23)
*Então Representante Regional.
Digitado formatado conforme publicação de A Liahona por Valdir Malagueta
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