Um certo
homem, enquanto caminhava por uma floresta, encontrou um filhote de águia,
machucado e desprotegido. Levou-o para casa, colocou no se galinheiro, onde ele
cresceu e aprendeu a se alimentar como as galinhas e a se comportar como elas.
Um dia, um
biólogo que ia passando por ali, perguntou-lhe porque uma águia, a rainha de
todos os pássaros, deveria ser condenada a viver no galinheiro como as
galinhas.
-“Depois que
lhe dei comida de galinha e a eduquei para ser para ser uma galinha, ela nunca
aprendeu a voar – replicou o dono. – Comparta-se como uma galinha, portanto não
é mais uma águia”.
-“Mas –
insistiu o biólogo – ela tem coração de águia e certamente poderá a voar”.
Depois de
falar muito sobre o assunto, os dois homens concordaram em tentar mudar o
comportamento da águia. Cuidadosamente, o cientista pegou a águia nos braços e
disse:
-“Você
pertence aos céus e não à terra. Bata bem as asas e voe!”
A águia,
entretanto, estava confusa; não sabia quem era e, vendo as galinhas comendo,
pulou para ir juntar-se a elas. Inconformado, o biólogo levou a águia no dia
seguinte para uma alta montanha. Lá, segurou a rainha dos pássaros bem no alto
e encorajou-a de novo, dizendo:
Você é uma águia. Você pertence ao céu
e à terra.
Bata bem as asas, agora, e voe!
A águia olhou em torno, olhou para o
galinheiro e para o céu. Ainda não voou. Então o cientista levantou-a na
direção do sol e a águia começou a tremer e, lentamente, abriu as asas.
Finalmente, levantou vôo para o céu.
Pode ser que a
águia ainda se lembre das galinhas, com saudades; pode ser que ainda,
ocasionalmente, torne a visitar o galinheiro. Mas até onde foi possível saber,
nunca mais voltou a viver como galinha. Ela era uma águia embora tivesse sido
mantida e domesticada como galinha.
Será que,
sendo águias muitas vezes não estamos vivendo entre galinhas e agindo como
galinhas?
A ação de mudar é
nossa.
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