sexta-feira, 24 de maio de 2013

Quanto vale um sim

Você consegue um bom emprego na hora em que bem entender?
Você descola um amor do dia para a noite?
Se entrar num banco, sai de lá com um empréstimo sem burocracia?
Se você respondeu sim para todas estas perguntas, parabéns. E fique atento para o horário do seu disco voador, pois a qualquer momento você terá que voltar para o seu planeta! Entre nós, terrestres, o SIM é uma resposta rara.
Na maioria das vezes, NÃO há vagas, NÃO querem editar nossos poemas, NÃO temos fiador, a garota NÃO quer ouvir uns discos na sua casa, o garoto NÃO quer usar camisinha e o guarda de trânsito NÃO foi com sua cara e vai multá-lo, sim senhor. NÃO está fácil para ninguém. Ao contrário do que se possa parecer, esta não é uma visão pessimista da vida. As coisas são assim, dão certo e dão errado. Pessimismo é acreditar que ouvir um NÃO seja uma barreira para realizar nossos sonhos. Tem gente que fica paralisado diante de um NÃO. Nunca mais vai à luta. Já o otimista resmunga um pouco e em seguida respira fundo e segue em frente.
Quando eu tinha 17 anos, mandei uns versos para um concurso de poesia.
Não ganhei nem menção honrosa. Daí entreguei meus versos para o Mário Quintana avaliar. Ele não respondeu. Neste meio tempo eu estava apaixonada por um cara que ignorava a minha existência. Quando eu não estava pensando nele, fazia planos de morar sozinha, mas o meu estágio não era remunerado. Aí quis viajar para a Europa, mas não consegui entrar num programa de intercâmbio. Surpreendentemente, não passou pela cabeça a ideia de me atirar embaixo de um caminhão. Hoje tenho 9 livros publicados (5 deles de poesia), sou casada com o homem que amo, tenho a profissão dos sonhos e viajo uma vez por ano, e tudo isso sem ganhar na Megasena, sem cirurgia plástica, sem pistolão ou pacto com o demônio.
O segredo: cada não que eu recebi na vida entrou por um ouvido e saiu pelo outro. Não os colecionei. Não foram supervalorizados. Esperei, sem pressa, a hora do SIM.
O NÃO é tão frequente que chega a ser banal. O não é inútil, serve só para fragilizar nossa autoestima. Já o SIM é transformador. SIM muda a sua vida.
SIM, aceito casar com você. SIM, você foi selecionado. SIM, vamos patrocinar sua peça. SIM, a Ana Paula Arósio deu o número do celular dela. Quando não há o que detenha você, as coisas começam a acontecer, SIM!

quarta-feira, 22 de maio de 2013

As Pirâmides Finaceiras e suas Primas

O Brasil vive um boom de novos "negócios" com ganhos astronomicos, eu já postei recentemente no blog dois artigos, mas que ressaltar mais uma vez, não existe mágica no mundo dos negócios. Seja prudente.

Aplicações que oferecem rendimento de 10% ao mês, quando a taxa básica da economia está por volta de 7,5% ao ano não são confiáveis. Os investidores devem saber no que estão investindo e em casos suspeitos, avisar a CVM.

Lembra da Avestruz Master, Você aplicava R$ 1.000,00 e recebia R$ 100,00 por mês, o que aconteceu com o passar dos anos? A empresa quebrou, com ficaram com o prejuízo.

'Oh! Sede sábios! Que mais poderei dizer?' (Livro de Mórmon, Jacó 6:12)
Um abraço a todos

