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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

CAPÍTULO 13 LEI 13




AO PEDIR AJUDA, APELE PARA O EGOÍSMO DAS PESSOAS, JAMAIS PARA A SUA MISERICÓRDIA OU GRATIDÃO


Se precisar pedir ajuda a um aliado, não se preocupe em lembrar a ele a sua existência e boas ações no passado. Ele encontrará um meio de ignorar você. Em vez disso, revele algo na sua solicitação, ou na sua aliança que o beneficiará, e exagere na ênfase. Ele reagirá entusiamado se vir que pode lucrar alguma coisa com isso.
Na sua busca de poder, você vai se encontrar constantemente na posição de ter que pedir ajuda aos mais poderosos. Pedir ajuda é uma arte, que depende da sua capacidade para compreender a pessoa com quem está lidando, e não confundir o que você precisa com as necessidades dela.
As pessoas, na sua maioria, não conseguem isso, porque estão totalmente presas aos seus próprios desejos e necessidades. Elas começam supondo que as pessoas com quem estão lidando têm um interesse altruísta em ajudá-las. Falam como se as suas necessidades tivessem alguma importância para estas pessoas — que provavelmente não estão dando a mínima. Às vezes elas se referem a questões maiores: uma grande causa, ou emoções grandiosas como amor e gratidão. Preferem o quadro geral, quando as simples realidades cotidianas seriam muito mais atraentes. O que elas não percebem é que até a pessoa mais poderosa está presa ao seu próprio conjunto de necessidades, e que se você não acenar para o seu egoísmo ela simplesmente o verá como alguém desesperado ou, na melhor das hipóteses, uma perda de tempo.
Cada pessoa com quem você lida é como se fosse uma outra cultura, uma terra estranha com um passado que nada tem a ver com o seu. No entanto é possível desfazer as diferenças entre dois apelando para o egoísmo do outro. Não seja sutil: você tem um conhecimento valioso para dividir, você vai encher os cofres dele de ouro, você tornará a sua vida mais longa e feliz. Esta é uma linguagem que todos nós falamos e compreendemos.
Um passo essencial nesse processo é compreender a psicologia do outro. Ele é vaidoso? Está preocupado com a sua reputação ou posição social’? Tem inimigos que você poderia ajudar a vencer? A sua motivação é apenas o dinheiro e o poder’?
O egoísmo é a alavanca que move as pessoas. Se conseguir que elas vejam que você pode, de alguma forma, satisfazer as suas necessidades ou favorecer a sua causa, a resistência aos seus pedidos de ajuda desaparece como que por um passe de mágica. A cada etapa no caminho da conquista do poder, você deve procurar sempre ver o que passa pela cabeça da outra pessoa, quais são as necessidades e interesses dela, para afastar a cortina dos seus próprios sentimentos que obscurecem a verdade. Domine esta arte e não haverá limites para você.

O INVERSO

Há pessoas que consideram o apelo ao seu egoísmo como uma atitude feia e ignóbil. Elas na verdade preferem poder exercitar a caridade, a misericórdia e a justiça, que é a sua maneira de se sentirem superiores a você: quando você lhes implora ajuda, está enfatizando o poder e a posição delas. Elas são fortes o bastante para não precisarem nada de você, exceto a chance de se sentirem superiores. É  este o vinho que as embriaga. Estão morrendo de vontade de patrocinar o seu projeto, apresentar você a pessoas poderosas — desde, é claro, que tudo isto seja feito em público, e por uma boa causa (em geral, quanto mais público melhor). Nem todos, portanto, podem ser abordados usando o egoísmo cínico. Algumas pessoas ficarão desconcertadas, porque não querem parecer motivadas por essas coisas. Elas querem uma oportunidade para exibir o seu bom coração.
Não seja tímido. Dê a elas essa oportunidade. Não é que você esteja abusando da sua boa-fé pedindo ajuda — elas realmente sentem prazer em dar, e serem vistas dando. Você deve saber diferenciar as pessoas poderosas e descobrir quais são os seus motivos e necessidades básicas. Se elas transpiram ganância, não apele para a sua caridade. Se elas querem parecer nobres e caridosas, não apele para a sua ganância.

