Algum tempo atrás, passei por uma experiência que descrevo como “Atendimento de Alta Classe ao Cliente”. Aconteceu num sábado, num dia frio de inverno, em Toronto.
O fim de semana começou, como em muitas famílias de pais separados, com meus filhos indo visitar a mãe. Kate, minha atual esposa, e eu tivemos um fim de semana sozinhos. Sábado foi um exercício de descanso e tranquilidade. Levantamo-nos tarde e tudo nesse dia foi feito agradavelmente três ou quatro horas depois do habitual.
Depois de passear pelas lojas e galerias, chegamos a um conceituado hotel quatro estrelas, por volta de quatro horas da tarde, prontos para um almoço tardio. Os funcionários do restaurante eram muito atenciosos. Kate pediu qualquer coisa passada na manteiga e, quando o prato chegou, começou a verdadeira aventura.
Em cima do prato de Kate havia a pontinha de uma luva de borracha. Chamei a garçonete.
– O que é isto? – Kate perguntou, devidamente indignada.
– Não estou certa – respondeu a garçonete enquanto levava rapidamente o prato para a cozinha.
Em menos de um minuto a garçonete voltou acompanhada do maître. – Senhora, cometemos um erro terrível e pedimos sinceras desculpas.
Até aí tudo bem.
– Vamos começar de novo – continuou o maître. – Retire tudo da mesa – instruiu à garçonete.
A garçonete começou a retirar tudo – o vinho, os talheres, minha comida, a toalha de mesa – tudo!
– Vamos apagar as lembranças – ele disse.
A mesa foi posta novamente, o cardápio apresentado e novos pedidos de comida e bebida foram feitos. Estávamos, mais uma vez, esperando um almoço fantástico.
O maître retirou a impressão de um serviço ruim e providenciou outro excelente. Não negou a experiência anterior, mas a substituiu por uma melhor e mais rica. A comida estava boa; o atendimento de alto nível. Foi um espetáculo. E a refeição foi por conta da casa.
Richard Porter
Do livro: Espírito de Cooperação no Trabalho
Jack Canfield, Mark Victor Hansen e outros
Editora Cultrix
Jack Canfield, Mark Victor Hansen e outros
Editora Cultrix