Dois homens fizeram uma sociedade e montaram uma pequena barraca à beira de uma estrada movimentada. Compraram um caminhão e foram até o campo de um fazendeiro, onde carregaram o caminhão de melões, pagando um dólar por melão. Dirigiram o caminhão carregado de volta para a barraquinha, onde venderam os melões a um dólar cada. Voltaram para o campo do fazendeiro e compraram outro carregamento de melões, pagando um dólar por melão. Transportaram-nos até a estrada e novamente os venderam por um dólar cada. Quando voltavam para o campo do fazendeiro a fim de apanharem outro carregamento, um dos sócios disse para o outro: "Não estamos ganhando muito dinheiro nesse negócio, estamos?" "Não, não estamos", respondeu o outro. "Será que precisamos de um caminhão maior?"
Nós também não precisamos de um carregamento maior de informações. Tal como os sócios na minha história, nossa maior necessidade é a de um enfoque mais claro sobre como devemos valorizar e utilizar o que já possuímos.
Devido à tecnologia moderna, o conteúdo de imensas bibliotecas e outras fontes de dados estão ao alcance de muitos de nós. Alguns decidem passar horas incontáveis navegando sem rumo certo pela Internet, assistindo a programas triviais na televisão ou vasculhando enormes pilhas de informações. Mas com que objetivo? Aqueles que se empenham nessas atividades são como os dois sócios de minha história, correndo de um lado para o outro, carregando cada vez mais melões no caminhão, mas deixando de perceber a verdade essencial de que não teremos lucro em nossos esforços se não compreendermos o verdadeiro valor do que já temos à nossa disposição.
Um poeta descreveu essa ilusão como um "ciclo sem fim" que traz "o conhecimento de palavras, mas a ignorância da Palavra", na qual a "sabedoria" "se perde em meio ao conhecimento" e o "conhecimento" "se perde em meio à informação".
Nenhum comentário:
Postar um comentário