terça-feira, 21 de maio de 2013

As cinco perguntas encorajadoras de Drucker

Já li dezenas de livros sobre empreendedorismo nestes últimos dez anos. Muitos eu recomendo, outros eu simplesmente ignoro embora seja possível extrair algo de bom de cada um deles.
Livros são assim mesmo, alguns são modismos, outros são escritos sob determinados contextos, mas, não se aplicam ao contexto da sua empresa ou da sua necessidade, entretanto, tira-se um pouco daqui, outro dali, e assim vai formando-se a base do conhecimento. O importante é ter discernimento para extrair o que vale a pena ser aplicado em cada situação.
De tanto ler e recomendar acabei escrevendo os meus próprios livros - Manual do Empreendedor e Empreendedorismo para Jovens -, ambos editados pela Atlas, com base na minha experiência profissional com empreendedores de pequeno, médio e grande porte. São livros que eu gostaria de ter lido antes dos trinta anos para enriquecer ainda mais o assunto.
O fato é que, como eu sempre digo e repito, não existe fórmula infalível para o sucesso nos negócios. Veja o exemplo do Monitor Company Group LP, empresa de consultoria fundada por Michael Porter, o papa da estratégia mundial, em 1983, a qual entrou com um pedido de falência na Corte de Falências dos Estados Unidos, no Estado de Delaware.
É um caso digno de estudo: se o próprio Porter, um dos gurus mais respeitados no meio acadêmico, não conseguiu fazer valer as suas próprias recomendações, que chances eu tenho? Bem, dizer o que fazer é uma coisa, fazer é outra, mas isso não tira os méritos dele considerando que milhares de empresas prosperaram ao redor do mundo utilizando-se dos seus conceitos.
Infelizmente, ou felizmente, em negócios, tudo depende. Do que? Do momento, das circunstâncias, dos seus modelos mentais, do posicionamento correto e do valor agregado dos seus produtos e serviços, da sua capacidade de investimento, da sua persistência, do seu modelo de gestão, do seu estilo de liderança, das pessoas que você contrata e assim por diante.
Dessa forma, como empreendedor, é necessário pensar nas questões mais simples que impulsionam qualquer negócio onde quer você queira fazê-lo. Isso é o básico, recomendado por Peter Drucker, guru da administração moderna, em seu clássico Inovação e Espírito Empreendedor.
Ainda que você diga que sabe, a maioria dos empreendedores não consegue responder claramente a essas questões. A simplicidade de cada uma vai fazê-lo repensar qualquer suposição a respeito do seu negócio, da sua equipe e do seu próprio modelo de gestão. Vejamos:
1. Qual é a sua missão? Em primeiro lugar, por que você quer abrir esse tipo de negócio? Tem algo a ver com o que você realmente gosta de fazer? O que você está tentando realizar para seu cliente? É algo que você está disposto a conduzir pelo resto da vida?
2. Quem é o seu cliente? Que tipo de pessoa você está tentando satisfazer com seus produtos ou serviços? Essa necessidade existe de fato? É um nicho capaz de formar um novo público?
3. O que o seu cliente valoriza? O que você faz bem melhor do que os outros e está preparado para oferecer a seus clientes? Você sabe vender arroz, feijão e pão de forma diferenciada, a ponto de fidelizar os clientes para que comprem, regularmente, no seu ponto de venda?
4. Que resultados você está tentando alcançar? Como você mede o sucesso? É um negócio que vai ajuda-lo a sobreviver depois de aposentado ou é algo que pode fazer a diferença na vida das pessoas?
5. Qual é o seu plano? Como você imagina conquistar o respeito dos clientes e atingir os resultados que são mais importantes para consolidar o negócio? Na balança dos prós e dos contras, o que pesa mais?

A maioria dos empreendedores começa um negócio sem a reflexão necessária para isso. Na prática, a combinação entre o espírito empreendedor e a necessidade de inovar para sobreviver é o que define o seu perfil de atuação no mercado. Ter uma grande ideia não significa ter sucesso. Colocá-la em prática e trabalhar de maneira consistente para sua execução é a melhor ideia.
Em termos de gestão, pouca coisa mudou nos últimos cinquenta anos. Fluxo de caixa, orçamento, planejamento estratégico, balanço financeiro, matriz SWOT, mapeamento de processos, estratégia de vendas, entre outros, são ferramentas aplicáveis a qualquer negócio e se tornam eficientes na medida em que são levadas a sério.
Contudo, como diria Peter Drucker, "Empreendedores procuram por mudanças, portanto, olhe para cada janela e pergunte a si mesmo: isso poderia ser uma oportunidade? Não perca algo somente porque não faz parte de seu planejamento. O inesperado é frequentemente a melhor fonte de inovação".
Por fim, além de responder as questões acima, lembre-se de que, atualmente, não é necessário sofrer tanto. Existem artigos, cursos, empresas de consultoria, livros e modelos de planos de negócios disponíveis aos milhares na Internet, no Sebrae e nas escolas. Ninguém faz nada sozinho, portanto, não seja orgulhoso. O orgulho é, geralmente, um poderoso indicador de insucesso em qualquer parte do mundo.
Pense nisso, empreenda e seja feliz!

segunda-feira, 20 de maio de 2013

O sucesso consiste em não fazer inimigos!