A maneira mais rápida e eficaz de fazer fortuna é deixar as pessoas verem claramente que é do interesse delas promover o seu.
Jean de La Bruyêre, 1645-1696

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Estou Farto

Como cidadão brasileiro, ciente de minhas obrigações e de meus direitos. Ainda tenho a liberdade de dizer o que penso, de me indignar,  mesmo que isso contrarie a muitos.       

        Pois estou farto dessa mistificação com que encobrem descaradamente a realidade brasileira. Estou farto desses discursos demagógicos, dessas pesquisas que não condizem com a verdade que vivenciamos no dia a dia, farto de estatísticas que colocam falsamente a minha Pátria num patamar fictício como se, realmente, ela estivesse crescendo.

               Sinceramente, a cada vez que me deparo com a realidade, mais me convenço que não temos vontade, que não temos vergonha, que não temos objetivos claros, que somos um povo desprovido de capacidade de agir, com uma visão deturpada pelo egoísmo, voltado cada qual exclusivamente para os seus problemas, engajados numa luta para ter mais, usando de todos os vícios para justificar ações fraudulentas, culpando uns aos outros sem assumir sua culpa pelo que acontece ao seu redor.
       
        Ora, meus queridos compatriotas ( também estou farto do termo "companheiro" porque tenho a sensação de que esse vocábulo, independente de seu real significado, serve mais para designar cada qual que pertença a uma corja cujos ideais afrontam de maneira vil a sociedade como um todo), não acredito que essa passividade egoísta, que parece dominar a todos, esteja sendo aplaudido pelo que resta de bom senso que eu "ainda" acredito haver dentro de nós mesmo.
       
         Reclamamos, mas fazemos nada. Culpamos, mas não assumimos nossa culpa. Julgamos o outro mas não permitimos que nos julguem, exigimos respeito mas sequer respeitamos regras imprescindíveis para o bom convívio, reclamamos da corrupção mas não enxergamos que nós somos responsáveis pela sua existência, somos fracos e covardes quando, na gana de encobrirmos nossas falhas, alegamos que o mundo inteiro esta assim. Perdemos, meus compatriotas, a nossa vergonha, o nosso brio. Perdemos o elo com o cantado "varonil" daqueles que ainda vislumbravam a brasilidade.
       
        Estou farto de ligar os aparelhos de comunicação para saber o que está acontecendo no mundo. E o que vejo? Desgraças contadas nos seus detalhes mais sórdidos, crimes torpes sendo alardeados e verdadeiras aulas de como executá-los (outra Universidade do Crime), repórteres policiais comprando audiência com o escabroso, vangloriando-se do auto índice de audiência porque o "maravilhoso povo brasileiro" gosta dessa sordidez", e ainda sendo enaltecidos pelo seu compromisso em divulgar a "verdade". Não percebem que, a cada relato ou milhões de repetições do relato, mais o povo vai aceitando aquela barbárie como natural. Chora, esperneia, desmaia na primeira vez que assiste, mas, na décima, vai até achar natural. Acostuma-se, incorpora ao seu contexto de vida. Visão caótica que contribui para a aceitação tácita dos fatos como se nada pudesse ter sido feito para evitar essa catástrofe. É claríssimo que poderia ter sido evitada, com um mínimo de inteligência e lógica, se houvesse apenas uma centelha de amor à Pátria. E por falar nisso, até hoje não "entendi" porque as matérias de moral e civismo, estudo de problemas brasileiros e similares foram retirados do currículo escolar. Não entendi como é que uma sociedade aceitou sem reservas, esse fato. Será mesmo que consideraram fundamentos de somenos relevância?
       
        Também não "entendi" porque as nossas forças de defesa da Pátria foram tão relegadas a segundo plano. Por que nossos jovens não tem mais um espaço, aos dezoito anos para "servir à Pátria" numa demonstração de amor, de civilidade? Lembro-me, com saudade, do tempo em que os “meninos” iam para o “Tiro de Guerra” e, após um ano, “estavam” homens.  Perdão, acho que isso não seria tão importante nos dias de hoje. Demonstrar ou treinar qual civilidade? Nossos jovens nem mais sabem o que é isso! Ainda sem falar que, quando não assistimos as notícias da violência, estamos sujeitos a programas explorando o sexo sem necessidade alguma ( mas se não houver sexo não dá IBOPE ), filmes idem, ou então, desenhos deseducativos. Ah! Bendita TV! Quanto poderia fazer em benefício do povo! Mas alegam que produzem apenas o que o povo gosta de ver. Então, devo ser burro mesmo! Sempre pensei que esse gosto fosse imposto, que o povo tivesse sido levado a engolir. Mas é justamente o contrário?
       
