"A INTERNET IRÁ DESAPARECER", DIZ ERIC SCHMIDT, CHAIRMAN DO GOOGLE
EXECUTIVO REFLETIU SOBRE OS RUMOS DA TECNOLOGIA AO LADO DE EXECUTIVOS DO FACEBOOK E DA MICROSOFT NO FÓRUM ECONÔMICO MUNDIAL
Entre tantas novas tecnologias e mudanças cada vez mais rápidas, é até arriscado palpitar sobre o futuro da internet ou da economia digital. Eric Schmidt, presidente do conselho de administração do Google, parece ter a resposta na ponta da língua, no entanto: "O futuro da internet é que ela vai desaparecer. Chegaremos a um estágio em que teremos muitos endereços, wearables, coisas e ferramentas interativas. Eles estarão em todos lugares. Tudo vai ser interativo. Nosso quarto, por exemplo, será completamente dinâmico", afirmou. Para ele, a conectividade será tamanha que chegará a um nível que será imperceptível.
Schmidt participou de um debate em Davos, durante o Fórum Econômico Mundial, ao lado de outros nomes importantes do setor da tecnologia, como Sheryl Sandberg, do Facebook; Jim Hagemann Snabe, da SAP; e Satya Nadella, da Microsoft. Todos apresentaram uma visão bastante otimista sobre o futuro da internet e de que modo a tecnologia pode ajudar a incluir pessoas, conectar economias e melhorar o dia a dia e a saúde de cada indivíduo. "No mundo dos negócios da tecnologia, é preciso ser otimista. Mas, acima de tudo, sou otimista, porque o papel da tecnologia é utilizar capital e poder humano para fazer coisas boas. E estamos conseguindo isso. A discussão precisa girar em torno de como aproveitar melhor os progressos da tecnologia para que as sociedades possam se beneficiar inteiramente", disse Satya Nadella, CEO da Microsoft.
Como incluir mais - e melhor
Os executivos também concordaram em um ponto: só será possível colher benefícios maiores da internet caso mais países, estados e cidades estejam conectados. Uma das grandes barreiras nesse caminho é justamente o custo de implantar uma estrutura boa para oferecer o serviço. "Incluir pessoas digitalmente é simplesmente um problema de custo. Por exemplo, custa cerca de um dólar por dia para uma pessoa estar conectada ao Facebook. Se deixarmos a tecnologia mais barata, conseguiremos que as pessoas tenham mais acesso. Para isso, as economias têm que mudar e o preço diminuir", afirmou Sheryl Sandberg, CFO do Facebook.
Os executivos também concordaram em um ponto: só será possível colher benefícios maiores da internet caso mais países, estados e cidades estejam conectados. Uma das grandes barreiras nesse caminho é justamente o custo de implantar uma estrutura boa para oferecer o serviço. "Incluir pessoas digitalmente é simplesmente um problema de custo. Por exemplo, custa cerca de um dólar por dia para uma pessoa estar conectada ao Facebook. Se deixarmos a tecnologia mais barata, conseguiremos que as pessoas tenham mais acesso. Para isso, as economias têm que mudar e o preço diminuir", afirmou Sheryl Sandberg, CFO do Facebook.
SAIBA MAIS
E quem bancaria esses custos? Para os executivos, não é possível esperar que o investimento parta apenas das empresas. "É preciso bancar uma estrutura, um investimento e uma instalação muito grande. E há outras questões: como diminuir o custo da energia, das matérias-prima? É preciso trabalhar em conjunto com governo, comunidades e parceiros para dividir investimentos no sentido de criar algo sustentável a longo prazo", afirmou.
Schmidt complementou acrescentando que a inclusão digital e o acesso de países menos desenvolvidos à internet pode se dar em etapas. "A fibra ótica, por exemplo, está presente nos países mais desenvolvidos. O Wireless é utilizado em países que já têm programa específico para internet e há outras tecnologias mais baratas para levar acesso à áreas bem rurais e mais isoladas", afirmou. Para ele, é a "combinação de tudo" que irá levar comunicação a todos.
Ao responder a uma pergunta da plateia, feita por um empreendedor de Gana, o executivo do Google refletiu sobre as dificuldades que a África, por exemplo, tem para melhorar a inclusão digital. "A África tem um isolamento geográfico próprio e é muito devagar e caro para instalar uma estrutura lá. As empresas têm dificuldade de acessar as cidades. Outro fator que dificulta são as várias línguas e idiomas. É preciso conseguir, primeiro, oferecer serviços básicos como acesso à conta bancária pela internet nas grandes cidades, para depois conseguir ganhar confiança e acessar as menores", afirmou.
Ao responder a uma pergunta da plateia, feita por um empreendedor de Gana, o executivo do Google refletiu sobre as dificuldades que a África, por exemplo, tem para melhorar a inclusão digital. "A África tem um isolamento geográfico próprio e é muito devagar e caro para instalar uma estrutura lá. As empresas têm dificuldade de acessar as cidades. Outro fator que dificulta são as várias línguas e idiomas. É preciso conseguir, primeiro, oferecer serviços básicos como acesso à conta bancária pela internet nas grandes cidades, para depois conseguir ganhar confiança e acessar as menores", afirmou.
A internet mata empregos?
Substituição da força de trabalho, automação de processos e aniquilamento de funções. Para muitas pessoas, a internet é vista como vilã quando o assunto é a geração de empregos. Os executivos, no entanto, discordam. Para eles, a velocidade com que a internet gera novas oportunidades, áreas e conhecimentos é muito maior do que a destruição de empregos. "O que não mudará no futuro é que todo mundo precisa de emprego. E as mudanças trarão esses empregos. Já hoje você pode trabalhar de qualquer modo: sozinho, em parceria, na empresa, em casa. E o melhor é que, se você criar seu próprio negócio, a internet barateia custos de distribuição e marketing, por exemplo. Você só precisa da habilidade em criar uma companhia", afirmou Sheryl.
Schmidt afirmou que a questão é só saber como se posicionar e "não ficar atrás das oportunidades". "É que nem aquele cara da fazenda que, de repente, viu seu trabalho ir embora com a chegada do trator. O que ele fez? Foi procurar e desenvolver novas habilidades e serviços".
Substituição da força de trabalho, automação de processos e aniquilamento de funções. Para muitas pessoas, a internet é vista como vilã quando o assunto é a geração de empregos. Os executivos, no entanto, discordam. Para eles, a velocidade com que a internet gera novas oportunidades, áreas e conhecimentos é muito maior do que a destruição de empregos. "O que não mudará no futuro é que todo mundo precisa de emprego. E as mudanças trarão esses empregos. Já hoje você pode trabalhar de qualquer modo: sozinho, em parceria, na empresa, em casa. E o melhor é que, se você criar seu próprio negócio, a internet barateia custos de distribuição e marketing, por exemplo. Você só precisa da habilidade em criar uma companhia", afirmou Sheryl.
Schmidt afirmou que a questão é só saber como se posicionar e "não ficar atrás das oportunidades". "É que nem aquele cara da fazenda que, de repente, viu seu trabalho ir embora com a chegada do trator. O que ele fez? Foi procurar e desenvolver novas habilidades e serviços".
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