Nas relações humanas no trabalho e no convívio social, existem apenas 3
regras:

Regra número 1: Colegas passam, mas inimigos são para sempre. A chance
de uma pessoa se lembrar de um favor que você fez a ela vai diminuindo
à taxa de 20% ao ano. Cinco anos depois, o favor será esquecido. Não
adianta mais cobrar. Mas a chance de alguém se lembrar de uma desfeita
se mantém estável, não importa quanto tempo passe. Exemplo: se você
estendeu a mão para cumprimentar alguém ou fez algum favor em 1997
e a pessoa ignorou sua mão estendida e seu favor, você ainda se lembra
disso em 2007 e quiçar, para o resto da vida.

Regra número 2: A importância de um favor diminui com o tempo,
enquanto a importância de uma desfeita aumenta. Favor é como um
investimento de curto prazo. Desfeita é como um empréstimo de longo
prazo. Um dia, ele será cobrado, e com juros.

Regra número 3: Um(a) colega não é um(a) amigo(a). Colega é aquela
pessoa que, durante algum tempo, parece um amigo. Muitas vezes,
até parece o melhor amigo, mas isso só dura até um dos dois mudar de
emprego ou cair em uma desgraça social.

Amigo(a) é aquela pessoa que liga para perguntar se você está precisando
de alguma coisa, mesmo que não possa mudar a sua situação, mas estará
sempre ao seu lado.

Ex-colega que parecia amigo(a) é aquela pessoa que depois de uma
fatalidade, quer é distancia de você, nunca liga..., e quando você liga pra
dizer que você existe, simplesmente, ela manda dizer que no momento não
pode atender.

Durante sua carreira, uma pessoa normal terá a impressão de que fez um
milhão de amigos e apenas meia dúzia de inimigos. Estatisticamente, isso
parece ótimo, mas não é. A “Lei da Perversidade Profissional e Social” diz
que, no futuro, quando você precisar de ajuda, é provável que quem mais

poderá ajudá-lo é exatamente um daqueles poucos inimigos. É trágico mas
possível.

Portanto, profissionalmente e socialmente, falando, e pensando a longo
prazo, o sucesso consiste, principalmente, em evitar fazer inimigos,
porque, por uma infeliz coincidência biológica, os poucos inimigos são
exatamente aqueles que têm boa memória.

Boa semana amigos,

Por que não respondem meus emails?

Ter suas mensagens ignoradas é difícil, mas acontece com todo mundo. Entenda os motivos e como lidar com a espera

NYT  | 18/07/2011 06:44

É mais confortável achar que esses silêncios sejam resultado de algum problema técnico. Mas, geralmente, o culpado é mesmo a falta de cortesia.



“Quando as pessoas não respondem meus emails, sempre acho que alguma tragédia aconteceu”, diz o escritor e ator John Leguizamo, cujo primeiro casamento acabou quando sua esposa pediu o divórcio via correio eletrônico. “Acho que foram atingidos por um meteorito ou algo assim”.

Betsy Rapoport, editora e coach, diz: “Acho que nunca recebi resposta para nenhum email que tenha mandado para meus filhos, hoje com 21 e 18 anos”. O linguista David Crystal diz que sua mulher recebeu recentemente uma resposta a um email enviado em 2006. “Foi como receber um cartão-postal da Segunda Guerra”, diz. 

 O incômodo silêncio. A pausa que não termina. O mundo está cheio de exemplos de como as características da internet nos fazem escrever e publicar coisas de que nos arrependemos. Mas e quando essas características nos deixam esperando uma resposta no vácuo?

“A internet é algo muito informal, que aconteceu a uma sociedade que, por sua vez, já era informal”, diz P.M. Forni, especialista em etiqueta e autor de “Choosing Civility.” “A infinita quantidade de pessoas que podemos contatar significa que não somos tão cuidados ou gentis quanto deveríamos. De forma consciente ou inconsciente, pensamos em nossos interlocutores como substituíveis ou descartáveis”.