        Vejamos a Amazônia, a maior maravilha da natureza, a fonte da continuidade da vida. Estamos aí, gritando que ela é nossa. Já faz muito tempo que não é. O que temos de fazer agora é lutar para recuperá-la. Fico aqui, pensando com meus botões, tentando "perceber" ( desculpem-me, sou "lento demais" para entender as coisas) o "porquê de chegarmos a estes extremos. Já ouviram falar nas "forças ocultas"? Houve um tempo em que pensei que elas fossem mais uma expressão fantasmagórica, usada para justificar falhas que não souberam evitar ou consertar. Hoje, "desconfio" que não são fantasmas e até tem nome próprio. Pior! Estão aí, sem mais a preocupação do oculto. Afinal, o brasileiro é um povo tão tolerante!... Aceita tudo, é tão "pacífico"! Hoje até usa como chavão o "rouba mas faz", "estupra mais não mata", "relaxa e goza". Lá fora até fomos exaltados como um povo que aceita a corrupção. Mas o que importa isso, não é? Estamos crescendo tanto! Que mal poderia haver nessa "aceitação"? Os nossos pobres estão comendo mais, tem escolas para os filhos, bolsas para tudo. Gente! Vejam que maravilha! O Brasil está sendo cotado lá fora como o país que mais trabalha para diminuir as diferenças sociais. E aí, novamente me pergunto:como é que se opera este milagre? Vou além...O pobre, com uns míseros reais a mais no bolso, vai sobreviver a uma doença? Se precisar de uma cirurgia para sobreviver, é operado de pronto? Se precisar do remédio indispensável, encontra-o sempre? Não vai mais morrer com uma bala perdida ou arrastado por veículos conduzidos pelos "do mal" ou pelos "de menor" inimputáveis? Vai poder circular pelas ruas sem a preocupação de ser assaltado? O bolsa-escola, afinal, é usado para que os pobres tenham acesso ao conhecimento, à formação esmerada, à cultura, ou é apenas mais uma camuflagem para diminuir essa vergonha que é o índice de analfabetismo? O que adianta essa bolsa, se o que é oferecido por ela é um ensino medíocre? E não venham dizer que isso é invenção.
Faça um teste com seus filhos, sobrinhos, vizinhos... Melhor ainda, com os menos favorecidos...       
        Se eles tiverem a sorte de não serem corrompidos pelos grupos a que pertencem, se forem levados a ter "Interesse" para conhecer sempre o máximo, se tiverem exemplos de que o saber é primordial para o crescimento pessoal, que um diploma não vale apenas pelo papel timbrado e o canudo, mas pelo aprendizado que ele proporciona, quem sabe suas cabeças comecem a funcionar para o que é lógico, comecem, por si mesmo, a exigir o que lhes é de direito: aprendizado de qualidade. Já que nós não percebemos essa verdade, pelo menos devemos aos nossos jovens a oportunidade de poder perceber.
       
        Agora nós temos a realidade e não podemos fugir dela. Do jeito como andam as coisas, nossos profissionais serão cada vez piores. Depois, como reclamar do médico que errou no diagnóstico, do advogado que nos permitiu ser injustiçados, do técnico que não consegue encontrar solução para o problema que se lhe apresenta, do caixa que erra na sua conta, do serviço que necessita e que não encontra, do político que discursa sem conhecer o mínimo de sua língua, de um governo que engana, de uma igreja que só pensa em lucros (vendem até o seu lugar no céu)?...
       
        Enfim, como exigir que um povo enxergue a verdade, que dirija seu destino, que lute pelos seus ideais, pelos seus direitos, que possa analisar com sabedoria os fatos sem se deixar levar pelas falsas verdades que lhe são impostas?
       
        Aqui, deixo para você pensar: qual o agente causador de tamanha parafernália?
       
        Para mim, se não começarmos a atacar o mal pela raiz, de nada servirão essas ações todas. Nada se consegue se ficarmos apenas na preocupação com as consequências, sem nada mudarmos na sua causa. E a causa é única: falta-nos EDUCAÇÃO, falta-nos MORAL, falta-nos ÈTICA.
       
      
Um boa semana.