quinta-feira, 16 de abril de 2020

A Palo Seco - Belchior

Ouça aqui: A Palo Seco

Se você vier me perguntar por onde andei
No tempo em que você sonhava
De olhos abertos, lhe direi
Amigo, eu me desesperava
Sei que assim falando pensas
Que esse desespero é moda em '76
Mas ando mesmo descontente
Desesperadamente, eu grito em português
Mas ando mesmo descontente
Desesperadamente, eu grito em português
Tenho vinte e cinco anos
De sonho e de sangue
E de América do Sul
Por força deste destino
Ah você sabe e eu tambem sei
Um tango argentino
Me vai bem melhor que um blues
Sei que assim falando pensas
Que esse desespero é moda em '76
E eu quero é que esse canto torto
Feito faca, corte a carne de vocês
E eu quero é que esse canto torto
Feito faca, corte a carne de vocês
Sei que assim falando, pensas
Que esse desespero é moda em '76
E eu quero é que esse canto torto
Feito faca, corte a carne de vocês
E eu quero é que esse canto torto
Feito faca, corte a carne de vocês

Compositores: Antonio Carlos Belchior

Letra de A Palo Seco © Ubc

terça-feira, 14 de abril de 2020

Coração Selvagen

Meu bem, guarde uma frase pra mim dentro da sua canção
Esconda um beijo pra mim sob as dobras do blusão
Eu quero um gole de cerveja no seu copo no seu colo e nesse bar
Meu bem, o meu lugar é onde você quer que ele seja
Não quero o que a cabeça pensa eu quero o que a alma deseja
Arco-íris, anjo rebelde, eu quero o corpo tenho pressa de viver
Mas quando você me amar, me abrace e me beije bem devagar
Que é para eu ter tempo, tempo de me apaixonar
Tempo para ouvir o rádio no carro
Tempo para a turma do outro bairro, ver e saber que eu te amo
Meu bem, o mundo inteiro está naquela estrada ali em frente
Tome um refrigerante, coma um cachorro-quente
Sim, já é outra viagem e o meu coração selvagem
Tem essa pressa de viver
Meu bem, mas quando a vida nos violentar

segunda-feira, 13 de abril de 2020

Belchior - Fotografia 3X4

FOTOGRAFIA 3X4 Belchior

Áudio da Música
"Eu me lembro muito bem do dia em que eu cheguei Jovem que desce do norte pra cidade grande Os pés cansados e feridos de andar légua tirana... E lágrima nos olhos de ler o Pessoa e ver o verde da cana...
Em cada esquina que eu passava um guarda me parava, pedia os meus documentos e depois sorria, examinando o três-por-quatro da fotografia e estranhando o nome do lugar de onde eu vinha. Pois o que pesa no norte, pela lei da gravidade, disso Newton já sabia! Cai no sul grande cidade São Paulo violento, Corre o rio que me engana...
Copacabana, zona norte e os cabarés da Lapa onde eu morei... Mesmo vivendo assim, não me esqueci de amar, que o homem é pra mulher e o coração pra gente dar, mas a mulher, a mulher que eu amei não pôde me seguir... Não...
Esses casos de família e de dinheiro eu nunca entendi bem Veloso o sol não é tão bonito pra quem vem do norte e vai viver na rua. A noite fria me ensinou a amar mais o meu dia e pela dor eu descobri o poder da alegria e a certeza de que tenho coisas novas coisas novas pra dizer...
A minha história é ... talvez é talvez igual a tua, jovem que desceu do norte que no sul viveu na rua e que andou desnorteado, como é comum no seu tempo e que ficou desapontado, como é comum no seu tempo e que ficou apaixonado e violento como, como você... Eu sou como você. Eu sou como você. Eu sou como você que me ouve agora. Eu sou como você. Como Você."

quinta-feira, 9 de abril de 2020

Visualizar Mentalmente Seus Objetivos



O Major James Nesmeth tinha um sonho de aperfeiçoar-se como jogador de golfe – e desenvolveu um método único para atingir o seu objetivo. Até então era apenas um jogador comum de fim de semana, com um escore de noventa tacadas. Então, durante sete anos, abandonou totalmente o jogo. Nunca mais entrou em um clube, ou pisou em um campo de golfe.
Ironicamente, foi durante essa pausa de sete anos que ele desenvolveu a sua técnica muito eficaz para aperfeiçoar-se no jogo – uma técnica que todos podemos aprender. De fato, na primeira vez em que pisou em um campo de golfe depois disso, conseguiu um escore surpreendente de 74! Ele reduzira a sua média em torno de vinte pontos sem ter pisado em um clube de golfe durante sete anos!
Qual o segredo do Major Nesmeth? 

Ele passara aqueles sete anos como um prisioneiro de guerra no Vietnam do Norte, em uma cela que media aproximadamente 1,30 m de altura por 1,50 m de comprimento.
Durante quase todo o tempo, não conversou com ninguém e não praticou nenhuma atividade física. Durante os primeiros meses, não fez praticamente nada além de esperar e rezar por sua libertação. Então percebeu que tinha de encontrar um modo de ocupar a sua mente, ou perderia a sua sanidade e provavelmente a sua vida. Foi quando aprendeu a visualizar.

Em sua mente, ele escolheu o seu campo de golfe favorito e começou a jogar. Diariamente, fazia todo o percurso de 18 buracos no clube de golfe imaginário. Experimentava tudo, até o último detalhe. Viu-se vestido em suas roupas de golfe. Sentiu o perfume das árvores e da grama recém cortada, e as diferentes condições do tempo – dias de primavera com muito vento e manhãs ensolaradas no verão. Em sua imaginação, tornaram-se reais todos os detalhes do pauzinho onde se põe a bola para a tacada inicial, as folhas de grama, as árvores, o canto dos pássaros, os esquilos correndo e as ondulações do gramado.
Ele sentiu o taco em suas mãos. Foi o seu próprio instrutor enquanto tentava aperfeiçoar o seu modo de brandi-lo e a sua posterior tacada. Observou o arco formado pela bola ao descer exatamente no centro da parte lisa do campo, e viu-a quicar algumas vezes e rolar até o ponto exato que havia escolhido.

No mundo real, ele não tinha pressa. Não havia para onde ir. Por isso em sua mente deu todos os passos necessários para chegar até a bola, como se estivesse fisicamente no campo. Demorou tanto tempo imaginário para jogar 18 buracos como teria demorado na realidade. Nenhum detalhe foi omitido. Nunca deixou de acertar uma tacada, uma bola curva, um golpe enviesado ou um golpe curto.
Sete dias por semana. Quatro horas por dia. Dezoito buracos. Sete anos. Vinte tacadas a menos. E um escore de 74.
Autor desconhecido
Do livro: Historias para aquecer o coração 2
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