"Não-relacionamento"
 A escritora Diana Abu-Jaber conta que, há alguns anos, teve “um não-relacionamento” com uma colega também escritora que aparentemente se recusava a clicar em “responder”. As duas tinham amigos em comum, e começaram a se dar bem quando saíram para almoçar. Depois do encontro, a colega passou a enviar frequentes emails propondo novos encontros; mas nunca respondia quando Abu-Jaber retrucava com a proposta de horários e lugares.

“Eu não recebia resposta nenhuma e, de repente, semanas depois, chegvam emails com “Você está ocupada? Adoraria te encontrar”. Ou até: “Nossa, que loucura, há quanto tempo! Estou com saudade”.”
 A comediante Jean Villepique passou por um aperto ainda pior há cinco anos, quando desenvolveu uma paixonite por um colega. Depois de um flerte mínimo, ela sentou-se em seu computador e escreveu “um texto terrível que incluía frases como ‘compreensão especial’ e ‘não estou com vontade de me fazer de tímida ‘. Esperar a resposta foi como tentar manter a cabeça erguida em uma sala que aos poucos vai enchendo de água. Tentava me convencer de que não ia me afogar na humilhação. E ele nunca respondeu”.

 Rapoport, a editora que nunca recebe respostas dos filhos, não é a única que culpa os jovens. “Há uma cortesia profissional que você aprende quando já tem vinte e tantos anos”, diz Leguizamo. “Depois de já ter sido demitido muitas vezes”.

 Independentemente da idade do remetente, uma boa olhada nas razões para as pessoas não responderem, ou responderem de maneira seca, pode ajudar a vida dos não-destinatários.

Um dos cenários foi elucidado por Erin McKean, ex-editora de dicionários da Oxford University Press - emails que exigem esforço são mais ignorados. “Se me mandam um email que requer que eu vá atrás de alguma informação ou desça as escadas, ele vira pedra na minha caixa de entrada. Aí acho que devia mandar algo a mais, como um link engraçadinho para compensar meu atraso – e a procrastinação piora”. Da mesma forma, muitos de nós enrolamos para responder “não” a um RSVP, por exemplo.

Algumas pessoas não respondem porque recebem coisas demais, como o advogado Lawrence Lessig, que em 2004 se livrou da obrigação de responder ao criar uma declaração de “falência de email” que é enviada para todos os remetentes das 200 mensagens que chegam por dia à sua caixa. Desculpando-se por sua falta de “cyber-decência”, Lessig dizia aos remetentes que, se eles reenviassem a mensagem, um programa marcaria seus emails para receberem atenção especial, mas que, mesmo assim, era possível que ele não conseguisse quitar a “dívida”.

Por fim, alguns responsabilizam a falha humana. A atriz Sarah Thyre admite que deleta emails sem querer em seu iPhone. “O ícone da lixeira fica exatamente onde o dedo para depois de dar um scroll!”, lamenta. 
 Então checamos neuroticamente nossas caixas de spam e temos pensamentos rabugentos sobre a pessoa que não nos escreve. Lutamos com quão difícil é se sentir esperando e carente. Em alguns casos, nos dizem que o email foi parar na caixa de spam, uma afirmação que desperta nosso ceticismo ou simpatia (“é a tal mentirinha branca”, diz McKean. “Equivalente a dizer que não pode ir a uma festa porque está mal do estômago”.)

Como lidar

 No fim, além de ativar as confirmações de recebimento, o que muitos acham grosseria, a única esperança é mudar de atitude. “Nós nos comunicamos porque podemos, não porque temos algo importante a dizer”, afirma Forni. “Investimos tempo precioso de nossas reflexões na troca de trivialidades. Quero acreditar que quando nós topamos com esses “buracos negros” de silêncio na internet, isso em parte significa pelo menos que alguém está reagindo à tirania da hiperconexão”. “Devem haver almas espertas e corajosas que perceberam que pensar é mais importante do que comunicar”, acredita. 

 O monge budista Jisho Perry ensinou, 75 horas depois do email com pedido de entrevista ter sido enviado, que “a paciência é a habilidade de acabar com nossas expectativas”.